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sábado, 2 de fevereiro de 2013

Escassez de água e o Malthusianismo em curso

Matériapublicada dia- 02/02/2013
César Torres
O crescimento populacional ocorre sem qualquer controle na maioria dos países, e produzir alimentos para atender a crescente população será um desafio a ser enfrentado por todos os países. A previsão de aumento de escassez da água está comprovada e será esta o divisor entre  viver e  morrer. O sertão Brasileiro, chamado de polígono da seca, formado por oito estados, Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe abrigando 1.348 municípios, enfrenta uma seca onde o prognóstico para 2013 é terrível. 
Os cientistas explicam as razões da aridez do clima na região, mas, a maior preocupação é com o crescimento da área do polígono. O Maranhão que se encontrava fora do polígono vem enfrentando o problema a mais de 24 anos e hoje se encontra inserido nesta triste realidade. Tudo em razão da ação humana, devido ao desmatamento e uso irracional da água. 
A única forma de atender a demanda crescente por alimentos no planeta será através do uso racional da água, principalmente na agricultura onde se encontra o maior gargalo. Para garantir a sustentabilidade na produção de alimentos, exigirá dos governantes uma vontade política maior, reconhecendo que as questões ambientais irão direcionar a qualidade de vida e a sobrevivência no planeta.
A maneira mais eficaz para buscar o equilíbrio será proporcionando aos pequenos produtores financiamento público, acesso a tecnologias hídricas, educação para trabalhar a terra, pois, hoje estão morrendo de fome e sede em cima de suas propriedades. Será esta uma saída para aumentar a produção com menor desequilíbrio social e a garantia de um futuro menos sombrio para a população vitima da seca.
A preocupação com a capacidade da produção de alimentos para atender a demanda é antiga. Em 1798 preocupado com o crescimento populacional acelerado, Thomas Robert Malthus publica uma série de ideias, afirmando que o bem estar populacional estaria intimamente relacionado com crescimento demográfico do planeta. Malthus alertava que o crescimento desordenado acarretaria na falta de recursos alimentícios para a população gerando como consequência a fome. Thomas dizia que a população crescia em progressão geométrica, enquanto que a produção de alimentos crescia em progressão aritmética.
  A superpopulação fica sem controle até que surjam predadores que façam esse controle externo ou se os predadores e  doenças não aparecerem, o descontrole continua até que acabe o alimento disponível no ambiente, gerando competição intraespecífica e controle populacional por fome. No caso da população humana esse controle vem sendo feito com guerras, aumento da criminalidade, drogas,  doenças e miséria.
A explosão demográfica ocorre desde a revolução industrial, que começou na Inglaterra no século XVII por volta de 1650. Chegamos hoje a 7 bilhões de habitantes e espera-se um crescimento acelerado nos países em desenvolvimento. Fato que com a globalização e os efeitos nocivos da superpopulação refletem em todo planeta igualmente. No Brasil para diminuir a seca e suas consequências, iniciou-se a transposição de água do São Francisco para o Nordeste. A obra que já deveria estar concluída se encontra parada na maioria dos trechos. Infelizmente já está comprovado o superfaturamento da obra e o descaso com a celeridade necessária, não só para atender a população, mas, para evitar o alto custo da obra que teve seu valor inicial  majorado de R$ 4,5 bilhões  para mais de R$ 8 bilhões.
É de conhecimento da sociedade que na maioria das grandes obras no Brasil é grande a farra das empresas e de políticos para desvio dos recursos públicos. Motivo suficiente para uma visão, de que, o Brasil ainda não conseguiu a maturidade política o suficiente para impedir a dilapidação do patrimônio público. Causa maior do grande aumento do desequilíbrio social e ambiental.
Considerando a produção de alimentos global, a taxa de crescimento populacional é superior a de alimentos. Motivo de insegurança no futuro das novas gerações. A escassez de chuvas em algumas regiões do planeta e o desequilíbrio ambiental é uma realidade e a busca para um equilíbrio entre a produção e consumo é uma utopia. Considerando os objetivos maiores demonstrados pelos que governam as nações do nosso planeta

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