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sexta-feira, 27 de julho de 2012

Mato Grosso lidera degradação florestal na Amazônia Legal

Dados estão no Boletim SAD de junho, divulgado pelo Imazon

Por Daniela Torezzan / Instituto Centro de Vida – ICV

O Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon) divulgou o Boletim do Desmatamento (SAD) referente ao mês de Junho. Segundo a organização, a partir de agora, a detecção do desmatamento e da degradação florestal será realizada em parceria com o Google, através da plataforma Google Earth Engine, o que possibilitará maior agilidade no processamento das informações.

De acordo com o SAD, em junho de 2012, foram desmatados 34,5 quilômetros quadrados na Amazônia Legal. O estado do Pará aparece no topo da lista, seguido pelo Amazonas.

O Boletim traz ainda dados do desmatamento acumulado no período de agosto de 2011 a junho de 2012, correspondendo aos onze meses do calendário oficial de medição. Neste período, a Amazônia Legal perdeu 907 quilômetros quadrados de floresta, uma redução de 41% em relação período anterior (agosto de 2010 a junho de 2001) quando o desmatamento atingiu 1.534 quilômetros quadrados.

Considerando o desmatamento acumulado nos onze meses do calendário atual de desmatamento, o Pará lidera o ranking com 34% do total. Em seguida aparece Mato Groso, com 32%.

Em termos relativos, houve redução de 64% no Acre, 54% no Amazonas, 50% em Mato Grosso. Em termos absolutos, o Pará lidera o ranking do desmatamento acumulado com 309 quilômetros quadrados, seguido pelo Mato Grosso com 293 quilômetros quadrados.

Degradação

As florestas degradadas na Amazônia Legal somaram 14,5 quilômetros quadrados em junho de 2012, sendo que Mato Grosso foi o maior responsável pelo problema entre os estados que compõem a região. Apesar de o estado apresentar uma redução de 58% no acumulado dos onze meses verificados, Mato Grosso continua liderando o ranking nacional de degradação da floresta amazônia. No período entre agosto de 2011 e junho de 2012, o estado foi responsável por 1.587 quilômetros quadrados, o que representa 80% do total da degração ocorrido em toda a Amazônia Legal durante o período.
Os dados completos do Boletim SAD junho podem ser conferidos no site do Imazon.

Cientistas querem associar fabricação de bioplásticos à cadeia produtiva do etanol

Em workshop na FAPESP, pesquisadores procuram interação com a indústria a fim de viabilizar nova alternativa para uso do bagaço de cana: a fabricação de um plástico biodegradável produzido por bactérias a partir de matéria orgânica (foto:Biocycle)

Com a expressiva produção brasileira de etanol, torna-se cada vez mais importante desenvolver novas alternativas de utilização para os subprodutos e resíduos da cana-de-açúcar. Uma das possibilidades consiste em associar à cadeia produtiva do etanol a fabricação de polihidroxialcanoato (PHA), um plástico biodegradável que pode ser produzido por bactérias a partir do bagaço da planta.

Esse foi um dos temas discutidos nesta quarta-feira (25/07), primeiro dia do workshop “Produção Sustentável de Biopolímeros e Outros Produtos de Base Biológica” (Sustainable Production of Biopolymers and Other Biobased Products), realizado na sede da FAPESP. O objetivo do evento de dois dias é reunir a comunidade acadêmica e empresarial para discutir o desenvolvimento de produtos de base biológica no contexto do uso de recursos não renováveis pela sociedade.

O workshop faz parte das atividades do Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN) e tem apoio do Programa Ibero-Americano de Ciência e Tecnologia para o Desenvolvimento (CYTED), iniciativa intergovernamental de cooperação entre 19 países da América Latina, Espanha e Portugal e do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP).

De acordo com a organizadora do evento, Luiziana Ferreira da Silva, professora do ICB-USP, o Brasil acumula 20 anos de pesquisas sobre o PHA, com bons resultados e uma série de patentes. Uma tecnologia desenvolvida pelo ICB-USP, pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) e pela antiga Cooperativa dos Produtores de Cana, Açúcar e Álcool do Estado de São Paulo (Copersucar) já foi transferida para uma empresa em São Paulo.

Segundo Silva, o PHA é um material sintetizado por certas bactérias a partir de material orgânico. Uma vez extraído das bactérias, gera um polímero que pode ser moldado da mesma forma que os plásticos de origem petroquímica, com a vantagem de ser biodegradável.

“Isso permite que se obtenha material com propriedades plásticas ou elastoméricas usando uma bactéria e um material renovável pela agricultura, como a cana-de-açúcar, a soja, ou resíduos. Por ser um plástico biodegradável feito a partir de matéria-prima renovável, o produto adquire interesse ambiental na totalidade de sua produção e aplicação”, disse Silva à Agência FAPESP.
Além de serem materiais biodegradáveis, os bioplásticos PHA podem também ser biocompatíveis, isto é, podem ser aplicados sem rejeição no organismo de pessoas e animais. “É uma alternativa interessante para os plásticos de origem petroquímica. Para ter uma ideia da gama de aplicações, basta olhar à nossa volta e contar o número de objetos de plástico que nos cerca”, disse Silva.

O PHA pode ser utilizado para fabricação de filmes plásticos biodegradáveis, por exemplo. “Um grande volume de absorventes e fraldas são revestidos por filmes plásticos. O descarte desses materiais é um problema ambiental grave. Se tivermos um polímero biodegradável que possa substituir o filme utilizado neles, estaremos contribuindo para manter a qualidade do meio ambiente”, explicou Silva.

Outro exemplo de aplicação é a fabricação de microcápsulas biocompatíveis contendo medicamentos, ou hormônios, ou a produção de implantes para liberação controlada de fármacos. “Os PHA podem ser usados também para fazer pinos ortopédicos que são degradados pelo nosso organismo e não precisam ser retirados depois da recuperação da lesão”, afirmou.

Embora o BIOEN tenha foco em biocombustíveis, os estudos sobre PHA e outros biopolímeros e produtos de base biológica se encaixam na vertente do programa voltada para “Biorrefinarias e Alcoolquímica”.

“O bagaço da cana-de açúcar pode ser usado para produzir energia a partir da combustão, ou para produzir o chamado etanol celulósico. Mas esse etanol não é produzido pela mesma levedura que produz o etanol de primeira geração”, disse Silva.

Quando o bagaço é “quebrado”, há uma mistura de açúcares. A levedura que usa a glicose para fazer etanol não usa a xilose. Ainda que o bagaço seja quebrado e inserido na fermentação, para que a levedura produza o etanol ela utilizará só a glicose, mas não a xilose.

“No BIOEN, vários pesquisadores estudam como fazer para que a levedura que produz etanol utilize também a xilose, aproveitando o bagaço. No entanto, outros produtos de base biológica podem ser produzidos a partir da xilose”, disse Silva.

