quinta-feira, 2 de abril de 2020

Vídeo mostra os diferentes padrões de beleza que tivemos em 3.000 anos de história

Será que a beleza está nos olhos de quem vê? Pode ser. Mas uma coisa é certa: o padrão de beleza sempre muda e é determinado pelos costumes da cada época.

Beleza é um conceito individual, mas também em grande parte cultural. Se você não acredita nisso, é só parar para pensar em como “o que é belo” mudou ao longo do tempo.

Todos nós provavelmente temos pelo menos uma ideia de como as mulheres de diferentes períodos históricos se vestiam, mas que tipos de corpo tinham? O que buscavam como o “corpo ideal”?

A equipe do site Buzzfeed explorou essa ideia através da criação de um vídeo de apenas três minutos.

Os trajes de banho brancos que todas as modelos usam ajudam a acentuar as diferenças entre seus corpos, acabando com outros potenciais elementos históricos que poderiam nos despistar, como roupas ou joias.

Tudo isso só serve para provar que não há uma maneira correta de interpretar a beleza feminina. Se você não se encaixa no padrão atual, não se desespere: ele pode (e vai) mudar a qualquer momento. Seja você mesma.

Egito Antigo (cerca de 1292 a 1069 aC)

O ideal: corpo delgado, ombros estreitos, cintura alta e rosto simétrico.

Grécia Antiga (cerca de 500 a 300 aC)

O ideal: mulheres roliças, encorpadas, com pele clara. Elas eram consideradas versões “desfiguradas” dos homens.

Dinastia Han (cerce da 206 aC a 220 dC)

O ideal: cintura fina, pele pálida, olhos grandes e pés pequenos.

Renascença Italiana (cerca de 1400 a 1700)

O ideal: seios fartos, barrigas rechonchudas, quadris cheios e pele clara.

Inglaterra vitoriana (cerca de 1837 a 1901)

O ideal: mulheres desejavelmente roliças, encorpadas, com cintura fina. Elas usavam espartilhos para atingir a forma de corpo ideal.

Anos Vinte (década de 1920)

ideal: peitos pequenos, cabelo curto, estilo “moleca” (figura de menino).

Era de Ouro de Hollywood (cerca de 1930 a 1950)

O ideal: figura curvilínea, corpo estilo ampulheta, com seios grandes e cintura fina.

Anos Sessenta (década de 1960)

O ideal: corpo esbelto e fino, pernas longas e finas, físico adolescente.

Era Supermodelo (década de 1980)

O ideal: mulheres altas, com corpo atlético e talhado, mas curvilíneo e braços tonificados.

Anos Noventa (década de 1990)

O ideal: corpo extremamente magro, pele translúcida, aparência andrógena e frágil.

Beleza pós-moderna (de 2000 a hoje)

O ideal: barriga reta, corpo magro “saudável”, com espaço entre as coxas e seios e bumbum grandes. As mulheres fazem regularmente cirurgia plástica para alcançar a aparência desejada. [BoredPanda]

Foto de mulher é alterada digitalmente em mais de 20 países para comparar seus padrões de beleza

A jornalista e fotógrafa norte-americana Esther Honig criou um projeto muito interessante: para comparar padrões de beleza das mulheres em todo o mundo, ela pediu que pessoas de diferentes países usassem Photoshop em sua foto, para deixá-la bonita.

“Nos EUA, o Photoshop tornou-se um símbolo de padrões inatingíveis de beleza em nossa sociedade. Meu projeto, ‘Before & After’, examina como esses padrões variam entre as culturas em um nível global”, escreve Esther em seu site.

Vendo todas as fotos de “Before & After” (em português, “Antes & Depois”) alteradas, e comparando-as com a original, realmente percebemos que o Photoshop pode ser usado para dar características “impossíveis” as pessoas, ou seja, traços que ela jamais teria de uma forma natural (ou, em alguns casos, nem de forma artificial). Será que ela não é bonita como é, sem alterações?

Enfim, o objetivo do projeto foi alcançado: com um custo que foi de cinco a trinta dólares (cerca de 11 a 66 reais) e na esperança de que cada designer usasse suas construções pessoais e culturais de beleza para melhorar sua imagem, a foto original enviada para freelancers (profissionais ou amadores) e “Photoshoppada” em diferentes países ofereceu um vislumbre do que pelo menos uma pessoa em cada um deles considera ser bonito. O rosto de Esther se modificou sutilmente (e às vezes não tão sutilmente), mudando de forma e cor, conforme atravessou o mundo.

A fotógrafa esperava que as imagens diferissem de região para região, mas foi pega de surpresa com o quão drasticamente algumas das imagens foram alteradas. “Ver alguns dos trabalhos pela primeira vez me fez gritar… Outras vezes as imagens, como a do Marrocos, me tiraram o fôlego, porque eram muito mais perspicazes do que eu poderia ter imaginado”, disse.

Qual foto corresponde à sua definição pessoal de beleza? Alguém poderia utilizar a foto original de Esther para transformá-la em algo considerado bonito para os brasileiros? Se sim, compartilhe conosco nos comentários! [BoredPanda, BuzzFeed, EstherHonig]