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quarta-feira, 19 de julho de 2023

Aquecimento acima de 1,5°C aproxima dos pontos de inflexão climáticos

 

Vários pontos de inflexão climáticos podem ser desencadeados se a temperatura global subir além de 1,5°C acima dos níveis pré-industriais, de acordo com uma nova análise importante publicada na revista Science.


Mesmo com os níveis atuais de aquecimento global, o mundo já corre o risco de passar por cinco perigosos pontos de inflexão climáticos, e os riscos aumentam a cada décimo de grau de aquecimento adicional.

Stockholms universitet*

Uma equipe de pesquisa internacional sintetizou evidências de pontos de inflexão, seus limites de temperatura, escalas de tempo e impactos a partir de uma revisão abrangente de mais de 200 artigos publicados desde 2008, quando os pontos de inflexão climáticos foram rigorosamente definidos. Eles aumentaram a lista de pontos de inflexão em potencial de nove para dezesseis.

A pesquisa, publicada antes de uma grande conferência “Exceeding 1.5°C global warming could trigger multiple climate tipping points” na Universidade de Exeter, conclui que as emissões humanas já empurraram a Terra para a zona de perigo dos pontos de inflexão. Cinco dos dezesseis podem ser desencadeados nas temperaturas de hoje: os mantos de gelo da Groenlândia e da Antártida Ocidental, degelo abrupto generalizado do permafrost, colapso da convecção no Mar de Labrador e morte maciça de recifes de corais tropicais. Quatro deles se movem de possíveis eventos para provavelmente em 1,5°C de aquecimento global, com mais cinco se tornando possíveis em torno desse nível de aquecimento.

O autor principal, David Armstrong McKay, do Centro de Resiliência de Estocolmo, Universidade de Exeter, e da Comissão da Terra diz: A circulação do Atlântico revirando também.”

“O mundo já corre o risco de alguns pontos de inflexão. À medida que as temperaturas globais aumentam ainda mais, mais pontos de inflexão se tornam possíveis.” ele adiciona.

“A chance de cruzar pontos de inflexão pode ser reduzida cortando rapidamente as emissões de gases de efeito estufa, começando imediatamente.

O Sexto Relatório de Avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), afirmou que os riscos de desencadear pontos de inflexão climáticos se tornam altos em cerca de 2°C acima das temperaturas pré-industriais e muito altos em 2,5-4°C.

Esta nova análise indica que a Terra já pode ter deixado um estado climático ‘seguro’ quando as temperaturas excederam aproximadamente 1°C de aquecimento. Uma conclusão da pesquisa é, portanto, que mesmo a meta do Acordo de Paris das Nações Unidas de limitar o aquecimento a bem abaixo de 2°C e preferencialmente 1,5°C não é suficiente para evitar totalmente as mudanças climáticas perigosas. De acordo com a avaliação, a probabilidade do ponto de inflexão aumenta acentuadamente na ‘faixa de Paris’ de 1,5-2°C de aquecimento, com riscos ainda maiores além de 2°C.

O estudo fornece forte apoio científico ao Acordo de Paris e aos esforços associados para limitar o aquecimento global a 1,5°C, porque mostra que o risco de pontos de inflexão aumenta além desse nível. Para ter 50% de chance de atingir 1,5°C e, assim, limitar os riscos do ponto de inflexão, as emissões globais de gases de efeito estufa devem ser reduzidas pela metade até 2030, atingindo zero líquido em 2050.

O coautor Johan Rockström, co-presidente da Comissão da Terra e diretor do Instituto Potsdam para Pesquisa de Impacto Climático diz: “O mundo está caminhando para 2-3°C de aquecimento global. Isso coloca a Terra no caminho para cruzar vários pontos de inflexão perigosos que serão desastrosos para as pessoas em todo o mundo. Para manter as condições de vida na Terra, proteger as pessoas dos extremos crescentes e permitir sociedades estáveis, devemos fazer todo o possível para evitar cruzar pontos de inflexão. Cada décimo de grau conta.”

O coautor Tim Lenton, diretor do Global Systems Institute da Universidade de Exeter e membro da Comissão da Terra, diz: “Desde que avaliei os pontos de inflexão climáticos pela primeira vez em 2008, a lista cresceu e nossa avaliação do risco que eles representam aumentou dramaticamente.”

“Nosso novo trabalho fornece evidências convincentes de que o mundo deve acelerar radicalmente a descarbonização da economia para limitar o risco de cruzar os pontos de inflexão climáticos”.

“Para conseguir isso, agora precisamos desencadear pontos de inflexão sociais positivos que acelerem a transformação para um futuro de energia limpa.”

“Também podemos ter que nos adaptar para lidar com pontos de inflexão climáticos que não conseguimos evitar e apoiar aqueles que podem sofrer perdas e danos não seguráveis”, acrescenta Lenton.