Com a produção de PHA, os cientistas querem oferecer uma alternativa para o uso do bagaço. “Se ninguém conseguir que a levedura use a xilose para fazer etanol, teremos alternativas, como fazer bioplásticos. Nossa ideia é que seria possível implantar biorrefinarias, que seriam usinas de álcool associadas a pequenas empresas que produzam bioplástico, ou outro produto que use a xilose”, destacou.
Interação com empresas

De acordo com a professora do ICB-USP, da perspectiva da pesquisa científica, para chegar nesse estágio, será preciso continuar estudando, por exemplo, a modificação de bactérias para que elas produzam diferentes tipos de bioplásticos. Mas, além do ponto de vista estritamente científico, para que se chegue a um processo sustentável será preciso agregar profissionais de outras áreas e aprofundar a interação com o setor industrial.

“Um dos gargalos consiste em controlar a composição dos bioplásticos. Mas não podemos trabalhar apenas na bancada do laboratório, sem contato com o setor produtivo. Por isso trouxemos empresas para o workshop. Para que os processos sejam aplicáveis em larga escala, temos que interagir com elas e levantar problemas como a questão de biossegurança, das propriedades do plástico e da sustentabilidade”, disse Silva.

“Precisamos nos associar às empresas para entender quais são suas demandas e trabalhar em conjunto. Não é da nossa competência fazer análise econômica, ampliação de escala, análise do mercado, por exemplo”, disse.

Ao mesmo tempo que buscam ampliar a interação com as empresas, os cientistas procuram usar todas as ferramentas disponíveis para desenvolver bons microrganismos produtores de polímeros. Segundo Silva, os estudos incluem o silamento de novos microrganismos, a produção de novos mutantes, a realização de metagenômica, de engenharia metabólica e de engenharia sintética, por exemplo.

“Temos que testar tudo o que for possível para termos diferentes polímeros, com diferentes composições, resultando em diferentes propriedades, que possibilitam amplas aplicações. Estamos fazendo todos os esforços possíveis – científicos e industriais – para atingir um nível de polímeros biodegradáveis alternativos e sustentáveis”, afirmou.
Matéria de Fábio de Castro, da Agência FAPESP, publicada pelo EcoDebate.

Cientistas apontam redução da biodiversidade em florestas tropicais

O resultado do trabalho mostrou uma variação grande na quantidade de espécies da fauna e flora. l Foto: Mihai Tamasila/SXC

A biodiversidade das florestas tropicais está bastante ameaçada. Conforme estudo publicado na revista Nature, metade destas reservas apresentou declínio na diversidade de suas espécies, acendendo um sinal de alerta aos especialistas.

A pesquisa foi liderada por William Laurance e contou com análises feitas em 60 florestas tropicais. Os dados coletados foram analisados com base em informações de períodos que variam de 20 a 30 anos, para que as alterações pudessem ser mensuradas e comparadas adequadamente.

O resultado do trabalho mostrou uma variação grande na quantidade de espécies da fauna e flora. Algumas causas foram apresentadas como justificativa para as mudanças e, em todas elas, a ação humana é apontada como o grande responsável pelo declínio. Caça, exploração das florestas e perturbação do habitat natural, estão entre as origens do problema.

A grande preocupação dos cientistas está relacionada à importância das florestas tropicais para a preservação de espécies. Estes locais funcionam como refúgios, mas que atualmente estão ameaçados.

Os pesquisadores alertam para o fato de que as ações realizadas dentro das reservas impactam as espécies, mas os fatores externos também prejudicam a biodiversidade. Desta forma, é necessário haver esforços para preservas a floresta e também cuidar para que as mudanças sejam levadas além dos limites das áreas de conservação. Com informações do Globo Natureza.




Interior paulista ganha condomínio residencial sustentável

As residências contarão com sistemas individuais de aquecimento solar para água e todos os cômodos possuirão sistema de iluminação por sensores de presença, que reduzem o desperdício energético. l  Imagem: Divulgação

O condomínio Reserva Domaine Eco Residence deve ser finalizado em 2013, seguindo premissas sustentáveis. O conjunto contará com 83 casas e serão aplicadas opções ecologicamente corretas para a gestão de resíduos e produção energética.


O projeto foi idealizado pelo grupo de engenharia GMR e está localizado em uma área nobre de Ribeirão Preto, cidade do interior paulista. As casas variam em dois tamanhos, mas as tecnologias verdes são aplicadas em ambos os casos.

As residências contarão com sistemas individuais de aquecimento solar para água e todos os cômodos possuirão sistema de iluminação por sensores de presença, que reduzem o desperdício energético. Os banheiros terão descargas com sistema duplo, que permite economia nos gastos hídricos.

O condomínio ainda disponibiliza aos moradores diversas áreas comuns, como playground e salão de festas. Para manter essas estruturas em funcionamento, bem como manter a iluminação das ruas, será utilizado um sistema híbrido de obtenção energética. A tecnologia contará com um sistema eólico, capaz de gerar cinco quilowatts, e um fotovoltaico de 0,81 kW, atuando simultaneamente.

Os moradores contarão com a estrutura de coleta seletiva, que inclui um cuidado especial com a separação do óleo de cozinha, item altamente poluente. O conjunto também será estruturado para tratar e reaproveitar a água da chuva. Com informações do Atitude Sustentável.

Designers norte-americanos projetam bolsa solar que purifica água

A Solar Bag é uma opção prática para solucionar problemas de falta de acesso à estrutura de saneamento básico. l Foto: Divulgação/Byrye

A utilização de raios ultravioleta para a purificação da água é uma alternativa eficiente para regiões em que a estrutura de saneamento é precária. A partir desta opção, os designers norte-americanos Ryan Lynch e Marcus Triest criaram uma bolsa capaz de limpar água.


Os raios UV conseguem matar os vírus e bactérias, que acabam gerando risco às pessoas que ingerem o líquido contaminado. Esta poluição é um dos grandes problemas da África, por exemplo, onde a ingestão de água suja mata mais do que a violência.

A criação, apelidada de Solar Bag, é uma opção prática para solucionar, ao menos, parte dos problemas enfrentados pela população que não têm acesso à estrutura de saneamento básico.

O funcionamento é simples: basta encher a bolsa com 2,5 litros de água e deixá-la sobre os ombros, para que a força do sol incida e faça o trabalho de purificação. Segundo os criadores, o projeto considera a dificuldade de pessoas que são obrigadas a caminhar durante horas, sob o sol, para ter acesso à água, mesmo que seja poluída.

A bolsa é feita a partir de polietileno de lata clareza, utilizado para maximizar a passagem dos raios UV, enquanto no lado traseiro da Bag Solar é usado polietileno prato, que reflete os raios de volta, para aquecer ainda mais a água e assim acelerar o processo de purificação. Em até seis horas todo o líquido armazenado é purificado.

