Devemos considerar que a Educação Ambiental para uma sustentabilidade efetiva, necessita de um processo contínuo de aprendizagem, baseado no respeito de todas as formas de vida, afirmando valores e muitas ações que contribuam para a formação social do homem e a preservação do meio ambiente. Cat
terça-feira, 1 de junho de 2010
EA: Caminho para a Sustentabilidade
Em 1983, a Organização das Nações Unidas criou a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento com o objetivo de instituir uma “agenda global para mudança”. Uma das metas dessa comissão, liderada pela então primeira ministra da Noruega, Gro Harlem Brundtland, era propor estratégias ambientais de longo prazo para obter um desenvolvimento sustentável da humanidade por volta do ano 2000 e para os anos seguintes.
Naquela época, a população mundial era de 4,8 bilhões de pessoas e problemas como acesso à água doce, consumo de energia, preservação e conservação de florestas, poluição e geração de resíduos já estavam causando preocupação em relação ao futuro da espécie humana na Terra.
Nesses últimos 22 anos, percebeu-se um aumento da consciência das
populações sobre a importância dos recursos naturais para a continuação da
vida no planeta. No Brasil, por exemplo, pesquisa realizada em 2002 pelo Ministério do Meio Ambiente em conjunto com o Instituto de Estudos da Religião ( I s e r ) , identifico u o desmatamento e a poluição das águas e
do ar como os principais problemas ambientais do país; 46% dos brasileiros pesquisados disseram não ser exagerada a preocupação com o meio ambiente; 81% manifestaram que se sentiam mais motivados quando encontravam informações nos produtos de que haviam sido fabricados de maneira ambientalmente correta e 38% concordaram com o caráter prioritário do meio ambiente, ainda que isso implicasse uma limitação na produção e no abastecimento de energia no Brasil. Cresceu também o número de pessoas no globo: atualmente, somos cerca de 6,5 bilhões de pessoas e deveremos chegar aos 8,9 bilhões em 2050. Em 2003, 48% da população mundial viviam em áreas urbanas, segundo dados da, da ONU. Nos países mais desenvolvidos economicamente, essas estatísticas chegam a 76% contra apenas 42% nos mais pobres.
A população humana está crescendo. E para que o planeta dos nossos filhos, netos e gerações futuras tenham condições de continuar a vida, temos que buscar o ponto de equilíbrio entre a utilização dos recursos naturais, em benefício do nosso bem-estar, e a conservação e preservação do meio ambiente. Chegar a esse ponto em nível mundial, não será uma tarefa simples.
Podemos acelerar os passos ampliando nossas percepções sobre a Teia da Vida, que une todos nós, e a consciência de que nossas atitudes para com o meio ambiente definirão o cenário que a humanidade encontrará daqui para a
frente.
É aí que entram as ações de educação ambiental (EA). Não podemos mais fazer “vista grossa” para as questões ambientais, como se elas não nos afetassem. Sim, elas estão tão presentes que fazem parte diariamente das nossas vidas. Falar e pensar meio ambiente é entender que tanto a manutenção e a limpeza do aparelho de ar-condicionado de casa ou do local de trabalho quanto a conservação de uma bacia hidrográfica são ações muito importantes para o bem-estar, sejam de um indivíduo, de uma família, de um grupo de funcionários de uma empresa ou de uma população. Agirem em benefício da manutenção da vida na Terra é perceber a água doce como um recurso vital, finito e entender por que é necessário defender a sua correta utilização e democratizar o seu acesso. Compartilhar da consciência planetária é despertar para a redução da geração de lixo, sendo solidário em ações que tenham por objetivo limpar e conservar áreas públicas e naturais, assegurar o descarte correto de resíduos e fomentar a sua reutilização por meio de técnicas de reciclagem.
Sentir-se um cidadão ambiental é direcionar ações, idéias e pensamentos ao encontro dos objetivos da Agenda 21, documento aprovado pelos 179 países participantes da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio de Janeiro, junho de 1992), que estabelece compromissos para o crescimento, baseados em m u d a n ç a s n o p a d r ã o de desenvolvimento que priorizem métodos equilibrados de proteção ambiental, justiça social e eficiência econômica, de modo a garantir a sustentabilidade da vida no planeta.
