Após
muitas especulações e expectativa, foi confirmado o veto parcial de Dilma
Rousseff ao novo Código Florestal. Ao todo, o Executivo promoveu 12 vetos e 32
modificações ao texto aprovado na Câmara Federal.
Apesar do
embate entre ambientalistas e ruralistas, pelo andar da carruagem, as
modificaçães e vetos da Presidente não irão agradar em nada os ambientalistas.
Quanto aos ruralistas, qualquer restrição é demais, querem é ter a liberdade de
ação sem limites.
Se
fizermos uma análise real dos problemas socioambientais causados pela
exploração dos recursos naturais, o Código Florestal não deveria ter alterações
em sua essência com tanta flexibilidade. São necessários apenas ajustes mais
detalhados para atender as necessidades sociais buscando a sustentabilidade e amparando
a agricultura familiar.
É difícil
acreditar que apesar de tanto clamor pelos mais sensatos, a discussão está em
torno de destruir ou preservar. O maior apelo pelas mudanças durante tantos
anos foi dos ruralistas que viveram durante tanto tempo a margem da Lei, apoiados
na conivência de agentes públicos e na
impunidade diante da certeza da incompetência do governo em coibir seus atos.
Tudo
mudou quando suas ações começaram a ter repercursão nacional e internacional, o
que os levou a mudarem sua tática e apostar nas mudanças do código pelo
Congresso Nacional através da bancada ruralista, objetivando a
instucionalização dos crimes ambientais, confiantes no poder de influência que
possuem no governo. O que não estava nos planos dos degradadores ambientais, é
que os ambientalistas, apoiados na sociede conseguiriam impedir o que seria a
institucionalização de um dos maiores crimes ambiental nas condições atuais, o
desfloresamento do que resta de nossas matas. Apesar de não terem conquistado uma vitória plena - a presidenta vetou 12 pontos importantes do
projeto, enquanto os ambientalistas queriam o veto total.
Uma nova campanha já está na rua e nas
redes sociais, a campanha “Desmatamento Zero”, uma iniciativa popular que tem mais de 200 mil
assinaturas, e trata da questão das florestas, que ficou de fora do Código
Florestal. É uma oportunidade de impedir que o novo código em suas entrelinhas
possa dar aos ruralistas a liberdade de promover o desmatamento anunciado.
Apesar de
a Presidenta Dilma tentar trazer equilíbrio nessa batalha que ja dura vários
anos, não conseguirá atender as necessidades ambientais como era esperado.
Agora temos que conviver com mais uma triste realidade, a fraqueza humana
comprometendo a sustentabilidade e a vida na terra.
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César Torres