Muitos autores, como Braga et al, 2004, resumem a crise ambiental como resumida em “três aspectos básicos: crescimento populacional, demanda de energia e de matérias primas e geração de resíduos, ou seja, poluição” (Braga et al, 2004).
A principal fonte de energia da terra são as radiações eletromagnéticas provenientes do sol. A maior parte da energia térmica utilizada pelos ecossistemas provém desta fonte.
Os recursos energéticos primários são classificados em renováveis e não-renováveis.
As fontes renováveis provêm direta ou indiretamente das fontes solares, que cada vez mais são implementadas como produtoras diretas de energia. Podem ser citadas:
- Energia dos Mares: energia obtida pela variação do nível do mar nos oceanos (energia potencial) para obtenção de energia mecânica;
- Energia Geotérmica: é a energia gerada a partir de fontes magmáticas, vulcânicas ou plutônicas, produzida partir do decaimento dos elementos radioativos;
- Energia Solar: é a energia radiante do sol que pode ser aproveitada diretamente para o aquecimento de água ou para a geração de energia elétrica por meio de células fotoelétricas;
- Biogás: é a energia obtida com o gás natural resultante da decomposição anaeróbica de compostos orgânicos, através da queima e utilização do calor da combustão;
- Biocombustível líquido: é o material obtido pela fermentação e decomposição em condições anaeróbicas de vários tipos de biomassa como, por exemplo, cana de açúcar e lixo orgânico, através do aproveitamento pela queima;
- Gás Hidrogênio: fonte energética gasosa produzida por procedimentos eletroquímicos, a partir da eletrólise da água, com aproveitamento através da queima do gás.
As fontes de combustível não-renováveis podem ser resumidas da seguinte maneira:
- Combustíveis fósseis: são depósitos naturais de carvão, gás natural e petróleo, que na verdade se tratam de combustíveis que representam energia solar armazenada na forma de energia química, em depósitos geológicos antigos, resultantes da decomposição de vegetais e animais, submetidos aos processos já descritos de diagênese e metamorfismo;
- Derivados de combustíveis fósseis: são produtos obtidos a partir do fracionamento dos combustíveis fósseis, particularmente o petróleo, como gasolina, óleo diesel, nafta, querosene e outros;
- Derivados sintéticos: óleo cru sintético e gás natural sintético, produzidos por gaseificação “in situ” ou não, de carvão mineral;
- Óleos pesados não-convencionais: são depósitos geológicos de óleos de consistência asfáltica, que podem ser explorados por métodos de recuperação forçada a partir de folhelhos betuminosos e depósitos arenosos com reservas de alcatrão, que podem servir para a produção de óleo;
- Gás natural não-convencional: é o gás que se encontra presente em depósitos subterrâneos profundos, tendo como rochas hospedeiras litotipos sedimentares psamíticos, ou se encontram dissolvidos em depósitos profundos de águas salgadas, a altas temperaturas e pressões (denominadas zonas geopressurizadas);
- Fusão nuclear: processo no qual os átomos de elementos leves se unem produzindo um elemento mais pesado num processo que necessita energia para ser produzido, mas posteriormente libera quantidade muito maior podendo ser utilizada para a geração de energia elétrica;
- Depósitos geotérmicos confinados: são fontes caloríficas de baixa temperatura em zonas subterrâneas de vapor seco, água quente ou misturas de ambos, sendo o calor liberado por substâncias radioativas encontradas no manto ou em fontes magmáticas;
- Fontes de origem vegetal diversas como óleos de mamona, álcool produzido de cana de açúcar e outras.
Dr. Roberto Naime, colunista do EcoDebate
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