Vasculhando dados paleoclimáticos, observações atuais e os resultados de modelos climáticos, a equipe internacional concluiu que 16 grandes sistemas biofísicos envolvidos na regulação do clima da Terra (os chamados ‘elementos de inflexão’) têm o potencial de cruzar pontos de inflexão onde a mudança se torna autossustentável .

Isso significa que, mesmo que a temperatura pare de subir, uma vez que a camada de gelo, oceano ou floresta tropical tenha passado de um ponto de inflexão, ela continuará mudando para um novo estado. A duração da transição varia de décadas a milhares de anos, dependendo do sistema. Por exemplo, os ecossistemas e os padrões de circulação atmosférica podem mudar rapidamente, enquanto o colapso do manto de gelo é mais lento, mas leva ao inevitável aumento do nível do mar de vários metros.

Os pesquisadores categorizaram os elementos de tombamento em nove sistemas que afetam todo o sistema da Terra, como a Antártida e a floresta amazônica, e outros sete sistemas que, se tombados, teriam profundas consequências regionais. Estes últimos incluem a monção da África Ocidental e a morte da maioria dos recifes de coral ao redor do equador. Vários novos elementos de tombamento, como a convecção do Mar de Labrador e as bacias subglaciais da Antártida Oriental, foram adicionados em comparação com a avaliação de 2008, enquanto o gelo marinho do verão do Ártico e a Oscilação Sul do El Niño (ENSO) foram removidos por falta de evidência de dinâmica de tombamento.

A coautora Ricarda Winkelmann, pesquisadora do Instituto Potsdam para Pesquisa de Impacto Climático e membro da Comissão da Terra, diz: “É importante ressaltar que muitos elementos de inclinação no sistema da Terra estão interligados, tornando os pontos de inflexão em cascata uma séria preocupação adicional. Na verdade, as interações podem diminuir os limites críticos de temperatura além dos quais os elementos de tombamento individuais começam a se desestabilizar a longo prazo.”

Armstrong McKay diz: “Demos o primeiro passo para atualizar o mundo sobre os riscos do ponto de inflexão. Há uma necessidade urgente de uma análise internacional mais profunda, especialmente nas interações dos elementos de inclinação, para a qual a Comissão da Terra está iniciando um Projeto de Intercomparação do Modelo de Pontos de Virada (“TIPMIP”).”

 

localização dos elementos climáticos na criosfera (azul), biosfera (verde) e oceano/atmosfera (laranja)
A localização dos elementos climáticos na criosfera (azul), biosfera (verde) e oceano/atmosfera (laranja) e os níveis de aquecimento global em que seus pontos de virada provavelmente serão acionados. Os pinos são coloridos de acordo com nossa estimativa de limiar de aquecimento global central abaixo de 2°C, ou seja, dentro da faixa do Acordo de Paris (laranja claro, círculos); entre 2 e 4°C, ou seja, acessível com as políticas atuais (laranja, diamantes); e 4°C e acima (vermelho, triângulos).

Exceeding 1.5°C global warming could trigger multiple climate tipping points
David I. Armstrong McKay, Arie Staal, Jesse F. Abrams, Ricarda Winkelmann, Boris Sakschewski, Sina Loriani, Ingo Fetzer – Science – 9 Sep 2022 – Vol 377, Issue 6611 – DOI: 10.1126/science.abn7950

 Henrique Cortez *, tradução e edição.in EcoDebate, ISSN 2446-9394

Desmatamento aumenta o calor e a seca no Cerrado

 


Brasnorte, MT, Brasil: Árvore em meio a plantação de soja. (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Artigo demonstra que mudança no uso da terra no Cerrado ameaça clima regional e disponibilidade de água para agricultura e ecossistemas.

A conversão de áreas nativas do Cerrado para pastagens e agricultura já tornou o clima na região quase 1°C mais quente e 10% mais seco.

Os dados foram divulgados em artigo publicado na revista científica Global Change Biology. O estudo abordou impactos históricos e futuros da expansão agrícola sobre o clima regional do Cerrado, um hotspot global de biodiversidade.

O trabalho foi liderado por pesquisadores da UnB (Universidade de Brasília), em colaboração com outras universidades e instituições de pesquisa tais como o IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), a UFRA (Universidade Federal Rural da Amazônia) e o Woodwell Climate Research Center.

Os resultados mostraram que não só a perda de florestas impacta o clima, mas também a perda de vegetação savânica — a mais abundante no bioma e uma das mais ameaçadas — e campestre. Essas duas últimas formações vegetais são menos representadas em estudos climáticos, apesar de exercerem funções importantes para a regulação do clima.

