segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Conferência climática da ONU na China termina sem avanços

A conferência climática da Organização das Nações Unidas (ONU) na China terminou praticamente sem avanços. Além disso, a China e os EUA trocaram farpas durante as conferências.

A China culpou os EUA por não cumprir com suas responsabilidades de redução de emissões e por tentar derrubar os princípios da ONU. Já os EUA reclamaram da recusa da China a ter suas políticas de investimento em energia sejam verificadas internacionalmente.

A China se sente injustamente criticada pelos EUA. Um dos negociadores chineses acusou os EUA de se comportarem como um “porco vaidoso”, queixando-se de Pequim quando Washington também não fez muita coisa de fato.

O chefe da delegação dos EUA foi mais diplomático. Mas ele disse que não poderia haver a assinatura dos EUA em qualquer acordo vinculativo que não incluísse a China também, que é a maior rival econômica dos Estados Unidos.

Mas ainda há esperanças de que os encontros não sejam só pura discussão. Pode haver algum progresso na próxima rodada de discussões sobre o clima no México, em novembro.
Nessa reunião, os países podem acertar os detalhes de um fundo que transferirá 168,46 bilhões de reais por ano das nações ricas para as nações mais pobres, para ajudá-las a lidar com as consequências previstas das mudanças climáticas.

Apesar dessa essa soma substancial, os países em desenvolvimento a consideram insuficiente. Esse foi o maior impasse do encontro na China. Apesar da frustração geral, o fundo pode ser acordado em Cancun, o que vai provar que as negociações não estão encerradas.

Porém, se até essa parte das negociações não for decidida, os diplomatas alertam que o futuro das ações climáticas entre as nações estará seriamente ameaçado. [BBC]

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César Torres