Não só os humanos amam o doce aroma de um jardim na primavera. Os insetos também são seduzidos pelo perfume, e somente agora os biólogos estão percebendo o quanto o cheiro os afeta. Isso pode ajudar a explicar a queda acentuada no número de polinizadores ao redor do mundo – incluindo as famosas abelhas – e oferecer estratégias para inverter a tendência.
Segundo pesquisadores norte-americanos, o perfume de uma flor pode ser tão vital para os insetos polinizadores como sua forma ou cor. Para chegar a essa conclusão, biólogos ligaram eletrodos em mariposas do tabaco e, em seguida, esborrifaram em suas antenas 80 diferentes tipos de moléculas de odor das flores favoritas do inseto. Nove desses produtos químicos levaram a um aumento da atividade cerebral das mariposas, agindo como verdadeiros feromônios sexuais, o que influenciaria a polinização.
Surpreendentemente, os mesmos neurônios não foram acionados pelas mariposas quando estas foram expostas a espécies de flores diferentes de sua favorita, ainda que os perfumes fossem muito semelhantes para os seres humanos. Para confirmar que os insetos não estavam contando com pistas visuais, os biólogos as deixaram explorar 20 flores de papel branco, perfumadas com odores familiares ou não. Ainda assim, as mariposas preferiram as flores com cheiros familiares.
Mas o que aconteceria se esses aromas fossem alterados? Uma bióloga da Pensilvânia, Jordana Sprayberry, tem algumas ideias. Ela está estudando o efeito que fungicidas têm sobre zangões para rastrear refeições e polinizar flores durante o processo.
Utilizando um labirinto de quatro câmaras – três sem perfume ou comida e um quarto com um alimento perfumado com odor de flores – Spraybarry descobriu que oito dos nove zangões encontraram a recompensa em menos de cinco minutos. Ao espalhar um fungicida nas câmaras, no entanto, o sucesso para encontrar a comida caiu em 30%, e levou o dobro do tempo.
A pesquisa alerta para a importância do odor nos ecossistemas. Ainda que, ao contrário das mariposas, os zangões utilizem a visão para encontrar a fonte de alimento, o cheiro exerce um papel crucial na busca. Alterar ou remover o odor das flores pode fazer com que os insetos desapareçam – e é preciso considerar que o número de polinizadores no mundo já está em decadência. “O que está em jogo é mais do que um jardim bonito”, conclui Spraybarry. [NewScientist]
Segundo pesquisadores norte-americanos, o perfume de uma flor pode ser tão vital para os insetos polinizadores como sua forma ou cor. Para chegar a essa conclusão, biólogos ligaram eletrodos em mariposas do tabaco e, em seguida, esborrifaram em suas antenas 80 diferentes tipos de moléculas de odor das flores favoritas do inseto. Nove desses produtos químicos levaram a um aumento da atividade cerebral das mariposas, agindo como verdadeiros feromônios sexuais, o que influenciaria a polinização.
Surpreendentemente, os mesmos neurônios não foram acionados pelas mariposas quando estas foram expostas a espécies de flores diferentes de sua favorita, ainda que os perfumes fossem muito semelhantes para os seres humanos. Para confirmar que os insetos não estavam contando com pistas visuais, os biólogos as deixaram explorar 20 flores de papel branco, perfumadas com odores familiares ou não. Ainda assim, as mariposas preferiram as flores com cheiros familiares.
Mas o que aconteceria se esses aromas fossem alterados? Uma bióloga da Pensilvânia, Jordana Sprayberry, tem algumas ideias. Ela está estudando o efeito que fungicidas têm sobre zangões para rastrear refeições e polinizar flores durante o processo.
Utilizando um labirinto de quatro câmaras – três sem perfume ou comida e um quarto com um alimento perfumado com odor de flores – Spraybarry descobriu que oito dos nove zangões encontraram a recompensa em menos de cinco minutos. Ao espalhar um fungicida nas câmaras, no entanto, o sucesso para encontrar a comida caiu em 30%, e levou o dobro do tempo.
A pesquisa alerta para a importância do odor nos ecossistemas. Ainda que, ao contrário das mariposas, os zangões utilizem a visão para encontrar a fonte de alimento, o cheiro exerce um papel crucial na busca. Alterar ou remover o odor das flores pode fazer com que os insetos desapareçam – e é preciso considerar que o número de polinizadores no mundo já está em decadência. “O que está em jogo é mais do que um jardim bonito”, conclui Spraybarry. [NewScientist]
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César Torres