O estudo destaca que a conservação do Cerrado e sua biodiversidade tem importância vital para a estabilidade climática e hidrológica local e regional. Os efeitos do desmatamento podem se estender para outras regiões que dependem do Cerrado para a provisão de água, como o Pantanal e a bacia do rio São Francisco, que abastece boa parte do Nordeste.

Para a modelagem, o artigo utilizou os dados históricos de cobertura e uso da terra do MapBiomas, onde o IPAM é a instituição responsável pelo mapeamento pelos tipos de vegetação nativa do Cerrado, entre eles formações florestais, savânicas, campestres e áreas úmidas. Em agosto foi lançada a Coleção 7, revelando que de 1985 a 2021, no bioma, a vegetação savânica perdeu 25% da cobertura original, 15% das formações florestais e 20% das campestres.

“Ainda temos 53% da vegetação nativa remanescente no Cerrado, mas o desmatamento no bioma ainda segue e tem crescido nos últimos três anos, precisamos inserir o bioma nas políticas climáticas e de combate ao desmatamento para garantir nossa resiliência climática”, afirma a pesquisadora no IPAM e coordenadora científica do MapBiomas, Julia Shimbo.

As políticas ambientais adotadas hoje irão definir o futuro climático da região

Considerando possíveis reflexos das políticas ambientais, os pesquisadores modelaram três cenários futuros para o clima do Cerrado. O primeiro, chamado “Colapso do Cerrado”, modelou o clima com a continuação do desmatamento legal e ilegal na região até 2050, sem políticas de controle.

Um segundo cenário intermediário avaliou apenas o desmatamento permitido por lei — em um total de 28 milhões de hectares. Um terceiro cenário, mais positivo, modelou o que aconteceria com o clima da região sob uma política de desmatamento zero combinada com a recuperação de 5 milhões de hectares de áreas em propriedades privadas degradadas ilegalmente, que por lei teriam que ser preservadas.

Os resultados mostraram calor severo e seca até meados do século, se o desmatamento continuar. O aumento de temperatura foi de 0,7°C no pior cenário e de 0,3°C no cenário intermediário. A estimativa é referente apenas ao desmatamento na região e não inclui o aquecimento global esperado de mais de 1°C durante o período.

Já a política de desmatamento zero e restauração de áreas desmatadas ilegalmente é um passo no sentido oposto, para evitar o agravamento da crise climática. Porém, não é suficiente para contrabalançar as grandes transformações em curso.

Para Ariane Rodrigues, pesquisadora da Universidade de Brasília e primeira autora do estudo, é urgente colocar em prática metas mais ambiciosas de conservação, restauração e uso sustentável dos ecossistemas do Cerrado. “Os nossos resultados mostram que seguir o curso atual pode trazer consequências desastrosas para o clima, o regime de chuvas, a produção de alimentos e a biodiversidade, se estendendo além dos limites do bioma. Daí a importância de incluir o Cerrado em acordos climáticos internacionais e negociações para eliminar o desmatamento das cadeias de produção agrícola”, afirmou.

Referência:

Rodrigues, A. A.Macedo, M. N.Silvério, D. V.Maracahipes, L.Coe, M. T.Brando, P. M.Shimbo, J. Z.Rajão, R.Soares-Filho, B., & Bustamante, M. M. C. (2022). Cerrado deforestation threatens regional climate and water availability for agriculture and ecosystemsGlobal Change Biology001– 16https://doi.org/10.1111/gcb.16386

 Fonte: IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia)in EcoDebate, ISSN 2446-9394

Grandes propriedades lideram desmatamento no Cerrado

 

Grandes propriedades lideram desmatamento no Cerrado


Grandes propriedades lideram desmatamento no Cerrado

O desmatamento no Cerrado atingiu 491 mil hectares no primeiro semestre de 2023, área sete vezes maior que a cidade de Salvador. Esse número representa um aumento de 28% em relação ao mesmo período no ano passado, quando foram desmatados quase 383 mil hectares, segundo dados detectados e confirmados pelo SAD Cerrado (Sistema de Alerta de Desmatamento do Cerrado) divulgados nesta quarta-feira (18/07) pelo IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia).

Além disso, foram confirmados 126 mil hectares de desmatamento no mês de junho, um aumento 20,6% em relação ao ano passado. Estados do Matopiba – fronteira agrícola composta por áreas dos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia – responderam por 74,7% de todo o desmatamento no bioma, cerca de 367 mil hectares.

De acordo com levantamento realizado pelo SAD Cerrado, o desmatamento tem sido caracterizado por grandes áreas desmatadas rapidamente dentro de propriedades privadas observadas nos últimos meses. Grandes propriedades concentraram 48% (ou 193 mil hectares) do desmatamento ocorrido dentro de áreas privadas nesse primeiro semestre de 2023, seguido por propriedades médias (33%, por volta de 133 mil hectares) e pequenas (19%, 76 mil hectares).

