Devemos considerar que a Educação Ambiental para uma sustentabilidade efetiva, necessita de um processo contínuo de aprendizagem, baseado no respeito de todas as formas de vida, afirmando valores e muitas ações que contribuam para a formação social do homem e a preservação do meio ambiente. Cat
domingo, 20 de março de 2011
Cientistas descobrem uma bactéria que produz hidrogênio do ar
Segundo uma nova pesquisa, um micróbio oceânico “faz” hidrogênio do ar. Sendo que o hidrogênio é considerado um combustível “ecológico”, o estudo pode abrir uma nova fronteira na busca de energia limpa e renovável.
A cianobactéria chamada Cyanothece 51142 realiza fotossíntese durante o dia e fixa o nitrogênio durante a noite. O hidrogênio é um subproduto do processo de fixação biológica do nitrogênio. Quando se queima o hidrogênio, o principal subproduto é a água.
Todas as cianobactérias fazem oxigênio “quebrando” a molécula da água – que é a parte da fotossíntese. No entanto, o oxigênio é tóxico para a nitrogenase, a proteína chave que fixa o nitrogênio e produz hidrogênio.
Essa cianobactéria, entretanto, descobriu uma maneira de fazer as duas coisas na mesma célula, usando um ciclo diurno. Segundo os pesquisadores, durante o dia, o micróbio fixa dióxido de carbono através da fotossíntese, e o armazena em forma de glicogênio.
À noite, ele recorre a esta energia armazenada. A energia que está saindo da utilização de glicose é então usada para as reações de nitrogenase que, por sua vez, produzem hidrogênio.
Mas o que faz essa estirpe de cianobactérias mais esperta do que as outras? Os cientistas dizem que elas sabem como dividir as atividades que devem fazer de dia e de noite.
A bactéria produz de 5 a 10 vezes mais hidrogênio naturalmente do que qualquer outro micróbio conhecido. Ainda assim, os pesquisadores estão longe de estabelecer a infra-estrutura para uma economia de hidrogênio que colocasse as bactérias para trabalhar no mundo real.
O problema se resume a engenharia e física. Como “armazenar” o hidrogênio no lugar onde ele vai ser usado como combustível é o problema atual.
Ao contrário do carvão e do petróleo, o hidrogênio não é energia densa. Por exemplo, rodar um caminhão com a tecnologia de hidrogênio de hoje exigiria que o tanque de combustível do caminhão fosse da metade do tamanho da carga levada por ele.
Segundo os cientistas, o uso de paládio para armazenar o hidrogênio e, assim, torná-lo mais fácil de usar é muito caro. Os pesquisadores querem pesquisar mais e encontrar uma forma das novas descobertas resolverem o futuro da energia no mundo.
Até agora, testes foram feitos em laboratório. Os próximos passos serão a ampliar a tecnologia e implantá-lo no mundo real. [MSN]
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César Torres