César Torres
Vinte anos depois da Rio 92 na tentiva de conseguir deter
a destruição do nosso planeta pela humanidade, os governos do mundo se reunirão
novamente no Rio este mês de 20 a 22 para uma Cúpula da Terra que vai abrir com
grande alarde, mas baixas expectativas de sucesso .
Com um novo estudo das Nações Unidas alerta que a
deterioração do meio ambiente está se acelerando, mais de 130 lideranças
nacionais estarão presentes na conferência Rio +20 para tentar discutir um novo
projeto para uma "economia verde" e um forte sistema de governança
global. Apesar da urgência da tarefa, as negociações foram paralisadas antes
mesmo do evento começar com a crise financeira na Europa, campanha eleitoral
dos EUA e diferenças de longa data entre países ricos e pobres. David Cameron,
o primeiro-ministro britânico, e a chanceler alemã, Angela Merkel e o
Presidente dos EUA, Barack Obama irão enviar representantes.
A Rio +20 Conferência das Nações Unidas sobre
Desenvolvimento Sustentável, é muito maior do que seus dois antecessores -
Estocolmo em 1972 e Rio em 1992 - mas também tem sido criticado por ser mais
vaga e menos ambiciosa. Percebemos que a influência capitalista afeta
diretamente os resultados. A Cúpula da Terra passada resultou nas convenções
que foram um marco sobre mudanças climáticas e biodiversidade, bem como uma
série de outros documentos influentes.
Desta vez, porém, os organizadores não esperam quaisquer
tratados juridicamente vinculativos. Ao contrário, o objetivo central é iniciar
um processo para que até 2015, a comunidade internacional possa chegar a acordos
sobre um conjunto de metas globais de desenvolvimento sustentável - com metas
de consumo e produção, um mecanismo de acompanhamento periódico e relatórios, e
ações específicas para áreas como alimentos, água e energia.
A necessidade de mudança foi ressaltada pela última Perspectivas
Global do Meio Ambiente (Global Environment Outlook), mostrou que
o meio ambiente mundial está declinando rapidamente. Nas últimas duas décadas,
as emissões de carbono têm aumentado em 40% e a perda de biodiversidade
aumentou 30%. A comunidade mundial perdeu apenas quatro de suas 90 mais
importantes metas ambientais, com falhas importantes sobre as alterações
climáticas, os recursos haliêuticos (arte da pesca) e a desertificação, essa é a avaliação sombria,
publicado pelo Programa Ambiental da ONU. Sem um novo caminho de
desenvolvimento e uma mudança nos padrões de consumo, a pressão sobre os
ecossistemas e as comunidades pobres tende a se intensificar enquanto a
população global deverá aumentar dos atuais 7.000 a 9.000 milhões em 2050.
Se as tendências atuais continuarem, se os padrões atuais
de produção e consumo dos recursos naturais prevalecerem e não puder ser
revertida, os governantes e sociedade enfrentarão níveis sem precedentes de
danos e degradação, como projetamos em nossa obra 2200 No Limite.
O documento que dará uma nova proposta ambiental mundial
deveria conter uma ruptura com o velho, isto é, a supressão gradual do consumo
de combustíveis fósseis e maior investimentos na energia limpa, mas não
consegue unanimidade dos representantes mundiais, seria esse um dos prncipais
aspéctos na reducão dos gazes de efeito estufa.
Existe uma política dos EUA e a Europa tentando que os
países ricos avancem na "produção e consumo sustentáveis” . Apesar dos
esforços eles parecem não falar a mesma língua, estão relembrando a passagem Bíblica
- (Gênesis 11) da Torre de Babel, onde o Homem buscava alcançar o céu
com uma torre e descobrir os poderes de Deus, como castigo foram confundidos
com linguas diferentes onde ninguém se entendia de forma a desistirem do
projeto. Assim vejo o comportamento dos chefes de estado da Rio+20, não
conseguem se entender e para frustraçào dos ambientalistas, ou melhor, da
humanidade os acordos que definitivamente poderiam culminar em um mundo melhor
para as futuras geração será mais uma vez protelado. Até quando o planeta
resistirá?
Apesar de algum esforço dos EUA em buscar a
sustentabilidade deveria perceber como é
importante que o presidente Obama demonstre que os Estados Unidos continuam
empenhados em combater as alterações climáticas
praticando a sustentabilidade, tanto ao redor do globo e em casa. Sua
presença durante a Rio +20" seria
um indicador da vontade de contribuir efetivamente com as mudanças, uma vez que
o seu país é recordista no consumo.
As medidas de sustentabilidade adotadas nos EUA, estão
longe de compensar os danos causados pelo consumismo, que chega a cinco vezes
os do brasil e outros paises em desenvolvimento. Seria necessário tres planetas
terra se o mundo adotasse o padrão de consumo dos americanos. Razão de sua
importância na elaboração do documento da Rio+20 para a prática da economia
verde e a redução e eliminação de gazes de efeito estufa.
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César Torres