Outro benefício do sistema é o baixo custo. A estimativa de Lynch e Triest é de que as bolsas custem US$ 5 ou menos, de acordo com a escala de produção. Elas também podem ser fabricadas localmente, de acordo com a necessidade, fator que reduz os gastos e as emissões de gases de efeito estufa gerados pelo transporte. Com informações do TreeHugger.

Microhidrelétricas levam energia limpa a comunidades nepalesas

A estimativa é de que 2.200 usinas tenham sido construídas em todo o país oriental desde 1970.
Foto: Amy Yee/NYT
Nepal aposta no sistema de energia a partir de microhidrelétricas para levar energias às aldeias situadas em áreas remotas do país. A opção é uma alternativa sustentável para substituir o uso de querosene e elevar a qualidade de vida da população.

Antes que a energia alcançasse a comunidade de Rangkhani, por exemplo, a comunicação e o tratamento de saúde eram precários. Após a instalação de microusinas no rio Kalung Khola, iniciada em 2001, a situação começou a mudar e novas oportunidades de emprego e de desenvolvimento alcançaram a região.

Bhupendra Shakyra, especialista em energia renovável que trabalha para o governo nepalês, explica que as condições naturais do país dificultam a infraestrutura, no entanto, elas são adequadas às opções hídricas.

A estimativa é de que 2.200 usinas tenham sido construídas em todo o país oriental desde 1970. Juntas elas são capazes de gerar 18 mil quilowatts, segundo a Associação de Desenvolvimento de Energia Microhídrica do Nepal. O número é considerado baixo, se comparado ao poder de uma grande usina. A Três Gargantas, construída na China, por exemplo, é capaz de gerar 22.500 megawatts.

Apesar da discrepância entre a capacidade de produção de uma hidrelétrica nepalesa e dos modelos monumentais aplicados em outras partes do mundo, as microhidrelétricas reservam muitos benefícios, principalmente ambientais. Elas não necessitam de grandes barragens, inundações e não resultam em deslocamentos de comunidades, o que significa um impacto ambiental bastante reduzido.

Para os moradores locais a vida com eletricidade é um “paraíso”, conforme informado por Tul Kumari Sharma, 33, que hoje dirige um moinho de grãos movido a eletricidade. O baixo preço da energia na região também a torna mais acessível a toda a população.

Mesmo com um grande aumento na produção de eletricidade, o Nepal ainda concentra boa parte da sua população em áreas rurais, que dependem exclusivamente da queima da biomassa para ter energia. Isso ainda é um problema para as autoridades locais, pois resulta em desmatamento e poluição. Com informações no New York Times.

Saiba como fazer uma horta vertical com madeira reaproveitada

Ter alimentos frescos e livres de agrotóxicos é um desejo alimentado por muitas pessoas. Melhor ainda é poder plantar o que vai ser consumido, em uma horta caseira ou pomar. No entanto, este é um privilégio para poucos, já que conseguir espaço disponível em residências é um verdadeiro desafio.

Para resolver este problema a norte-americana Anne Phillips criou um modelo de horta vertical que ocupa apenas o espaço de meia parede. Além disso, ele é feito com madeira reaproveitada, aumentando a sustentabilidade do trabalho.

No modelo original da horta, Anne usou estantes francesas de vinho. São painéis de madeira com buracos em que são encaixadas as garrafas. O formato é ideal para este artesanato. No entanto, como esse material é difícil de ser encontrado no Brasil, ele pode ser substituído por um modelo construído com madeiras de demolição ou madeiras descartadas por empresas que fazem manutenção de postes de rua. Neste caso é necessário fazer buracos na estrutura, por onde serão espalhadas as sementes.

Além do painel, é necessário “forrar” a parte de traz da estrutura com fibra de coco, que irá servir como vedador natural e ainda irá manter a terra e as plantas sempre no local adequado. O solo deve ser adicionado nos arredores dos buracos, pois assim as plantas irão germinar com mais facilidade.

O formato da horta é mais adequado para as plantas que precisam de drenagem constante. Por isso, a sugestão de Anne é de que sejam plantados diversos tipos de sementes, como: alfaces, rúcula, acelga, mostarda, morango e ervas. Com informações do Go Green Gardners.

10 coisas para fazer com madeira de demolição

A empresa Madeira de Demolição.com dá algumas dicas de como se empregar este material em projetos arquitetônicos e decorativos. O CicloVivo aproveita para repassar as sugestões para a reutilização da madeira.

Painéis para televisão

O painel em madeira de demolição vem sendo utilizado para decorar e estilizar ambientes de maneira sofisticada e original. Boas opções são painéis em peroba rosa de demolição, que combina bem com ambientes internos. Seus tons mesclados conferem um ar especial ao espaço



Mesa de jantar


O ar rústico das madeiras de jantar feitas com restos de demolição traz à lembrança a tradição das famílias grandes, unidas ao redor da mesa. É uma opção, que se encaixa em diversos projetos e dura para toda uma vida.

Jardim vertical

Jardins verticais e hortas orgânicas têm se tornado tendência em apartamentos bem projetados e modernos. Os projetos trazem um ar verde e saudável a ambientes requintados, que refletem o estilo de vida de pessoas antenadas à sustentabilidade. Uma sugestão é montar um em madeira de demolição.

Portas pivotantes

A madeira de demolição possui ranhuras únicas, que faz do objeto uma atração singular. O visual é charmoso e surpreendente.


Pergolados


Pergolados em madeira de demolição são uma excelente aposta para ambientes externos. Estes são peças formadas por pilares e vigas paralelas vazadas, utilizados como decoração em jardins. O efeito é bem agradável.

Piso de cruzetas

As cruzetas, pedaços de madeira que originalmente encaixavam-se em postes de energia elétrica, tornam-se a cada dia peças mais apreciadas. Elas ficaram muito tempo expostas aos efeitos naturais, o que lhes garante um belo aspecto de madeira forte e envelhecida. O resultado da sua aplicação em revestimentos cria um efeito muito bonito.

Chuveiro e cascata


É possível inserir detalhes elegantes em madeira de demolição aos ambientes mais inusitados, como o jardim ou a área da piscina. Peças de decoração como chuveiros e cascatas confeccionados com o produto denotam criatividade e charme.

Escada

Uma opção inusitada e muito elegante é revestir aquela escada sem graça que poderia nem ter muito destaque no projeto com madeira de demolição. As vigas de madeira podem torná-la a grande sensação do ambiente, conferindo um ar bem aconchegante.

Tampos e balcões


Tampos e balcões em madeira de demolição são cada vez mais utilizados por arquitetos e decoradores, que contrastam o rústico das peças com o restante da mobília do ambiente.

