Os alimentos que escolhemos colocar em nossos pratos, ou jogar fora, têm um impacto ecológico muitas vezes maior do que percebemos.
Conheça alguns desses tristes números, e saiba o que fazer para melhorá-los:
desperdice comida
Segundo Viviane Romeiro, coordenadora de mudanças climáticas do World Resources Institute (WRI) Brasil, as perdas de alimentos no nosso país chegam a 40 mil toneladas por dia.
Os consumidores brasileiros contribuem com cerca de 10% do desperdício dentro da cadeia logística, que envolve também a produção, distribuição e armazenamento dos alimentos, de acordo com Alcione Silva, membro do corpo diretivo da Rede Save Food Brasil, entidade que tem apoio da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) no Brasil.
Isso significa que precisamos de políticas públicas contra esse problema. No entanto, cada um de nós também pode fazer a sua parte para melhorar a situação. Tenha consciência do desperdício e de como evitá-lo. Por exemplo, cheque esse artigo sobre como conservar melhor diferentes tipos de comida, a fim de não jogá-la fora tão rápido.
Repense seus hábitos carnívoros
Tudo o que comemos tem uma “pegada ambiental”: para ser cultivado e chegar até nosso prato, levou terra, água e energia.
O WRI calculou as emissões de gases de efeito estufa associadas com a produção de um grama de proteína comestível de vários alimentos. Não surpreendentemente, eles descobriram que alimentos como feijão, peixe, nozes e ovos têm o menor impacto. Aves, suínos, leite e queijos têm impactos de médio porte.
Em termos de efeito estufa, de longe, os maiores impactos estavam ligados à carne vermelha, de bovinos, ovinos e caprinos. Isso é, em parte, porque a necessidade de pastagens impulsiona o desmatamento de lugares como a Amazônia.
A carne usa 28 vezes mais terra por caloria consumida – e duas a quatro vezes mais água doce – do que a média das outras categorias de carne. Além disso, as vacas são menos eficientes do que outros animais, como porcos e aves, na conversão alimentar em alimentos.
Parar de comer carne vermelha não é algo que a maioria das pessoas está disposta a fazer. Mas, mesmo que você não desista inteiramente desse consumo, diminui-lo já pode afetar significativamente a pegada de carbono de sua dieta.
Procure melhores opções de saladas
À medida que o interesse pelas dietas centradas em plantas aumenta, novas empresas alimentares estão testando pratos diferentes, mais saudáveis e amigos do meio ambiente.
Por exemplo, uma iniciativa do WRI, chamada Better Buying Lab, está reunindo grandes empresas (incluindo Panera Bread, Sodexo, Google, Unilever e Hilton) para desenvolver e testar estratégias para incentivar os consumidores na escolha de alimentos mais sustentáveis. Parte disso é procurar colocar mais pratos à base de plantas em menus do mundo inteiro.
O grupo está trabalhando muito para alcançar essa meta, fazendo parcerias com cozinheiros e chefes de suas companhias para criar receitas novas, que apelem ao gosto do público. Ideias promissoras incluem o conceito de “super saladas”, contendo combinações dos chamados superalimentos como nozes, sementes, verduras, legumes e abacate.
Hambúrgueres mistos (de carne e cogumelos, por exemplo) também são uma excelente opção para diminuir o impacto de sua dieta. Muitos consumidores já estão se acostumando com a ideia. Não custa tentar, pelo menos ocasionalmente. [NPR, Terra]
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César Torres