Para a maioria das criaturas, a vida é passageira. Tem insetos que vivem apenas 30 minutos. Os seres humanos vivem em média 60 ou 70 anos, algumas tartarugas chegam a 190 anos e algumas baleias alcançam cerca de 200 anos. Algumas plantas já são mais sortudas, sendo que suas vidas são muitas vezes mais longas que a dos animais.
Muitas árvores vivem centenas de anos, com alguns exemplares verdadeiramente antigos, que existem há milênios. Não é a toa que o organismo vivo mais velho do mundo é um pinheiro “bristlecone” (que pode ser traduzido como “cone de cerdas”).
A árvore cresce no sudeste das Montanhas Brancas, na Califórnia. A contagem dos anéis da árvore confirma que Matusalém, como foi carinhosamente nomeada, tem 4.841 anos de idade. Isso é mais velho do que a civilização humana como a conhecemos: Matusalém brotou durante a Idade do Bronze, cerca de dois milênios antes de Roma ser fundada, e algumas centenas de anos antes dos egípcios construírem a Grande Pirâmide de Gizé.
Segundo especialistas, não é tão incomum para os pinheiros bristlecones atingirem uma idade avançada. Árvores como Matusalém têm uma experiência excepcional de crescimento lento em temperaturas baixas, o que torna sua madeira densa e resistente a doenças. Elas sofrem poucas mudanças à medida que envelhecem e não podem se deteriorar com a idade, como acontece com outras plantas e organismos.
Mas, é claro, para chegar aos 4.841 anos é preciso um pouco de sorte. Um pinheiro bristlecone 100 anos mais velho do que Matusalém foi descoberto em 1964 por pesquisadores em Nevada, nos EUA. Mas a sua idade, cerca de 4.900 na época, só foi descoberta depois que a árvore, agora chamada de “Prometeu”, foi cortada. Por este motivo, o Serviço Florestal americano mantém em segredo a exata localização de Matusalém. Eles acham provável que existam pinheiros bristlecones com mais de 5.000 anos, mas não é possível medir sua idade, porque árvores antigas podem perder sua casca, o que faz com que seus anéis sejam desgastados pelo vento e pelo tempo.
Outras espécies de árvores crescem ainda mais do que os pinheiros, mas precisam “trapacear” para chegar lá: algumas espécies produzem clones de si mesmas, com várias gerações vivendo sucessivamente do sistema da mesma raiz. De acordo com cientistas suecos, um abeto na província de Dalarna, Suécia, é o último de uma série de clones geneticamente idênticos com 9.550 anos. No sul de Utah, EUA, um grupo de clones de álamo alpino foi datado em 80.000 anos, embora as árvores individuais da espécie durem em torno 75 anos. [LifesLittleMysteries]
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César Torres