Estados Unidos: sol e vento geram mais energia que o carvão em 2023, artigo de Vivaldo José Breternitz
As energias renováveis estão atendendo cada vez mais à demanda de energia ao longo do período de projeção (Figura 2). As participações de geração de gás natural, carvão e nuclear diminuem. Fonte: U.S. Energy Information Administration
No período, as energias eólica e a solar geraram 252 terawatts-hora, em comparação com o carvão, que gerou 249 TWh.
As fontes de energia limpa já haviam superado o carvão em 2020 e 2022, isso quando computada a energia hidrelétrica; esta é a primeira vez que o sol e os ventos, sozinhos, superam o carvão.
A US Energy Information Administration disse esperar que em 2023 a geração de energia a partir do carvão seja a menor do século, em função do foco na geração a partir de fontes renováveis e na queda do custo do gás natural.
Houve um breve aumento no uso de carvão em 2022, quando a invasão da Ucrânia pela Rússia fez com que os preços do gás natural disparassem, mas quando os preços voltaram ao normal, o uso do carvão voltou a cair.
Há apenas 15 anos, o carvão representava quase metade da eletricidade gerada nos Estados Unidos. Em 2021, esse número caiu para cerca de 22% e em 2022 o carvão gerou apenas 20%, em comparação com os 14% da energia eólica e solar.
O gás natural continua sendo a maior fonte de energia nos Estados Unidos, responsável por cerca de 39% da eletricidade gerada em 2022.
No Brasil, em 2022, a energia hidrelétrica representou cerca de 60%, a eólica 11%, a solar 3% e as não renováveis 16%; o carvão praticamente não é relevante.
Vivaldo José Breternitz – Doutor em Ciências pela Universidade de São Paulo, é professor, consultor e diretor do Fórum Brasileiro de Internet das Coisasin EcoDebate, ISSN 2446-9394
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César Torres