O espaço urbano é um espaço adaptado, social e humano; porém o espaço agrícola também o é. O que distingue o espaço urbano do agrícola, do ponto de vista físico, é a natureza e a aglomeração das adaptações. A maior parte das adaptações produzidas no espaço agrícola refere-se a modificações na flora, a qual é substituída por espécies convenientes.
A maior parte das adaptações do espaço urbano é constituída de construções para inúmeras atividades que se passarão no seu interior, sejam elas de produção, de consumo, de troca, etc. A terra coberta apenas por vegetação é, no espaço urbano, a exceção, enquanto no espaço rural, a regra. As construções, constituindo espaços internos, são exceção no espaço rural e regra no urbano. Mesmo as redes de ligação e circulação (transportes) são muito mais densas em áreas urbanas do que rurais.
A urbanização, provoca, portanto, mudanças ambientais, já que a transformação de atividade rural para urbana é feita com alterações no meio. Compete aos planejadores minimizar os impactos.
A temperatura está relacionada com a urbanização. Áreas pavimentadas absorvem mais calor durante o dia e eliminam durante a noite, aumentando a temperatura. Além disso, com a pavimentação, há um escoamento mais rápido da água e conseqüentemente, um secamento mais rápido do solo, diminuindo o processo de evaporação, o qual tem efeito de resfriamento da superfície da Terra. Um outro agravante para o aumento de temperatura no meio urbano são as máquinas e veículos que produzem calor.
A velocidade dos ventos é menor nas cidades, em conseqüência de barreiras (edificações) que são criadas à sua circulação.
Nas cidades observa-se maior precipitação pluvial do que nos ambientes rurais, pois as atividades humanas neste meio produzem maior número de núcleos de condensação. Por outro lado, a umidade relativa é menor.
O desmatamento provoca alterações climáticas, pois a vegetação é responsável pela regularização da temperatura e da umidade, além de contribuir para uma melhor ventilação.
O processo de urbanização pode provocar alterações significativas no ciclo hidrológico, principalmente sob os seguintes aspectos:
· aumento da precipitação;
· diminuição da evapotranspiração, como conseqüência da redução da vegetação;
· aumento da quantidade de líquido escoado;
· diminuição da infiltração da água, devido à impermeabilização e compactação do solo;
· consumo de água superficial e subterrânea, para abastecimento público, usos industriais e outros;
· mudanças ao nível do lençol freático, podendo ocorrer redução ou esgotamento do mesmo;
· maior erosão do solo e conseqüente aumento do processo de assoreamento das águas superficiais;
· aumento da ocorrência de enchentes;
· poluição de águas superficiais e subterrâneas.
Texto: Equipe Biologia CDCC
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César Torres