Objetos e detalhes

Pequenas peças em madeira de demolição podem dar um charme especial ao seu projeto, como cachepots feitos de cruzetas, revisteiros e cubos em peroba rosa de demolição, que dão um toque especial de originalidade.

Fotos: Divulgação/Madeira de Demolição.com

Educação Ambiental – Quando será?



A falácia dos países desenvolvidos nos dá o nível de comprometimento do homem com o meio ambiente. O capitalismo continua a mover o sentimento dos dominadores do planeta. As evidências no comportamento da natureza não são suficientes para abalar a dureza no coração dos homens.

A Educação Ambiental, há poucas décadas discutida no Brasil, vem demonstrar uma maior sensibilidade e está assumindo novas dimensões a cada ano. Considerando a urgência de reversão do quadro de deterioração ambiental em que vivemos, tem efetivado práticas de desenvolvimento sustentado e melhoria na qualidade de vida de todos e aperfeiçoando as Leis e sistemas de códigos que orientam a nossa relação com o meio natural. Trata-se de compreender e buscar novos padrões, construídos coletivamente, de relação da sociedade com o meio natural. Contudo ainda em uma velocidade aquém da velocidade do consumismo.

A Educação Ambiental está presente nas Propostas Curriculares do Ensino Fundamental em grande parte dos municípios brasileiros. Consideramos que a participação de alunos de todos os níveis em projetos de Educação Ambiental que os aproxime da realidade escolar durante a formação educacional desde o ensino fundamental ao acadêmico, não retrata a realidade das propostas, muita teoria e pouca pratica. A indissociabilidade entre a teoria e a prática referente a educação ambiental, nos dá a dimensão do desafio em promover mudanças imediatas, possibilitando uma práxis comportamental na promoção de um equilíbrio socioambiental.

Somos sabedores da urgente necessidade de transformações para a superação das injustiças ambientais, da desigualdade social, da apropriação desenfreada da natureza - como aliar esse conhecimento à prática como parte de nossa rotina cotidiana? Trata-se de uma crise ambiental nunca vista na história, que se deve à cultura do domínio e do poder.

Precisamos ter coragem para o enfrentamento desses desafios e demandas na perspectiva de uma ética ambiental, devemos considerar a complexidade e a integração de saberes. Somente essas preocupações éticas criam condições de legitimação e reconhecimento da importância de educação ambiental para além de seu universo específico, se complementando em uma inter-relação teórica/prática. As características interdisciplinares da educação ambiental podem fortalecer essa perspectiva de ação, colocando o educando frente a frente com nossa realidade fora das salas de aula.

Continuamos a perguntar. O que mais será preciso para o homem compreender a urgência das mudanças?Somos otimistas, porém, a demora no reconhecimento das instituições em aplicar tais práticas, nos coloca em uma dimensão cósmica de conflitos interior. Em resumo, sem argumentos. Um desabafo!


César Torres

terça-feira, 10 de julho de 2012

Balanço da Rio+20

Publicado em 05/07/2012
Após quarto dias de intense discussões a conferência da Organização das Nações Unidas (ONU), com a presença de dezenas de chefes de estado de todo planeta, deveria tratar também de questões como “o nível de consumismo nos países desenvolvidos e a aspiração dos mais pobres”. Nesta sua primeira definição, a ideia de sustentabilidade aparecia sempre atrelada a três eixos básicos: distribuição de renda, erradicação da pobreza e proteção ambiental, temas que não tiveram ênfase como se esperava.

A diferença de entendimento está em um abismo construído ao longo dos séculos, onde os países desenvolvidos adquiriram um padrão socioeconômico e cultural anos luz à frente dos países em desenvolvimento. Com a globalização e a evolução tecnológica os países em desenvolvimento também estão experimentando o gostinho doce de uma vida com mais conforto e a possibilidade de consumirem mais. Condição que cria uma preocupação a mais para quem sempre controlou a economia mundial e hoje depende dos países em desenvolvimento para continuarem a se sustentar. Lembrando que o desenvolvimento crescente desses países implicará em uma maior pressão sobre os recursos naturais, comprometendo assim a capacidade de atender a continuidade do padrão socioeconômica existente.

Criar um novo padrão de consumo e uma nova ordem social, seria a aspiração dos ambientalistas, mas o que percebemos é que as discussões não alcançaram esse nível de entendimento, onde os maiores consumistas e exploradores dos países desenvolvidos, sequer tiveram a coragem de aprofundar no tema, e o que vimos foi um documento sem qualquer propósito, como podemos observar no pronunciamento de um dos maiores ambientalistas do planeta o teólogo e escritor Leonardo Boff, que resumiu o documento com uma frase: "É um documento materialista e miserável".

Foi dessa forma que se referiu ao documento geral da ONU que foi elaborado e preparado na Rio+20. "O Futuro que prepararam na Rio+20 vai nos levar ao abismo", disse Boff, um dos responsáveis pela Carta da Terra, declaração de princípios que busca inserir na sociedade princípios mais éticos na relação com o meio ambiente. Segundo o teólogo, a busca por uma economia mais sustentável, um dos principais focos da Rio+20, não obteve sucesso algum com as ideias e panoramas atuais. "Só se fala de economia verde. Mas o que eles querem é apenas uma economia pintada de verde. Temos que ter uma ruptura com o sistema atual", afirmou.

Equacionar os interesses maiores de cada nação é uma tarefa difícil, considerando ainda que o capitalismo sempre foi o responsável pela ordem mundial e agora não será diferente. As inúmeras vezes e contextos em que o termo “sustentabilidade” está sendo empregado recentemente evidenciam o que já identificava Norberto Bobbio em 1991, no livro, “Esquerda e direita”: o discurso “verde” é transversal, ou seja, passa por todos os partidos, independentemente de suas tendências e correntes ideológicas, o que nos mostra uma visão míope da sociedade, buscando a conveniência em detrimento da real sustentabilidade.

Percebemos que a crise ideológica atual, demonstra o nível de individualidade e corporativismo das organizações e a continuidade da força do poder pelo capital e pela exploração dos mais fracos. Lamentamos dizer que, se os nossos conceitos não mudarem, em breve teremos que afirma, que as mudanças importantes não estarão condicionadas aos resultados de grandes conferências mundiais, ou ações isoladas de países com nível de conscientização mais desenvolvida, e sim, pelas consequências catastróficas das reações e manifestação dos eventos climáticos do planeta.