Participar da construção de uma nova relação com o meio ambiente é
estimular a adoção de técnicas que harmonizem manejo agrícola e conservação das florestas. É apoiar práticas de agricultura que reduzam a degradação dos recursos naturais utilizados para a produção de alimentos, como solo e água, e ao mesmo tempo contribuam para a manutenção da fauna
e da flora locais. O que podemos perceber é que todas as ações que busquem equilibrar o bem-estar da humanidade com a conservação e a preservação dos
recursos naturais, aliados a técnicas e t e c n o l o g i a s que permitam o desenvolvimento social e econômico, e garantam condições favoráveis de vida
na Terra para as gerações futuras, estão intimamente ligadas a programas e
projetos de EA.
Educação ambiental: definições
Podemos entender educação ambiental como um conjunto de ensinamentos teóricos e práticos com o objetivo de levar à compreensão e de despertar a percepção do indivíduo sobre a importância de ações e atitudes para a conservação e a preservação do meio ambiente, em benefício da saúde e do bem-estar de todos. Interessante também é a definição dos professores Arlindo Philippi Junior e Maria Cecília Focesi Peliconi, do Departamento de Prática em Saúde Pública da Faculdade de Saúde Pública da USP. Para eles, a educação ambiental deve transcender o caráter de efetivo instrumento de gestão e tornarse uma “filosofia de vida”, uma vez que “conduz à melhoria da qualidade de vida e ao equilíbrio do ecossistema para todos os seres vivos.”
Assim como o ciclo da vida, o conceito de EA segue um caminho de evolução e já começa a ganhar novas interpretações. O físico e escritor Fritjof Capra entende que a educação ambiental está contida num processo de conhecimento muito mais profundo sobre o meio de que fazemos parte: a alfabetização ecológica. O conceito defendido pelo autor de O tal da física vai mais além: ele aponta que a alfabetização ecológica oferece uma estrutura para que nela seja baseada uma reforma escolar. E se entendermos reforma escolar como um conjunto de atos e teorias que busquem reforçar a imagem do homem como parte integrante do meio ambiente, percebendo e compreendendo seus processos, “vidas”, redes e ciclos, estaremos no caminho certo para realizar uma das mais importantes revoluções comportamentais da história da humanidade.
Seja qual for a definição ou o entendimento para ampliarmos o nosso grau de desenvolvimento intelectual e moral em relação ao meio ambiente, o mais importante é criarmos e aperfeiçoarmos condições para aumentar a consciência do indivíduo ou do grupo na sua relação com o ambiente e os recursos naturais. Pensar e transmitir ações e atitudes que tenham a harmonia como ponto de relacionamento com o meio ambiente indicam uma postura de percepção de que somos integrantes e participantes desse fantástico conjunto natural de seres, organismos e elementos. E quando atingimos essa percepção é um sinal de que o nosso equilíbrio interior está em sintonia com as energias que regem a Teia da Vida.
Sustentabilidade
Pensar em desenvolvimento sustentável ou em sustentabilidade pressupõe ações práticas e teóricas de EA. Uma política de desenvolvimento tecnológico, social e econômico deve ser precedida pela educação ambiental, ou seja, para alcançarmos o equilíbrio entre a desejada e inevitável evolução tecnológica do homem e a conservação e/ou preservação dos recursos naturais precisamos acreditar e investir em educação ambiental.
“Educar ambientalmente” passa pela sensibilização a respeito da
importância de ações ligadas à preservação e conservação do meio ambiente e do correto uso dos recursos naturais que, sem dúvida, refletem no nosso bem-estar e ainda nos fazem desejar o mesmo estado de satisfação física, mental e moral para os nossos descendentes. Água, florestas, lixo, reciclagem e compostagem serão os assuntos a seguir, como forma de ampliar o esclarecimento sobre EA.
Água
A água é um bem indispensável. Sem ela, não haveria vida no planeta,
pelo menos em relação ao que c l a s s i f i c a m o s , entendemos e conhecemos como vida. Para a humanidade, a água doce é um recurso vital. Uma aparente abundância observada em rios, lagoas e cachoeiras nos faz pensar e agir como se a água doce fosse inesgotável. Se a cultura civilizada de nossos ancestrais não se preocupava com o seu desperdício, hoje sabemos que esse recurso pode se exaurir.
