A falta de resultados e compromissos de metas para redução da emissão de gases efeito estufa na COP15 em Copenhague, onde nações se acusam, defendendo seus interesses nacionais, seus padrões de desenvolvimento econômico, atribuindo umas as outras responsabilidades pelas mudanças climáticas não surpreendeu aos mais envolvidos e atentos pelo crucial tema.
O desejável seria que os estados pudessem alcançar um consenso capaz de minimizar a realidade ameaçadora das irreversíveis conseqüências do aquecimento global, mas em curto prazo é difícil e complexo.
Certamente, condições, acordos econômicos serão alinhavados na próxima Conferencia no México em 2010.
O lado positivo a destacar é o maior envolvimento das nações, a grande cobertura da mídia, cientistas, especialistas e pesquisadores proporcionando informações e conhecimentos passando orientações de procedimentos e responsabilidades locais e individuais numa oportunidade para que examinemos nossas idéias sobre a segurança do nosso planeta, direcionando caminhos para qual mundo queremos estar nos próximos anos.
Na minha infância, hoje já se vão 56 anos, tenho recordações de cenas típicas comportamentais de um franco atirador do prazer e divertimento ao nadar e pescar nas águas incrivelmente azul, limpa, com muitas espécies de peixes, camarões, siris, mariscos nas lagoas da Barra da Tijuca, sem me dar conta de que eu e outros ao não impedir ou mesmo lançar lixo e esgoto nas águas estávamos contribuindo para o desequilíbrio ecológico daquele fantástico cenário.
Naqueles tempos já havia registros da preocupação de alguns em diversos países, alertando, participando de atividades e eventos reconhecendo os perigos da poluição do ambiente para o homem e para os seres vivos em geral.
Somente nas ultimas décadas o homem se deu conta que não é apenas um espectador passivo das transformações da natureza.
Comprovações científicas às quais nem todas são disponibilizadas refletem em que tamanho chegou os problemas ambientais que enfrentaremos daqui por diante.
Sabemos que não se pode continuar a danificar os sistemas de sustentação da vida na Terra, o nosso lar o nosso único abrigo, nossa fonte de ar, água, alimentos e de recursos materiais.
A intensidade das atividades humanas afeta o equilíbrio dos ecossistemas, a degradação continua acelerada, a população cresce, polui, desmata, utiliza quantidade maior de recursos naturais para produção e consumo de bens, na maioria desnecessários, o que vem provocando rápido esgotamento desses recursos.
Há muitos movimentos organizados por entidades ambientalistas no sentido de racionalizar a degradação e exploração dos recursos naturais, alertarem a população, as empresas, pressionar líderes e governos, mas solução ambiental exige ações extremas com intenso envolvimento participativo das comunidades locais.
Mas infelizmente a grande maioria continua alienada aos ameaçadores impactos ambientais previstos, o buraco entre o que é preciso fazer e o que esta sendo feito aumenta cada minuto.
A despeito da sua ação destrutiva, nós humanos precisamos e muito da natureza. A verdade é que temos o poder de interferir no ambiente, também é verdade que ao destruirmos o nosso planeta, estamos caminhando para um ponto sem retorno e não ter uma casa para viver.
A urgente pressão política das sociedades e nós todos cada um a seu modo fazendo a sua parte, os governos, as grandes empresas aportem recursos suficientes para procedimentos necessários para precaução e adaptação com ações concretas mitigadoras para minimizar a maré comprovadamente perigosa para milhões de vidas, ou ameaçamos nos arriscar a comprometer a nossa própria civilização.
Nós do Instituto LAGOA VIVA e sua principal iniciativa o Movimento Evolutivo PACTO DE RESGATE AMBIENTAL fazemos nossa modesta parte, pois ao longo dos últimos nove anos estamos cultivando a consciência da comunidade local para maior cuidado do ambiente, indicando caminhos de conduta ecológica equilibrada, prioritariamente, quanto ao valor e à necessidade de saneamento total, para revitalizar e conservar os corpos hídricos da nossa fragilizada bacia hidrográfica, que hoje sabemos e vamos reverter este triste cenário, mesmo cientes que ainda há um longo caminho a percorrer para o sucesso desta meta, que passa por mais educação, maior envolvimento da comunidade e pelo estabelecimento de mecanismos para gestão e o planejamento participativo através do esforço para consolidação definitiva do nosso SUBCOMITÊ de bacia hidrográfica.
Se gastarmos todo o nosso tempo e energia nas coisas pequenas e desnecessárias nunca teremos lugar para as coisas realmente importantes para nossa sobrevivência.
Presta atenção às coisas que são relevantes para o teu futuro, do nosso e de todos que ainda vivem nesse pequeno e vulnerável planeta.
“Desejamos um 2010 mais feliz e sustentável para todos e que tenhamos a coragem e determinação suficiente para mudarmos o nosso modo de vida e o mundo”.
“A verdadeira solidariedade começa onde não se espera nada em troca.” Antoine de Saint-Exupéry.
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César Torres