Todo mundo fala em desenvolvimento sustentável, ninguém é contra. Só que não há um consenso, cada qual entende uma coisa. O novo Código Florestal vem exemplificar claramente esse nosso pensamento de uma sociedade que vive a torre de babel. Esperamos que apesar do resultado pífio do Fórum Mundial Rio+20, novas leis e normas possam compor um novo quadro socioambiental no planeta terra. Continuo a dizer, “Ainda da tempo”.
Livro 2200 No Limite a venda na Papelaria Caratinga.



segunda-feira, 9 de julho de 2012

Arquitetos projetam prédio capaz de purificar água do rio Chicago

O conceito foi pensado para ser instalado nas proximidades do rio Chicago. - Imagem: CTBUH


O estúdio norte-americano Hi-Rise, Lo-Carb projetou um edifício capaz de purificar água. O conceito foi pensado para ser instalado nas proximidades do rio Chicago, nos EUA, tornando-se um referencial arquitetônico e sustentável para a região.


Durante muitos anos o tradicional rio que corta a cidade de Chicago recebeu esgotos de diversos tipos. Até pouco tempo os projetos industriais e as construções locais simplesmente ignoraram a situação do rio. No entanto, o projeto apelidado de Clean Tower tem o intuito de transformar essa relação entre desenvolvimento e o rio.

O prédio deve funcionar como uma referência na purificação da água e a criação de novos habitats aquáticos. De acordo com a equipe responsável pelo projeto, a zona úmida artificial deve ser capaz de limpar mais de um milhão de litros de água a cada ano.

Apesar de ser um prédio bonito, grande e luxuoso ele também será eficiente. A construção deve ter 60 andares, com apartamentos residenciais e espaços comerciais e de convívio, duas abas e grandes piscinas, que serão alimentadas com a água tratada do rio. O mesmo processo deve ser usado para manter outros espaços em que não é necessário o uso de água potável.

O design inclinado foi feito para não prejudicar a paisagem local. Além disso, o prédio não consiste em ser apenas paredes de concreto. Ele será equipado com uma grande praça pública, que se estenderá da entrada do edifício até o rio, e uma grande piscina que terá sua utilidade original no verão, enquanto se transformará em pista de gelo no inverno.

Por enquanto, a ideia trata-se apenas de um conceito, que os criadores ainda não sabem se um dia poderá se tornar realidade. Por outro lado, já existe um plano criado para o local, que consiste na construção de três torres e gastos de aproximadamente US$ 1 bilhão. Com informações do Inhabitat.









Empresa israelense desenvolve painel solar dupla face de alta eficiência energética

A técnica aumentou a eficiência do painel em 50%
Foto: Divulgação
A energia solar é uma boa alternativa sustentável, porém o rendimento dos painéis ainda é limitado. Para suavizar este problema, a empresa israelense Bsolar aumentou a área de exposição sem aumentar o tamanho das células.

Os painéis são responsáveis por converter a luz solar em eletricidade e a técnica da Bsolar potencializa o poder de geração destes painéis ao utilizar as suas duas faces. Ao contrário dos painéis comuns, que têm apenas uma face voltada para o sol.

O projeto foi batizado de Bifacial. O sistema reflete a reflete a luz do sol para que ela chegue à parte posterior do painel, já que não é possível colocar as duas faces voltadas para o mesmo ponto no espaço. A técnica aumentou a eficiência do painel em 50%. Um resultado relevante diante dos 30% a 35% de conversão de luz feita pelos painéis solares mais avançados atualmente.

Há anos se fala em painéis solares de dupla face, mas nunca um projeto chegou a ser concretizado. Além de serem caros, não tinham benefícios na geração de energia que compensassem o custo.
A Bsolar foi fundada em 2007 por profissionais com muita experiência na área de tecnologia e indústria solar. A produção de painéis bifaciais é realizada na sua unidade de produção em Heilbronn, na Alemanha. Atualmente, a empresa está em fase de negociação para licenciar a tecnologia para diversos fabricantes de painéis solares. Com informações da TechTudo.









Marca desenvolve joias e utensílios com lona e câmara de pneu de bicicleta

              As bijuterias são feitas com câmaras de pneu de bicicleta l Fotos: Divulgação/Otra


A marca canadense Otra (On The Road Again) aproveita parte da estrutura de bicicletas, lonas e cartazes na produção de diversas peças comercializáveis. Com o reaproveitamento, a empresa faz bijuterias, lustres e até vasos de flores.

Todas as peças são artesanais. Não é usado nenhum tipo de solvente ou cola. As bijuterias, por exemplo, são feitas com câmaras de pneu de bicicleta. A marca produz braceletes, brincos e colares. Vendo as peças prontas, é impossível imaginar que foram produzidas com material reutilizado.

Os lustres foram feitos com plásticos de cartazes de propaganda retirados do metrô de Montreal. Eles foram feitos de diversas cores e com formatos únicos. Os lustres podem deixar o ambiente descontraído e moderno, diferente dos clássicos de vidro ou cristal.

As lonas publicitárias são transformadas em vasos muito originais. Feitos para serem pendurados em varandas, eles foram inspirados em macacões de jardineiros. Com uma dobra e utilizando dois grampos é possível fazer o vaso em casa. Veja o passo a passo na imagem da galeria.
A marca foi criada em 2011 pelas designers Julie Ferrero e Darnajou Guillaume. Ambas tinham o desejo de trabalhar para o desenvolvimento sustentável e foi estudando juntas durante alguns anos que nasceu a ideia. “O projeto oferece um novo caminho para produtos mais ecológicos”, afirma o site da Outra.


Com informações do Atitude Sustentável.













China será líder em energia limpa até 2017

Fazenda eólica de Goldwind em Urumqi, na China l Foto: Pzavislak/Domínio Públic

Um dos países mais poluidores do mundo, a China, liderará o crescimento na produção de energia renovável. Este progresso ocorrerá nos próximos cinco anos e o país ficará à frente de Estados Unidos, Índia e Alemanha.

O crescimento será de 40% em geração de energia sustentável, afirma um estudo publicado pela Agência Internacional de Energia (AIE). O número representa cinco vezes mais que a progressão esperada nos Estados Unidos, sete vezes mais que a da Índia, oito vezes mais que a da Alemanha e 18 vezes mais que a da França.

Estima-se que a capacidade de produção elétrica da China até 2017 seja de 710 gigawatts. Deste total, 270 gigawatts de fazendas eólicas e outros parques solares serão conectados na China. "A China é o mercado de desenvolvimento central", afirma Didier Houssin, diretor da prospectiva de mercados de energia da AIE. Segundo ele, o país é impulsionado "pela explosão da demanda de eletricidade e das inquietações políticas sobre a segurança energética que impulsionam a diversificação das fontes".

Atualmente, há 10 fabricantes mundiais principais de módulos fotovoltaicos, sendo que sete são chineses e mais quatro indústrias no setor eólico, de acordo com o relatório da AIE. Devido à crise financeira, a Europa vive o processo inverso. A tendência é que o crescimento diminua nesta área.

Por exemplo, a Espanha deve desacelerar o seu crescimento de produção de energia eólica, sendo que o país é um dos pioneiros europeus neste setor. Já na França, a capacidade em geração de energia renovável deve aumentar. Em especial, a eólica e a solar.