O planeta Terra tem uma superfície coberta por 70% de água salgada. De toda a água existente no globo, 97,2% é salgada, isto é, imprópria para o consumo humano. Dos 2,8% restantes, 2,38% estão nos pólos, sob a forma de gelo; 0,39% está no subterrâneo; 0,001% na atmosfera; e 0,029% nos rios e lagos. Isto significa que para uma população de 6,5 bilhões de pessoas a quantidade de água fresca disponível para consumo imediato é menor se comparada com a que está sob a terra e 82 vezes menos em relação à estocada nos glaciares.
Da década de 1930 até hoje, a triplicação da população da Terra fez com que a demanda pela água aumentasse seis vezes. Estimativas apontam que já estamos consumindo 50% das reservas de água potável do planeta, o que pode chegar a 75% em 2025, caso o padrão desordenado de consumo seja mantido. Se as nações mais pobres e em desenvolvimento tivessem um consumo igual ao dos países ricos, a humanidade já teria chegado ao dramático índice de 90% das reservas de água potável.
A escassez de água potável atinge 2 bilhões de pessoas no mundo, sendo 1 bilhão em áreas urbanas. Caso a água doce continue a ser encarada como um bem infinito, o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) prevê que 2,7 bilhões de pessoas amargarão a sua falta até 2025. Até lá, uma criança morrerá a cada dez segundos no planeta, vítima de doenças provocadas pela falta de água potável.
Na agricultura, a tradicional produção mundial de alimentos (que não leva em consideração técnicas e práticas orgânicas, agroecológicas ou sustentáveis de plantio) gasta cerca de 5 trilhões de metros cúbicos de água por ano, enfatizou Arjen Hoekstra, do Instituto Internacional de Infra-Estrutura
Hidráulica e Engenharia Ambiental (IHE), da Holanda, durante o Fórum Mundial da Água, realizado no Japão, em março de 2003. Lester Brown nos lembra que apenas para produzir uma tonelada de grãos são necessárias mil toneladas de água.
O Brasil detém entre 12% e 17% de toda a água doce da superfície do
planeta e 70% do território (ou 840 mil km) onde está localizado o aqüífero Guarani, a maior reserva subterrânea de água doce conhecida no mundo, estimada em 45 trilhões de metros cúbicos. Mas o país vem dando um mau exemplo na relação com esse recurso natural, pois desperdiça cerca de 40% da água potável destinada ao consumo humano, segundo relatório realizado em 2003 pelo Parlamento Latino- Americano. Para a ONU, esse desperdício da água pelos países não deve ultrapassar 20%. Na América Latina, apenas a Argentina e o Chile apresentam percentuais menores.
A região Centro-Oeste do Brasil detém 16% dos recursos hídricos do país, a segunda maior porção, ficando abaixo apenas da região Norte, onde estão localizados 68% das fontes de água. O Sul tem 7% e o Sudeste, 6%. O Nordeste tem apenas3%do total. A água doce é um bem essencial e merece estar na pauta de discussões sobre desenvolvimento e sustentabilidade de governos, organizações civis, ONGs, empresas, escolas, instituições religiosas, universidades, enfim, de toda a sociedade. É muito importante que mudemos nossa percepção sobre a água. Ações práticas e teóricas de EA é que irão nos ajudar a entendê-la como um recurso natural essencial para a vida e não um bem a ser consumido indiscriminadamente.
Florestas
Não há como separar a importância das florestas para a dinâmica do ciclo da água. Num estudo conjunto, o Fundo Mundial para a Natureza (WWF) e o Banco Mundial – que formam a Aliança para a Conservação e Uso Sustentável de Florestas – apontam que as florestas podem contribuir para a pureza da água. As florestas tropicais úmidas, inclusive, teriam, ainda, condições de aumentar a quantidade de água.
