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sexta-feira, 27 de julho de 2012

Microhidrelétricas levam energia limpa a comunidades nepalesas

A estimativa é de que 2.200 usinas tenham sido construídas em todo o país oriental desde 1970.
Foto: Amy Yee/NYT
Nepal aposta no sistema de energia a partir de microhidrelétricas para levar energias às aldeias situadas em áreas remotas do país. A opção é uma alternativa sustentável para substituir o uso de querosene e elevar a qualidade de vida da população.

Antes que a energia alcançasse a comunidade de Rangkhani, por exemplo, a comunicação e o tratamento de saúde eram precários. Após a instalação de microusinas no rio Kalung Khola, iniciada em 2001, a situação começou a mudar e novas oportunidades de emprego e de desenvolvimento alcançaram a região.

Bhupendra Shakyra, especialista em energia renovável que trabalha para o governo nepalês, explica que as condições naturais do país dificultam a infraestrutura, no entanto, elas são adequadas às opções hídricas.

A estimativa é de que 2.200 usinas tenham sido construídas em todo o país oriental desde 1970. Juntas elas são capazes de gerar 18 mil quilowatts, segundo a Associação de Desenvolvimento de Energia Microhídrica do Nepal. O número é considerado baixo, se comparado ao poder de uma grande usina. A Três Gargantas, construída na China, por exemplo, é capaz de gerar 22.500 megawatts.

Apesar da discrepância entre a capacidade de produção de uma hidrelétrica nepalesa e dos modelos monumentais aplicados em outras partes do mundo, as microhidrelétricas reservam muitos benefícios, principalmente ambientais. Elas não necessitam de grandes barragens, inundações e não resultam em deslocamentos de comunidades, o que significa um impacto ambiental bastante reduzido.

Para os moradores locais a vida com eletricidade é um “paraíso”, conforme informado por Tul Kumari Sharma, 33, que hoje dirige um moinho de grãos movido a eletricidade. O baixo preço da energia na região também a torna mais acessível a toda a população.

Mesmo com um grande aumento na produção de eletricidade, o Nepal ainda concentra boa parte da sua população em áreas rurais, que dependem exclusivamente da queima da biomassa para ter energia. Isso ainda é um problema para as autoridades locais, pois resulta em desmatamento e poluição. Com informações no New York Times.

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César Torres

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