Em geral, a produção de energia sustentável pode aumentar 5,8% a cada ano. O crescimento da produção de energia eólica ou solar registra uma progressão de 14%. Com informações do Terra.



domingo, 1 de julho de 2012

Lançamento do Livro Ambiental “2200 – No limite”

Diário das Gerais 28/06/12



A semana que passou considero como uma semana especial, a realização do Fórum Mundial - Rio+20, para busca de solução das questões ambientais planetária, fizemos também o lançamento do livro “2200 No Limite”, na Cidade de Ipatinga no 6º. Salão do Livro e em Inhapim no IV Congresso regional de Educação.
O nosso trabalho é uma nova proposta pedagógica com um conteúdo informativo e técnico buscando atingir tanto o publico escolar como o cidadão comum que ainda não se sensibilizou para a importância de seu papel no processo de preservação ambiental.  
O Livro “2200 – No limite”, possui em seu conteúdo a história de um planeta que chegou ao limite de exaustão. Tentar compreender a mente humana com suas infinitas vertentes que direcionam suas atitudes nos coloca diante de uma triste realidade, de que não encontramos como regra o desejo de contribuir na construção de uma sociedade mais humana e consciente de suas responsabilidades para com as futuras gerações.
Criamos uma projeção considerada por críticos, como exagerada ou absurda, mas diante das informações dos cientistas que buscam respostas para as transformações climáticas, mostramos sim, uma verdade inconveniente, onde o homem se adapta as mais severas condições e aceita as mudanças como naturais.  Buscando na evolução social e na degradação ambiental, é possível prever o que se espera para as futuras gerações, dado a evolução rápida de degradação e os desequilíbrios ecológicos que se manifestam diariamente em todas as regiões do planeta.
Os efeitos climáticos somente passam a ter importância para o homem quando sente os seus efeitos na carne, e não é assim que devemos ver a vida. Se é possível buscar um equilíbrio, conhecendo a nossa realidade e participando das soluções, porque pagar um preço alto do descaso e ainda deixar para as futuras gerações uma conta impagável.
Para palestras em eventos ou escolas, contato:  cesaratorres@gmail.com. Elaboramos também um vídeo para melhor entendimento da mensagem do livro que se encontra disponível no site: http://www.youtube.com/watch?v=M5DZiMujuXE
*A venda  na Livraria Caratinga – Livraria Leitura Ipatinga – Papelaria Geraldo José em Inhapim, ou sites: www.biblioteca24horas.com/ - www.amazon.com/

Lançamento de Livro Ambiental “2200 – No limite” de César Torres

Publicado no Diário de Caratinga em 26/06/12


A semana que passou esteve em evidência o tema Meio Ambiente, com a realização do Fórum Mundial “Rio+20”, para busca de solução para as questões ambientais planetária. Em nossa região também tivemos momentos voltado para o tema com o lançamento do livro “2200 No Limite” do escritor César Torres. O lançamento ocorreu na Cidade de Ipatinga no 6º. Salão do Livro e em Inhapim no IV Congresso Regional de Educação. Para entendimento da proposta do livro, foi apresentado um vídeo que se encontra disponível no Youtube no endereço eletrônico no final da matéria.

O autor do livro explica que, buscou no livro “2200 – No limite”,  uma nova proposta com um conteúdo informativo e técnico que dará ao cidadão o que ele precisa saber para possuir o mínimo de consciência e se integrar nessa importante batalha de preservar o nosso planeta. O livro propõe também uma fonte de pesquisa para atender os alunos que buscam enriquecer o seu conhecimento e ajuda-lo na elaboração de trabalhos escolares.

Possui em seu conteúdo a história de um planeta que chegou ao limite de exaustão. Tentar compreender a mente humana com suas infinitas vertentes que direcionam suas atitudes nos coloca diante de uma triste realidade, de que não encontramos como regra o desejo de contribuir na construção de uma sociedade mais humana e consciente de suas responsabilidades para com as futuras gerações.

O planeta terra se encontra doente, isto é um fato, refletir com profundidade nas causas e consequências dessa enfermidade crônica e progressiva, não dá ao cidadão um agradável e salutar retorno espiritual. Cria sim, uma batalha de consciência que impede de viver o presente com tanta intensidade no conforto e deleite das luxurias e benesses que a vida do consumo inconsequente nos oferece.

Criamos uma projeção que aparentemente nos leva a crer que trata de um pensamento catastrófico ou um  louco por terrorismo mental. O que as pessoas não percebem é que estamos levando de fato o planeta terra para um caminho do caos  sem volta.

 Buscando na evolução social e na degradação ambiental, é possível prever o que se espera para as futuras gerações, dado a evolução rápida de degradação e os desequilíbrios ecológicos que se manifestam diariamente em todas as regiões do planeta. Os efeitos climáticos somente passam a ter importância para o homem quando sente os seus efeitos na carne, e não é assim que devemos ver a vida. Se é possível buscar um equilíbrio, conhecendo a nossa realidade e participando das soluções, porque pagar um preço alto do descaso e ainda deixar para as futuras gerações uma conta impagável.

Acreditamos sim, que ainda existe uma forma de desacelerar esse processo com a participação efetiva de cada um, buscando no cotidiano contribuir com práticas ecologicamente correta  nas mais simples e elementares atividades. Vamos salvar assim nosso planeta,  cumprindo o nosso papel maior, o de preservar o que nos foi oferecido de graça pelo nosso criador, conclui.
*Vídeo sobre o conteúdo do livro - http://www.youtube.com/watch?v=M5DZiMujuXE
* A venda na Editora Seven System - * http://www.biblioteca24x7.com.br/  *http://www.amazon.com  *Livraria Caratinga  *Livraria Leitura Shoping do Vale em Ipatinga.

Rio+20 – Uma Torre de Babel.

