César Torres
O crescimento populacional ocorre
sem qualquer controle na maioria dos países, e produzir alimentos para atender
a crescente população será um desafio a ser enfrentado por todos os países. A
previsão de aumento de escassez da água está comprovada e será esta o divisor
entre viver e morrer. O sertão Brasileiro, chamado de
polígono da seca, formado por oito estados, Alagoas, Bahia, Ceará, Minas
Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe abrigando 1.348 municípios, enfrenta uma seca onde o
prognóstico para 2013 é terrível.
Os cientistas explicam as razões da aridez do
clima na região, mas, a maior preocupação é com o crescimento da área do
polígono. O Maranhão que se encontrava fora do polígono vem enfrentando o
problema a mais de 24 anos e hoje se encontra inserido nesta triste realidade.
Tudo em razão da ação humana, devido ao desmatamento e uso irracional da água.
A
única forma de atender a demanda crescente por alimentos no planeta será
através do uso racional da água, principalmente na agricultura onde se encontra
o maior gargalo. Para garantir a sustentabilidade na produção de
alimentos, exigirá dos governantes uma vontade política maior, reconhecendo que
as questões ambientais irão direcionar a qualidade de vida e a sobrevivência no
planeta.
A maneira mais eficaz para buscar
o equilíbrio será proporcionando aos pequenos produtores financiamento público,
acesso a tecnologias hídricas, educação para trabalhar a terra, pois, hoje
estão morrendo de fome e sede em cima de suas propriedades. Será esta uma saída
para aumentar a produção com menor desequilíbrio social e a garantia de um
futuro menos sombrio para a população vitima da seca.
A preocupação com a capacidade da
produção de alimentos para atender a demanda é antiga. Em 1798 preocupado com o
crescimento populacional acelerado, Thomas Robert Malthus publica uma
série de ideias, afirmando que o bem estar populacional estaria intimamente
relacionado com crescimento demográfico do planeta. Malthus alertava
que o crescimento desordenado acarretaria na falta de recursos alimentícios para
a população gerando como consequência a fome. Thomas dizia que a população
crescia em progressão geométrica, enquanto que a produção de alimentos crescia
em progressão aritmética.
A superpopulação fica
sem controle até que surjam predadores que façam esse controle
externo ou se os predadores e doenças não aparecerem, o descontrole
continua até que acabe o alimento disponível no ambiente,
gerando competição intraespecífica e controle populacional por fome.
No caso da população humana esse controle vem sendo feito com guerras,
aumento da criminalidade, drogas, doenças e miséria.
A explosão demográfica ocorre
desde a revolução industrial, que começou na Inglaterra no
século XVII por volta de 1650. Chegamos hoje a 7 bilhões de
habitantes e espera-se um crescimento acelerado nos países em desenvolvimento.
Fato que com a globalização e os efeitos nocivos da superpopulação refletem em
todo planeta igualmente. No Brasil para diminuir a seca e suas consequências,
iniciou-se a transposição de água do São Francisco para o Nordeste. A obra que
já deveria estar concluída se encontra parada na maioria dos trechos.
Infelizmente já está comprovado o superfaturamento da obra e o descaso com a
celeridade necessária, não só para atender a população, mas, para evitar o alto
custo da obra que teve seu valor
inicial majorado de R$ 4,5
bilhões para mais de R$ 8
bilhões.
É de conhecimento da sociedade
que na maioria das grandes obras no Brasil é grande a farra das empresas e de
políticos para desvio dos recursos públicos. Motivo suficiente para uma visão,
de que, o Brasil ainda não conseguiu a maturidade política o suficiente para
impedir a dilapidação do patrimônio público. Causa maior do grande aumento do
desequilíbrio social e ambiental.
Considerando a produção de alimentos global, a
taxa de crescimento populacional é superior a de alimentos. Motivo de
insegurança no futuro das novas gerações. A escassez de chuvas em algumas
regiões do planeta e o desequilíbrio ambiental é uma realidade e a busca para
um equilíbrio entre a produção e consumo é uma utopia. Considerando os
objetivos maiores demonstrados pelos que governam as nações do nosso planeta
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César Torres