domingo, 18 de outubro de 2009

A Agonizante vida do Rio Caratinga.


Matéria Publicada no Jornal O Noticiário


A Agonizante vida do Rio Caratinga.
César Torres

            A água é o elemento fundamental da vida. Seus múltiplos usos são indispensáveis a um largo aspecto das atividades humanas, onde se destacam, entre outros, o abastecimento público e industrial, a irrigação agrícola, a produção de energia elétrica e as atividades de lazer e recreação, bem como a preservação da vida aquática.
             A existência de tudo o que é vivo, em nosso planeta, depende de um fluxo de água contínuo e do equilíbrio entre a água que o organismo perde e a que ele repõe. As semelhanças entre o corpo humano e a Terra são: 70% do nosso corpo também é constituído de água. Assim como a água irriga e alimenta a Terra, o nosso sangue, que é constituído de 83% de água, irriga e alimenta nosso corpo.
            Quando o homem aprendeu a usar a água em seu favor, ele dominou a natureza: aprendeu a plantar, a criar animais para seu sustento, a gerar energia etc. Desde as civilizações mais antigas até as mais modernas, o homem sempre procurou morar perto dos rios, para facilitar a irrigação, moer grãos com moinho d’água, lavar roupas, obter água potável e descartar os seus dejetos o lixo etc.
        Nos últimos anos, a humanidade se desenvolveu muito, e Inhapim não foi diferente, a invasão das habitações para o leito do rio é hoje um problema que afeta grandemente não só a
qualidade da água, mas também a vida de todo ecossistema que depende de suas águas.
          A imensidão do Brasil fez, e ainda faz, muita gente pensar que todos os recursos naturais do nosso País são inesgotáveis. Engano. Um grande engano. Se não abrirmos os olhos e ficarmos bem atentos as nossas atitudes, poderemos sofrer graves prejuízos e ainda
comprometer a sobrevivência das gerações futuras.
        A maioria das pessoas está passando pela vida sem perceber a velocidade da degradação e a gravidade que se encontra o meio ambiente. A água é hoje a maior problemática ambiental, pois sua escassez já afeta milhões de pessoas no planeta e a previsão é sombria. O desmatamento, a poluição e o uso irracional são os maiores responsáveis pela diminuição substancial das reservas hídricas potável no planeta, e o nosso Rio Caratinga exemplifica bem esse estado de degradação, com a diminuição gradativa de suas águas da vida em suas águas.
           Hoje, mais do que nunca, a vida do homem depende da água e a preservação depende de cada um de nós. O nosso Rio Caratinga sofre atualmente duas sérias agressões. A primeira trata-se do esgoto urbano que é despejado sem tratamento por todos os municípios ao longo de seu curso. A segunda agressão trata-se do lixo que é atirado diariamente em seu leito por muitos, e em nossa cidade alguns Inhapinhenses também são praticantes desse crime ambiental e jogam sacos de lixo e muitos outros resíduos sólidos contaminantes e ou terra e restos de construção no rio sem nenhum remorso, como se fossem donos da natureza.

Ainda existe uma saída?

            A resposta é sim! Ainda existe uma saída!... Educação... Atitude... Ação... A Problemática Ambiental nos leva a buscar um novo caminho na educação, pois, não basta que as pessoas saibam o que fazer. É necessário que façam. Não é, portanto, um problema de saber, é um problema de ação. E, para fazer é importante saber, contudo a tomada de decisão é o primeiro passo. Esse é um desafio que devemos enfrentar, é comum os jovens compreenderem as necessidades de novas atitudes e não conseguirem convencer os pais ou irmãos a acompanhá-los. Cabe a todos nós a busca de caminhos que provoquem a mudança.
           Devemos sim, compartilhar esse importante sentimento. Não somos os donos da natureza, mas, parte dela. O nosso respeito aos recursos naturais é que irá promover o equilíbrio e garantir a vida das gerações futuras. Vamos participar e mostrar aos nossos Inhapinhenses que o fato de possuirmos nossas residências a margem do rio, não nos torna responsáveis por sua poluição. Não atiramos lixo em suas águas. Nos tornamos sim, guardiões de suas águas.
           Vamos ajudar a salvar o Rio Caratinga. Compre também essa idéia. Mostre ao seu vizinho a importância das águas e vamos acabar com essa pratica irracional e ajudar a salvar o planeta começando por nossa cidade.

Conheça abaixo a Declaração Universal dos direitos da água.

Em 22 de março de 1992 a ONU (Organização das Nações Unidas) instituiu o "Dia Mundial da Água",
publicando um documento intitulado "Declaração Universal dos Direitos da Água". Eis o texto que vale
uma reflexão:

1.- A água faz parte do patrimônio do planeta. Cada continente, cada povo, cada nação, cada região, cada cidade, cada cidadão, é plenamente responsável aos olhos de todos.
2.- A água é a seiva de nosso planeta. Ela é condição essencial de vida de todo vegetal, animal ou ser humano. Sem ela não poderíamos conceber como são a atmosfera, o clima, a vegetação, a cultura ou a agricultura.
3.- Os recursos naturais de transformação da água em água potável são lentos, frágeis e muito limitados. Assim sendo, a água deve ser manipulada com racionalidade, precaução e parcimônia.
4.- O equilíbrio e o futuro de nosso planeta dependem da preservação da água e de seus ciclos. Estes devem permanecer intactos e funcionando normalmente para garantir a continuidade da vida sobre a Terra. Este equilíbrio depende em particular, da preservação dos mares e oceanos, por onde os ciclos começam.
5.- A água não é somente herança de nossos predecessores; ela é, sobretudo, um empréstimo aos nossos sucessores. Sua proteção constitui uma necessidade vital, assim como a obrigação moral do homem para com as gerações presentes e futuras.
6.- A água não é uma doação gratuita da natureza; ela tem um valor econômico: precisa-se saber que ela é, algumas vezes, rara e dispendiosa e que pode muito bem escassear em qualquer região do mundo.
7.- A água não deve ser desperdiçada, nem poluída, nem envenenada. De maneira geral, sua utilização deve ser feita com consciência e discernimento para que não se chegue a uma situação de esgotamento ou de deterioração da qualidade das reservas atualmente disponíveis.
8.- A utilização da água implica em respeito à lei. Sua proteção constitui uma obrigação jurídica para todo homem ou grupo social que a utiliza. Esta questão não deve ser ignorada nem pelo homem nem pelo Estado.
9.- A gestão da água impõe um equilíbrio entre os imperativos de sua proteção e as necessidades de ordem econômica, sanitária e social.
10.- O planejamento da gestão da água deve levar em conta a solidariedade e o consenso em razão de sua distribuição desigual sobre a Terra.

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César Torres