Publicado 21/06/12
César Torres
Vinte anos depois da Rio 92 na tentiva de conseguir deter a destruição do nosso planeta pela humanidade, os governos do mundo se reunirão novamente no Rio este mês de 20 a 22  para uma Cúpula da Terra que vai abrir com grande alarde, mas baixas expectativas de sucesso .
Com um novo estudo das Nações Unidas alerta que a deterioração do meio ambiente está se acelerando, mais de 130 lideranças nacionais estarão presentes na conferência Rio +20 para tentar discutir um novo projeto para uma "economia verde" e um forte sistema de governança global. Apesar da urgência da tarefa, as negociações foram paralisadas antes mesmo do evento começar com a crise financeira na Europa, campanha eleitoral dos EUA e diferenças de longa data entre países ricos e pobres. David Cameron, o primeiro-ministro britânico, e a chanceler alemã, Angela Merkel e o Presidente dos EUA, Barack Obama irão enviar representantes.
A Rio +20 Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, é muito maior do que seus dois antecessores - Estocolmo em 1972 e Rio em 1992 - mas também tem sido criticado por ser mais vaga e menos ambiciosa. Percebemos que a influência capitalista afeta diretamente os resultados. A Cúpula da Terra passada resultou nas convenções que foram um marco sobre mudanças climáticas e biodiversidade, bem como uma série de outros documentos influentes.
Desta vez, porém, os organizadores não esperam quaisquer tratados juridicamente vinculativos. Ao contrário, o objetivo central é iniciar um processo para que até 2015, a comunidade internacional possa chegar a acordos sobre um conjunto de metas globais de desenvolvimento sustentável - com metas de consumo e produção, um mecanismo de acompanhamento periódico e relatórios, e ações específicas para áreas como alimentos, água e energia.
A necessidade de mudança foi ressaltada pela última Perspectivas  Global do Meio Ambiente (Global Environment Outlook), mostrou que o meio ambiente mundial está declinando rapidamente. Nas últimas duas décadas, as emissões de carbono têm aumentado em 40% e a perda de biodiversidade aumentou 30%. A comunidade mundial perdeu apenas quatro de suas 90 mais importantes metas ambientais, com falhas importantes sobre as alterações climáticas, os recursos haliêuticos (arte da pesca) e a desertificação, essa é a avaliação sombria, publicado pelo Programa Ambiental da ONU. Sem um novo caminho de desenvolvimento e uma mudança nos padrões de consumo, a pressão sobre os ecossistemas e as comunidades pobres tende a se intensificar enquanto a população global deverá aumentar dos atuais 7.000 a 9.000 milhões em 2050.
Se as tendências atuais continuarem, se os padrões atuais de produção e consumo dos recursos naturais prevalecerem e não puder ser revertida, os governantes e sociedade enfrentarão níveis sem precedentes de danos e degradação, como projetamos em nossa obra 2200 No Limite.
O documento que dará uma nova proposta ambiental mundial deveria conter uma ruptura com o velho, isto é, a supressão gradual do consumo de combustíveis fósseis e maior investimentos na energia limpa, mas não consegue unanimidade dos representantes mundiais, seria esse um dos prncipais aspéctos na reducão dos gazes de efeito estufa.
Existe uma política dos EUA e a Europa tentando que os países ricos avancem na "produção e consumo sustentáveis” . Apesar dos esforços eles parecem não falar a mesma língua, estão relembrando a passagem Bíblica - (Gênesis 11) da Torre de Babel, onde o Homem buscava alcançar o céu com uma torre e descobrir os poderes de Deus, como castigo foram confundidos com linguas diferentes onde ninguém se entendia de forma a desistirem do projeto. Assim vejo o comportamento dos chefes de estado da Rio+20, não conseguem se entender e para frustraçào dos ambientalistas, ou melhor, da humanidade os acordos que definitivamente poderiam culminar em um mundo melhor para as futuras geração será mais uma vez protelado. Até quando o planeta resistirá?
Apesar de algum esforço dos EUA em buscar a sustentabilidade deveria  perceber como é importante que o presidente Obama demonstre que os Estados Unidos continuam empenhados em combater as alterações climáticas  praticando a sustentabilidade, tanto ao redor do globo e em casa. Sua presença durante  a Rio +20" seria um indicador da vontade de contribuir efetivamente com as mudanças, uma vez que o seu país é recordista no consumo.
As medidas de sustentabilidade adotadas nos EUA, estão longe de compensar os danos causados pelo consumismo, que chega a cinco vezes os do brasil e outros paises em desenvolvimento. Seria necessário tres planetas terra se o mundo adotasse o padrão de consumo dos americanos. Razão de sua importância na elaboração do documento da Rio+20 para a prática da economia verde e a redução e eliminação de gazes de efeito estufa. 

Restauração da Mata Atlântica é possível, mas precisa ser monitorada, conclui tese

 





Estudo revela que áreas da região de Campinas têm de ser constantemente reavaliadas


Estudo de doutorado do Instituto de Biologia (IB) mostrou que a restauração da Mata Atlântica, de algumas áreas no entorno de Campinas, é possível, mas esse processo pode ser lento e necessita de uma manutenção e monitoramento de longo prazo, adverte Letícia Couto Garcia, autora da tese. “Essas áreas devem ser constantemente reavaliadas a fim de constatar o que precisa ser melhorado para intervir no caminhar dessa recuperação”, afirma ela. Os resultados mais significativos da pesquisa se relacionaram às funções que as espécies desempenham nessas áreas e ao número de espécies.

Segundo a pesquisadora, a diversidade de espécies arbóreas conseguiu ser recuperada após cinco décadas, atingindo número similar de espécies de uma mata nativa, bem como a cobertura das suas copas. Foi recuperada a quantidade de flores e de frutos por hectare nas áreas avaliadas, as quais consequentemente ofereceram frutos e flores para os animais consumirem. Além do mais, a quantidade de madeira (área basal) foi recuperada em aproximadamente 12 anos.


A bióloga tomou como referência a mata de Ribeirão Cachoeira (no distrito de Sousas), área tombada pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Artístico e Cultural de Campinas (Condepacc). Trata-se de uma propriedade particular com cerca de 60% de sua extensão averbada como Reserva Legal do condomínio de chácaras Colinas do Atibaia.

Essa mata nativa foi comparada com as matas em restauração dos municípios de Santa Bárbara D’Oeste (que tem 12 anos), de Iracemápolis (23 anos) e de Cosmópolis (55 anos). Porém, os melhores parâmetros foram obtidos da amostra de Cosmópolis porque, conforme Letícia, quanto mais antiga a mata, mais colonização por outras espécies ocorreu ao longo do tempo.
Sua pesquisa, orientada pelo professor da Esalq da USP Ricardo Ribeiro Rodrigues e coorientada pelo docente do IB da Unicamp Flávio Antonio Maës dos Santos, buscou avaliar se essas matas que estão em restauração são autossustentáveis, ou seja, se ainda necessitam da interferência humana no auxílio desse processo que, na falta da restauração ativa, seria ainda mais lento do que naturalmente ocorreria.


A doutoranda conta que foram estudadas áreas de diferentes idades de restauração com vistas a compará-las à mata nativa. A intenção era observar quão longe elas estavam de atingir os parâmetros dessa mata-referência: o quanto as árvores cresciam, se tinham restabelecido a cobertura da copa e a diversidade funcional – se o conjunto formado era de diferentes espécies, mas com as mesmas funções de uma mata nativa, enumera.


