Uma pesquisa recentemente realizada pelo Instituto Saúde e Sustentabilidade concluiu que a poluição do ar em São Paulo causou a morte de 4.655 pessoas em 2011, número três vezes e meio maior que as vítimas fatais do câncer de mama e seis vezes acima das mortes causadas pela AIDS registradas no mesmo ano. As más condições do ar também mataram mais que os acidentes de trânsito – responsáveis por 1.556 óbitos no período analisado.
O levantamento foi produzido pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP) e divulgado na última segunda-feira (23). Os dados apontam que a quantidade de material particulado suspenso no ar em todo o Estado oscila entre 20 e 25 microgramas por metro cúbico, quantidade bem maior que o padrão estabelecido pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de 10 microgramas para o mesmo espaço.
Em onze municípios paulistas, a situação é mais preocupante do que na capital: os habitantes de Americana, Araçatuba, Cubatão, Mauá, Osasco, Guarulhos, Paulínia, Santos, São Bernardo, São Caetano, São José do Rio Preto e Taboão da Serra convivem com uma concentração de material particulado maior ou igual do que os índices registrados em São Paulo. Segundo os pesquisadores, a poluição nestes locais está diretamente relacionada à densidade populacional.
A equipe também apurou que, a cada ano, a poluição do ar causa um excedente de sete mil mortes prematuras somente na região metropolitana, além da redução de um ano e meio da expectativa de vida dos paulistas. Em 2011, a concentração de material particulado foi responsável pela morte de dois milhões de pessoas no mundo inteiro, sendo 65% deste total registrado na Ásia, continente que utiliza em larga escala as usinas de carvão mineral para a geração de energia não renovável.
Com informações do G1.
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César Torres