O perfil de desmatamento também foi marcado pelas grandes áreas desmatadas dentro de poucas propriedades. Em São Desidério, município líder de desmatamento no primeiro semestre de 2023, apenas 30 propriedades foram responsáveis pelo desmatamento de 18,2 mil hectares – cerca de 76% de tudo que foi desmatado pelo município no semestre.

Em Mirador, cidade que mais desmatou o Cerrado em junho deste ano, 68% de todo o desmatamento se concentrou em apenas 20 propriedades. O município maranhense havia desmatado apenas 3,5 mil hectares entre janeiro e maio, mas seus números dispararam, chegando a 6 mil hectares perdidos apenas no mês passado, um aumento de 188,5% em apenas 30 dias.

O SAD é um sistema de monitoramento desenvolvido por pesquisadores do IPAM que fornece alertas de desmatamento de vegetação nativa em todo o Cerrado. O projeto faz uso de imagens do satélite Sentinel-2, da Agência Espacial Europeia, e técnicas avançadas de processamento de imagem.

Chegada da seca

Dados para o primeiro semestre confirmam o aumento acelerado do desmatamento observado no início do ano. Com a chegada do período seco no Cerrado, pesquisadores do SAD também alertam para a possibilidade de números ainda maiores nos próximos meses. Para Tarsila Andrade, pesquisadora do IPAM, o volume de desmatamento, ainda no início da seca, tem sido alarmante.

“Durante o período da seca, a expansão agropecuária tende a aumentar devido às condições climáticas propícias para as atividades agrícolas. No entanto, os índices de desmatamento no Cerrado estão alcançando níveis recordes já nos primeiros meses da estação seca deste ano. Esse aumento evidencia a intensidade e velocidade do processo de destruição do bioma. Por isso é fundamental o estabelecimento de políticas e ações efetivas que visem à proteção e preservação do Cerrado, considerando seus ecossistemas únicos, a biodiversidade e o papel crucial que desempenham na mitigação das mudanças climáticas”, destacou.

Maiores desmatadores

O município de São Desidério, no oeste da Bahia, liderou o ranking de desmatamento no Cerrado durante o primeiro semestre de 2023, seguido por Balsas, no sul do Maranhão, e Correntina, também na Bahia. Juntos, os três municípios totalizaram 51,5 mil hectares desmatados. Os municípios da Bahia e do Maranhão ocupam 8 das 10 primeiras posições do ranking de desmatamento nos primeiros seis meses do ano.

“Nos últimos meses, temos visto um aumento da expansão do agronegócio em diferentes regiões do Matopiba, onde também estão concentrados os últimos grandes remanescentes de vegetação nativa do Cerrado. O aumento repentino do desmatamento em Mirador pode ser parcialmente explicado pela expansão agrícola em direção aos últimos remanescentes, juntamente com outros fatores locais”, destacou Fernanda Ribeiro, pesquisadora do IPAM.

Apesar do domínio de São Desidério, que liderava os relatórios mensais desde fevereiro, o mês de julho foi marcado por um novo líder para a lista de maiores derrubadores de Cerrado: Mirador. O crescimento do desmatamento no município acompanha um aumento das detecções de novas áreas abertas na região sul do Maranhão, estado que liderou a lista no último mês com 45,7 mil hectares perdidos. No mês de junho, 6 dos 10 municípios que mais perderam vegetação nativa estão no Maranhão.

Sobre o SAD Cerrado

O Sistema de Alerta de Desmatamento do Cerrado é um projeto de monitoramento mensal e automático que utiliza imagens de satélites ópticos do sensor Sentinel-2, da Agência Espacial Europeia. O SAD Cerrado é uma ferramenta analítica que fornece alertas de supressão de vegetação nativa para todo o bioma, trazendo informações sobre desmatamento no bioma desde agosto de 2020.

A confirmação de um alerta de desmatamento é realizada a partir da identificação de ao menos dois registros da mesma área em datas diferentes, com intervalo mínimo de dois meses entre as imagens de satélite. A metodologia é detalhada no site do SAD Cerrado.

Relatórios de alertas para o mês de abril e períodos anteriores estão disponíveis neste link. No painel interativo, é possível selecionar estados, municípios, categorias fundiárias e o intervalo temporal para análise.

O objetivo do sistema é fornecer alertas de desmatamentos maiores de 1 hectare, atualizados mês a mês. Pesquisadores entendem que o SAD Cerrado pode se constituir como uma ferramenta complementar a outros sistemas de alerta de desmatamento no bioma, como o DETER Cerrado, do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), otimizando o processo de detecção em contextos visualmente complexos. Acesse os dados georreferenciados clicando aqui. Informe do IPAM, in EcoDebate, ISSN 2446-9394



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