Falta de apetite, náuseas, vômito ou diarreia. Esses sintomas indicam que algo não está bem no organismo. Para alguns, isso pode ser normal ou desaparecer sem muitos cuidados, porém, segundo médicos sanitaristas, é preciso estar mais atento e perceber que tais manifestações podem significar o início de uma doença transmitida por alimento (DTA). A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que mais de 2 milhões de pessoas morrem por doenças diarreicas todos os anos, sendo a maioria causada pela ingestão de alimentos contaminados.
O alerta é da enfermeira sanitarista Rejane Alves, que também faz parte da Coordenação de Vigilância Epidemiológica de Transmissão Hídrica e Alimentar do Ministério da Saúde. Em entrevista à Agência Brasil, Rejane alertou que a ingestão de alimentos ou bebidas contaminados por bactérias, vírus ou parasitas pode ser responsável pelo surgimento de mais de 250 tipos de DTA, entre eles a toxoplasmose, o cólera e o botulismo (intoxicação provocada por alimento mal conservado).
O consumo de toxinas naturais, como de algas, peixes e até de agrotóxicos, também pode causar transtornos e doenças à saúde humana. “É preciso cuidado com a compra, com o manuseio e também na hora de guardar os alimentos”, destacou.
Nos mais diversos países, as DTA são causas de morbidade, mortalidade e, nas últimas duas décadas, transformaram-se em um problema de saúde pública mundial. No Brasil, a maioria das doenças transmitidas por alimentos é causada pela Salmonella, Escherichia coli patogênica e Clostridium perfringens, pelas toxinas do Staphylococcus aureus e Bacillus cereus. Segundo o Ministério da Saúde, há registro médio de 665 surtos por ano, com 13 mil doentes.
Na avaliação da especialista, as unidades de saúde em geral precisam estimular a integração de equipes multiprofissionais para investigar esses surtos, sobretudo porque os sintomas dessas doenças não são considerados relevantes pela população para que os casos sejam notificados nos órgãos de saúde. “As pessoas consideram os sintomas como coisas comuns e por isso o controle das doenças fica mais difícil”, lamentou.
Em Manaus, pra tentar evitar o aumento das DTA, a Vigilância Sanitária municipal dedica-se ao acompanhamento e ao controle dos padrões que devem ser obedecidos por fabricantes e transportadores de alimentos. De acordo com o diretor do órgão, Varcily Barroso, pelo menos 6 mil processos estão atualmente em andamento para licenciamento e regularização de estabelecimentos que trabalham com alimentação e saúde.
“Nosso objetivo é melhorar os alimentos para a população. Obrigatoriamente, os estabelecimentos são orientados sobre as normas de atendimento, armazenamento, entre outros”, resumiu.
Para evitar as DTA, as principais recomendações são: lavar as mãos regularmente, desinfectar alimentos crus como frutas, legumes e verduras, ter atenção quanto ao prazo de validade, acondicionamento e às condições físicas (aparência, consistência, odor) dos itens comprados, evitar preparações culinárias que contêm ovos crus (gemada, ovo frito mole, maionese caseira), beber água ou gelo apenas de procedência conhecida.
Reportagem de Amanda Mota, da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate
O alerta é da enfermeira sanitarista Rejane Alves, que também faz parte da Coordenação de Vigilância Epidemiológica de Transmissão Hídrica e Alimentar do Ministério da Saúde. Em entrevista à Agência Brasil, Rejane alertou que a ingestão de alimentos ou bebidas contaminados por bactérias, vírus ou parasitas pode ser responsável pelo surgimento de mais de 250 tipos de DTA, entre eles a toxoplasmose, o cólera e o botulismo (intoxicação provocada por alimento mal conservado).
O consumo de toxinas naturais, como de algas, peixes e até de agrotóxicos, também pode causar transtornos e doenças à saúde humana. “É preciso cuidado com a compra, com o manuseio e também na hora de guardar os alimentos”, destacou.
Nos mais diversos países, as DTA são causas de morbidade, mortalidade e, nas últimas duas décadas, transformaram-se em um problema de saúde pública mundial. No Brasil, a maioria das doenças transmitidas por alimentos é causada pela Salmonella, Escherichia coli patogênica e Clostridium perfringens, pelas toxinas do Staphylococcus aureus e Bacillus cereus. Segundo o Ministério da Saúde, há registro médio de 665 surtos por ano, com 13 mil doentes.
Na avaliação da especialista, as unidades de saúde em geral precisam estimular a integração de equipes multiprofissionais para investigar esses surtos, sobretudo porque os sintomas dessas doenças não são considerados relevantes pela população para que os casos sejam notificados nos órgãos de saúde. “As pessoas consideram os sintomas como coisas comuns e por isso o controle das doenças fica mais difícil”, lamentou.
Em Manaus, pra tentar evitar o aumento das DTA, a Vigilância Sanitária municipal dedica-se ao acompanhamento e ao controle dos padrões que devem ser obedecidos por fabricantes e transportadores de alimentos. De acordo com o diretor do órgão, Varcily Barroso, pelo menos 6 mil processos estão atualmente em andamento para licenciamento e regularização de estabelecimentos que trabalham com alimentação e saúde.
“Nosso objetivo é melhorar os alimentos para a população. Obrigatoriamente, os estabelecimentos são orientados sobre as normas de atendimento, armazenamento, entre outros”, resumiu.
Para evitar as DTA, as principais recomendações são: lavar as mãos regularmente, desinfectar alimentos crus como frutas, legumes e verduras, ter atenção quanto ao prazo de validade, acondicionamento e às condições físicas (aparência, consistência, odor) dos itens comprados, evitar preparações culinárias que contêm ovos crus (gemada, ovo frito mole, maionese caseira), beber água ou gelo apenas de procedência conhecida.
Reportagem de Amanda Mota, da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate
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César Torres