As f l o r e s t a s também são importantes agentes para reduzir a erosão pela água. A junção de subsolo florestal, cobertura de folhas caídas e solo organicamente enriquecido acaba por constituir a melhor terra para as bacias hidrográficas, evitando, assim, o desgaste do terreno. Ao ajudarem na minimização da erosão, as florestas auxiliam contra a sedimentação, que é o arrasto ou depósito de partículas do solo em cursos hídricos, que pode tornar a
água imprópria para consumo ou para a irrigação. Além de proporcionar madeira para a construção de habitações e produção de móveis, as florestas, com suas árvores, plantas e vegetação, também são fonte para a criação de remédios e substâncias em benefício da saúde e do asseio das pessoas.
Estimativas apontam que apenas 5% da flora mundial já tenha sido estudada em relação à sua potencialidade farmacêutica. Mas acredita-se que 80% da população da Terra usem medicamentos provenientes diretamente de plantas e animais. Na bacia amazônica, cerca de duas mil plantas são utilizadas para curar doenças ou combater enfermidades. O manejo e a exploração das florestas pelo homem precisam ser baseados numa relação sustentada e equilibrada.
A floresta não é um gigantesco depósito nem uma despensa à nossa disposição e não podemos nos comportar como usurpadores diante desse ecossistema, devastando ou degradando suas áreas. Podemos tirar dele nossas fontes de sobrevivência, mas com a consciência de que temos o dever de conservá-la e, em alguns casos, até preservá-la para a nossa geração e para as outras que ainda virão.
Lixo
O desenvolvimento para o conforto e o bem-estar humano produzido a partir da Revolução Industrial levou à intensificação de material descartado, ocasionando um aumento, basicamente nas áreas urbanas, da quantidade de
resíduos gerados e não utilizados pelo homem, muitos deles provocando a contaminação do meio ambiente e trazendo riscos à saúde. O crescimento das áreas urbanas não levou em consideração a necessidade de adequação de locais específicos para depósito e tratamento dos resíduos sólidos. No Brasil de hoje, por exemplo, segundo o IBGE, a quantidade diária de lixo coletado é de 230,413 mil toneladas . Desse total, 167,215 mil toneladas são destinadas a
aterros sanitários/controlados e 48,321 mil toneladas são despejadas nos chamados “lixões”, a céu aberto, sem nenhum tipo de tratamento.
Asituação do lixo hospitalar também é preocupante. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estima que o Brasil produz 4 mil toneladas de lixo hospitalar por dia e que apenas 14% desse total recebem tratamento adequado. O lixo brasileiro é composto basicamente por matéria orgânica (65%), papel (25%), plástico (3%), metal (4%) e vidro (3%) . O tempo de decomposição desses materiais na natureza é bastante variado. Podem durar meses (orgânicos: de dois a 12 meses) a até milênios (vidro: entre mil e quatro mil anos).
Reciclagem e compostagem
A falta de novas áreas para a implantação de aterros sanitários (ou “lixões”, ou aterros controlados) é um fator que tem contribuído para a implementação de sistemas de compostagem, processo biológico para decompor matéria orgânica de origem animal ou vegetal. Estudos apontam que
as técnicas utilizadas pela compostagem são capazes de reduzir à metade a massa de lixo processada e, num prazo de 60 a 90 dias, levar à obtenção de um composto orgânico, para a utilização na agricultura, sem causar danos ao meio ambiente. A reciclagem pode ser entendida como um processo que torna reutilizável um material cuja matéria-prima foi retirada da natureza após sofrer
alterações de suas propriedades físicas ou físico-químicas.
Dados do Compromisso Empresarial para Reciclagem (Cempre) indicam que o índice de reciclagem de resíduos sólidos urbanos (em peso) saltou de 4% para 8% entre 1999 e 2002, no Brasil. Entretanto, mesmo com técnicas e ações que estimulem processos corretos e adequados de reciclagem, reutilização (de cartuchos de impressoras pessoais e comerciais, pneus usados etc.), descarte de resíduos (restos de pneus, pilhas e baterias usadas, lixo hospitalar...) e compostagem, é importante que reforcemos nossos conceitos, ações e, atitudes em relação ao consumo. Se pudermos reciclar e reutilizar mais e, ao mesmo tempo, ter uma postura mais crítica e consciente em relação ao que consumimos e compramos para nosso uso em casa e nas empresas e indústrias, estaremos aumentando nossa participação em medidas de conservação e preservação ambientais, contribuindo para sustentar equilibradamente nosso desenvolvimento social, econômico e tecnológico, e no
caminho de tornar possível às gerações futuras o acesso a condições ambientais semelhantes as que vivemos.