Pensando assim, ela sondou a diversidade de espécies, quanto faltava para atingir os valores de uma área nativa e os recursos que ofereciam. “Será que forneceriam flores e frutos para alimentar os animais que frequentam essas áreas, e que auxiliam a polinização das flores e a dispersão de sementes?”, indaga.
A autora da tese escolheu esse tema almejando a recuperação do ambiente degradado. O objetivo era refletir se de fato isso seria efetivo quanto às espécies e às interações por meio do replantio.
Alguns aspectos, averiguou ela, foram exitosos, mas ponderou que, como a Ecologia da Restauração é uma disciplina nova dentro da Biologia Aplicada, existe uma ausência de áreas recuperadas com idade avançada para a comparação.

Foi então que selecionou a mata mais antiga do estudo, que engloba a Usina Ester, em Cosmópolis, área de 30 hectares, exemplo raro onde a recuperação iniciou nos anos de 1950.


Peculiaridades

Letícia, que chegou a Cosmópolis por meio de um projeto visionário de restauração, relata que alguém percebeu que não havia mais peixes no rio, que estava ficando cada vez mais devastado. Resolveu recuperá-lo por iniciativa própria. Isso foi em 1955. Com um plantio, a área se tornou a mata atual, muito procurada para lazer.


A diversidade de espécies arbóreas, comenta a bióloga, conseguiu ser recuperada em cinco décadas, atingindo um mesmo número de espécies de uma mata nativa. Já as outras formas de vida – como trepadeiras, ervas, epífitas (que vivem sobre outras plantas) e arbustos – não atingiram nem a metade dos valores de uma mata nativa.

A explicação da doutoranda é que, no Estado de São Paulo, essas áreas estão muito isoladas, em razão de sua fragmentação. Assim, sementes de outras espécies não conseguem chegar em alguns trechos, dificultando a sua recuperação. “Elas não têm todas as funções que essas espécies teriam numa mata nativa. Por outro lado, recuperou-se a quantidade de flores e de frutos por hectare em todas as áreas restauradas”, esclarece.

Não obstante isso, elas não se mostraram autossustentáveis, pois ainda necessitam de um manejo adaptativo, que representaria ter que voltar lá e enriquecê-las com epífitas e trepadeiras, uma vez que a recuperação é lenta, principalmente para que o processo de colonização ocorra nessas áreas.

Recuperação

A avaliação de Letícia abrangeu o período de 1955 a 1998 e teve como marco histórico o aumento de propriedades e de projetos de restauração no Brasil para estar em conformidade com a legislação ambiental.

Os mecanismos de recuperação sempre iniciam com um planejamento. Nessa etapa, é preciso ver se há áreas próximas para auxiliar no fornecimento de sementes, escolha de espécies, época de plantio, espaçamento entre uma muda e outra, decisões quanto ao plantio de mudas, uso de sementes ou simplesmente isolamento da área.

Como no Estado de São Paulo não há áreas restauradas muito antigas, é preciso pesquisar o que se tem à disposição para investigar. Em alguns anos, será possível afirmar com maior propriedade esses aspectos porque a disciplina de Ecologia da Restauração terá progredido mais.

Essa disciplina, revela ela, tenta recuperar ambientes que estavam degradados, retornando todos os serviços ecossistêmicos o mais próximo de uma área natural, como por exemplo a recuperação da água. Com isso, o ambiente voltará a abrigar animais e os processos tornarão a acontecer, ressaltando o uso de espécies nativas.

Código Florestal ignora
a ciência, afirma bióloga

Para a bióloga, foi angustiante atuar na direção da melhoria e da recuperação das matas frente à proposta de lei do Código Florestal, que, a seu ver, está diluindo o modo como a restauração deve ser implantada.
Por esse motivo, dedicou um capítulo a essa análise, mencionando os entraves à recuperação das áreas degradadas apresentados no novo Código Florestal do país. Segundo Letícia, eles vão na contramão dos esforços para a conservação e a restauração, impedindo que tais metas sejam praticadas adequadamente.
Ela abordou alguns aspectos problemáticos e como eles poderiam interferir na dinâmica ambiental. “Calcula-se que vamos deixar de restaurar seis milhões de hectares no Brasil, que seria a somatória da área do Estado do Rio de Janeiro e do Estado de Sergipe”, lastima.

A proposta de lei do Código Florestal foi avaliada pela presidente Dilma Rousseff e divulgada no último dia 25. Ela vetou 12 artigos do projeto de lei do Código Florestal, aprovado em abril pela Câmara dos Deputados. Também realizou 32 modificações no texto, sendo que 14 recuperaram o texto aprovado no ano passado pelo Senado Federal, cinco são dispositivos novos e 13 são ajustes ou adequações de conteúdo do projeto.


Mesmo após o veto, o conteúdo, em sua íntegra, prejudica, e muito, a proteção do meio ambiente e das florestas, garante a doutoranda. Inclusive promove anistia a quem desmatou ilegalmente, beneficiando quem descumpriu a lei e que incentiva novos desmatamentos, e a redução dos parâmetros de proteção de áreas de preservação permanente (APPs).

O ideal, defende Letícia, seria sua reestruturação integral, não somente pelas inconsistências mas por dar algumas brechas na nova lei. “Seria lamentável para a nação”.

Nesse capítulo, a autora da tese procurou sedimentar suas argumentações acerca do novo Código Florestal. Elaborou uma tabela, um breviário dos problemas verificados na proposta e que, no momento, foram sancionados pela presidente.

A doutoranda foi convidada então a participar do grupo de trabalho da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e da Academia Brasileira de Ciências (ABC), contribuindo ainda para a elaboração de uma carta aberta entregue ao deputado federal Paulo Piau, relator da matéria.
O grupo conversou com o parlamentar para discutir as fragilidades do texto. Um dos pontos desfavoráveis, aponta ela, está na mudança do cômputo onde seria iniciada a restauração das margens dos rios. No Código Florestal atual, a recuperação era contada a partir do leito sazonal, que inunda na época cheia. “Agora, eles serão contados a partir do leito regular, ou seja, aquele leito que está sempre com água.”

O que isso significa? Que, para que aconteça a restauração, se houver plantação desde a borda da calha do leito regular, quando vier a cheia todo aquele plantio irá água abaixo. Será uma perda de dinheiro e de tempo e não faz sentido tecnicamente, critica Letícia.
“Nota-se que esse Código ficou longe da ciência, porque ela não foi ouvida. Nas oito páginas do documento, não consideraram quase a totalidade dos pontos que a SBPC e a ABC afirmaram ser contrários”, conclui Letícia, que trabalha no Centro de Referência em Informação Ambiental (Cria), em Campinas.

Publicação
Tese: “Avaliação da sustentabilidade ecológica de matas ciliares em processo de restauração”
Autora: Letícia Couto Garcia
Orientador: Ricardo Ribeiro Rodrigues (Esalq)
Coorientador: Flávio Antonio Maës dos Santos (Unicamp)
Unidade: Instituto de Biologia (IB)

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