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quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Cientistas buscam reconhecimento do Antropoceno como nova era geológica

O impacto da atividade humana e a poluição podem ser medidos nos sedimentos estudados pelos pesquisadores

Uma equipe de cientistas apresentou, na revista Science, um estudo no qual se indica que a Terra ingressou em uma nova era geológica, que pode ser chamada Antropoceno, uma era em que os humanos teriam uma influência muito importante. Entretanto, o termo Antropoceno não foi aceito pela comunidade científica. Alguns pesquisadores indicam que as eras geológicas são utilizadas para referenciar unidades de tempo que vão de dezenas a centenas de milhões de anos, e, neste caso, o termo não se aplicaria. O debate em torno do nome continua, mas as evidências sobre o impacto da poluição gerada pelo homem são contundentes.
O documento apresentado na revista Science indica que os humanos alteraram o planeta, “incluindo os processos geológicos globais em longo prazo”, em um nível crescente. A influência dos humanos pode relacionar-se, inclusive, com o início da agricultura e do desmatamento, a Revolução Industrial e o grande crescimento da população e da industrialização.
As pesquisas dos geólogos permitiram identificar novos depósitos de minerais e tipos de rochas que demonstram que muitos materiais, como o concreto, alumínio e plásticos, se dispersaram pelo planeta e seus resíduos estão presentes nos sedimentos analisados. Por exemplo, registra-se que o uso de combustíveis fósseis aumentou, desde 1950, a poluição por partículas de carbono em todo o planeta.
O documento aponta que poluentes como os resíduos de pesticidas, os bifenilos policlorados e os hidrocarbonetos aromáticos policíclicos, assim como os resíduos de chumbo provenientes da gasolina, aumentaram a partir de uma data próxima a 1945. Os pesquisadores destacam que as concentrações de nitrogênio e fósforo, utilizados na agricultura, duplicaram no século passado, deixando marcas nas amostras tomadas na Groelândia, com níveis maiores aos registrados nos 100 mil anos anteriores.
Os testes atômicos realizados desde 1945 também têm deixado uma marca no planeta. De acordo com o estudo, registrou-se um aumento de Carbono 14, Plutônio 239 e outros radionuclídeos artificiais, que alcançaram um pico em 1964.
Os pesquisadores indicaram que as taxas de extinção de espécies aumentaram desde 1500, e a tendência tem aumentado desde o século XIX. As mudanças associadas à pecuária e à pesca destacam-se como uma das causas.
O uso do termo Antropoceno ainda não foi adotado pela comunidade científica, mas já se emprega desde inícios dos anos 80, como proposta do biólogo Eugene Stoermer. As pesquisas recentes determinaram que a atividade do homem influencia globalmente múltiplos aspectos do clima. Metais, pesticidas, plásticos e outros poluentes encontrados nos sedimentos da Groelândia demonstram a influência do consumo humano sobre o planeta.
Os estudantes da área ambiental da FUNIBER pesquisam constantemente sobre o impacto da atividade humana na Terra para identificar as mudanças que podem ocorrer em determinadas regiões e mitigar o impacto da mudança climática.
Foto: Nasa

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César Torres

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