No artigo “A Fundamental Educação Ambiental para a Sustentabilidade”,
Maria Lúcia de Sousa Silva cita um depoimento da professora Naná Mininni Medina sobre o papel da EA para ampliar a postura crítica em relação ao consumismo: Uma escola motiva os alunos a catarem latas de alumínio para reciclagem. Isso é válido, claro, mas se não se analisa primeiro a questão do excesso de consumo, a mera coleta de latinhas não resolve a questão. Que opções podemos ter às latas para diminuir seu consumo? São os hábitos que precisam ser mudados. Quando um projeto de EA busca esse tipo de reflexão, está cumprindo o seu papel transformador da realidade. Essa transformação observada por Naná Medina vai ao encontro de uma teoria conhecida como “Política dos 'Rs'” para redução dos RSUs. Inicialmente conhecida como “Política dos 3 Rs” (reduzir, reutilizar, reciclar), hoje a esse conceito já foram incluídos mais dois “Rs”: refletir e recusar. Essa política pode ser explicitada da seguinte forma, de acordo com a publicação “Como cuidar do seu meio ambiente”:
• uma profunda reflexão sobre o que nos é realmente necessário;
• coragem de recusar o consumo dos produtos desnecessários ou supérfluos;
• ponderação para reduzir o consumo dos produtos considerados necessários;
• decisão de reutilizar embalagens e outros produtos, renovando seus usos tanto quanto possível, aumentando sua vida útil e retardando seu descarte;
• iniciativa de encaminhar todos os produtos utilizados e quando possível, reutilizados, para a reciclagem.
Édis Milaré, ex-secretário do meio ambiente do estado de São Paulo, defende que a mudança do tratamento dado pela sociedade ao seu lixo pode
ser encarada como uma “verdadeira revolução cultural”, ética e consciente. E a
educação ambiental é uma ação fundamental. “Sem dúvida, o imperativo legal é necessário, às vezes indispensável. Mas, há também outro imperativo que deve comandar-nos nas soluções individuais e coletivas para os problemas do lixo, sejam eles graves ou leves, cotidianos ou ocasionais: é o imperativo ético, ou seja, a consciência de nossa responsabilidade (pessoal e social) com referência à geração e ao destino do lixo. Sem dúvida, a educação ambiental tem papel importantíssimo nesse assunto.” Esse exercício de pensamento nos leva a defender a opinião de Francisco Luiz Rodrigues e Vilma Maria Cavinatto de que o conceito que temos de “lixo” pode ser evoluído para “coisas que podem ser úteis e aproveitáveis pelo homem”.
Conclusão
Ações práticas e teóricas de educação ambiental devem estar no nosso dia-a-dia em casa, no trabalho, nas ruas da cidade e na escola. Podemos aumentar nossa consciência cidadã se mudarmos o foco de como enxergamos a natureza: não podemos agir como se o meio ambiente fosse uma parte integrante da agricultura, da economia ou da engenharia, por exemplo; ao contrário, a agricultura, a economia e a engenharia é que têm que ser pensadas como partes integrantes do meio ambiente.
Embora este texto não tenha tido a pretensão de esgotar o tema, pois sabemos que é amplo, multidisciplinar e pode ser teorizado e praticado sob enfoques diversos, temos a convicção de que a educação ambiental é um nobre caminho para alcançar e manter a sustentabilidade e a vida do homem, dos ecossistemas e do planeta. É na Terra que vivemos e tiramos nossos alimentos. Mantê-la viva e saudável é nossa responsabilidade.
António Carlos Teixeira
Artigo publicado na Revista Brasileira de EA. Brasília, 2007, n°2.
Eu sou do Nicanor e gostei do projeto e vou continua a cuidfar do meio anbiente.
ResponderExcluirOi eu spou antonio do nicanor ferrreira e gostei muito do projeto.
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