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domingo, 1 de julho de 2012

Rio+20 – Uma Torre de Babel.

Publicado 21/06/12
César Torres
Vinte anos depois da Rio 92 na tentiva de conseguir deter a destruição do nosso planeta pela humanidade, os governos do mundo se reunirão novamente no Rio este mês de 20 a 22  para uma Cúpula da Terra que vai abrir com grande alarde, mas baixas expectativas de sucesso .
Com um novo estudo das Nações Unidas alerta que a deterioração do meio ambiente está se acelerando, mais de 130 lideranças nacionais estarão presentes na conferência Rio +20 para tentar discutir um novo projeto para uma "economia verde" e um forte sistema de governança global. Apesar da urgência da tarefa, as negociações foram paralisadas antes mesmo do evento começar com a crise financeira na Europa, campanha eleitoral dos EUA e diferenças de longa data entre países ricos e pobres. David Cameron, o primeiro-ministro britânico, e a chanceler alemã, Angela Merkel e o Presidente dos EUA, Barack Obama irão enviar representantes.
A Rio +20 Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, é muito maior do que seus dois antecessores - Estocolmo em 1972 e Rio em 1992 - mas também tem sido criticado por ser mais vaga e menos ambiciosa. Percebemos que a influência capitalista afeta diretamente os resultados. A Cúpula da Terra passada resultou nas convenções que foram um marco sobre mudanças climáticas e biodiversidade, bem como uma série de outros documentos influentes.
Desta vez, porém, os organizadores não esperam quaisquer tratados juridicamente vinculativos. Ao contrário, o objetivo central é iniciar um processo para que até 2015, a comunidade internacional possa chegar a acordos sobre um conjunto de metas globais de desenvolvimento sustentável - com metas de consumo e produção, um mecanismo de acompanhamento periódico e relatórios, e ações específicas para áreas como alimentos, água e energia.
A necessidade de mudança foi ressaltada pela última Perspectivas  Global do Meio Ambiente (Global Environment Outlook), mostrou que o meio ambiente mundial está declinando rapidamente. Nas últimas duas décadas, as emissões de carbono têm aumentado em 40% e a perda de biodiversidade aumentou 30%. A comunidade mundial perdeu apenas quatro de suas 90 mais importantes metas ambientais, com falhas importantes sobre as alterações climáticas, os recursos haliêuticos (arte da pesca) e a desertificação, essa é a avaliação sombria, publicado pelo Programa Ambiental da ONU. Sem um novo caminho de desenvolvimento e uma mudança nos padrões de consumo, a pressão sobre os ecossistemas e as comunidades pobres tende a se intensificar enquanto a população global deverá aumentar dos atuais 7.000 a 9.000 milhões em 2050.
Se as tendências atuais continuarem, se os padrões atuais de produção e consumo dos recursos naturais prevalecerem e não puder ser revertida, os governantes e sociedade enfrentarão níveis sem precedentes de danos e degradação, como projetamos em nossa obra 2200 No Limite.
O documento que dará uma nova proposta ambiental mundial deveria conter uma ruptura com o velho, isto é, a supressão gradual do consumo de combustíveis fósseis e maior investimentos na energia limpa, mas não consegue unanimidade dos representantes mundiais, seria esse um dos prncipais aspéctos na reducão dos gazes de efeito estufa.
Existe uma política dos EUA e a Europa tentando que os países ricos avancem na "produção e consumo sustentáveis” . Apesar dos esforços eles parecem não falar a mesma língua, estão relembrando a passagem Bíblica - (Gênesis 11) da Torre de Babel, onde o Homem buscava alcançar o céu com uma torre e descobrir os poderes de Deus, como castigo foram confundidos com linguas diferentes onde ninguém se entendia de forma a desistirem do projeto. Assim vejo o comportamento dos chefes de estado da Rio+20, não conseguem se entender e para frustraçào dos ambientalistas, ou melhor, da humanidade os acordos que definitivamente poderiam culminar em um mundo melhor para as futuras geração será mais uma vez protelado. Até quando o planeta resistirá?
Apesar de algum esforço dos EUA em buscar a sustentabilidade deveria  perceber como é importante que o presidente Obama demonstre que os Estados Unidos continuam empenhados em combater as alterações climáticas  praticando a sustentabilidade, tanto ao redor do globo e em casa. Sua presença durante  a Rio +20" seria um indicador da vontade de contribuir efetivamente com as mudanças, uma vez que o seu país é recordista no consumo.
As medidas de sustentabilidade adotadas nos EUA, estão longe de compensar os danos causados pelo consumismo, que chega a cinco vezes os do brasil e outros paises em desenvolvimento. Seria necessário tres planetas terra se o mundo adotasse o padrão de consumo dos americanos. Razão de sua importância na elaboração do documento da Rio+20 para a prática da economia verde e a redução e eliminação de gazes de efeito estufa. 

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