Fonte: Daniel Hammes
Lista de espécies ameaçadas é um instrumento para a
gestão ambiental do RS – Foto: Glayson Bencke
“Uma lista de espécies ameaçadas serve para subsidiar as políticas públicas e também como um termômetro de como o ser humano está tratando o ambiente natural”, diz Glayson Bencke, coordenador geral do trabalho e pesquisador do Museu de Ciências Naturais da FZB. “Com essa atualização, o Rio Grande do Sul cumpre um dos principais compromissos assumidos pelo Brasil na Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) – reforçado recentemente pelas Metas de Aichi para a Biodiversidade”, reforça o diretor geral da Sema, o biólogo Luís Fernando Perelló. “Ou seja, trata-se de monitorar a biodiversidade produzindo listas de espécies ameaçadas e, partir daí, construir planos de ação para tentar reverter ou pelo menos estancar o quadro de espécies ameaçadas”, explica.
Os critérios, procedimentos e definições utilizados para a revisão da lista foram desenvolvidos pela União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, sigla em inglês), amplamente empregados em avaliações das condições de conservação de espécies em nível global e regional (países ou estados). A revisão periódica da lista é prevista tanto no Código Estadual do Meio Ambiente como no Decreto Estadual 41.672/2002, que também estabelece a obrigatoriedade da constituição de uma comissão multi-institucional formada por especialistas em fauna para coordenar o processo.
Tecnologia de ponta
Para a revisão da lista, foi desenvolvida pela FZB e Procergs uma ferramenta inovadora, o “Live”, sistema digital operado via web. Ele auxilia na elaboração e revisão de listas de espécies ameaçadas de extinção, permitindo documentar e gerenciar todas as etapas do processo de organização das chamadas listas vermelhas.
Graças ao Live, que permite acesso remoto às bases de dados, formulários de avaliação de espécies e documentos relevantes, a maior parte das atividades relacionadas à revisão da lista pode ser desenvolvida à distância, sem a necessidade de reuniões presenciais, o que viabilizou a participação de um grande número de especialistas e reduziu significativamente os custos do processo de reavaliação.
Ameaça por grupo (índice e número)
Invertebrados – 39% (49 espécies)
Peixes – 18% (74 espécies)
Anfíbios – 16% (16 espécies)
Répteis – 11% (12 espécies)
Aves – 14% (91 espécies)
Mamíferos – 22% (38 espécies)
Espécies por categoria de ameaça
Vulnerável – 99 espécies
Em perigo – 108 espécies
Criticamente em perigo – 73 espécies
Arquivos para download
- Lista de espécies da fauna ameaçada (tamanho: 445,00 kB)
Fonte: Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul - EcoDebate,
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César Torres