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quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Animais Bioindicadores

 
Muitos animais e plantas tem sido usados como bioindicadores. Ou seja, como entes vivos que indicam condições do meio físico, do próprio meio biológico ou das condições de vida para o meio antrópico. Para entender de uma forma bem simples o que são bioindicadores basta exemplificar. Todo mundo sabe que um peixe respira oxigênio através das brânquias. Se a água for limpa e tiver oxigênio o peixe respira e vive normalmente. Se a água não for limpa e não tiver oxigênio, o peixe morre. Portanto ele indica através da própria vida as condições da água onde vive.
 
Isto é um bioindicador, que pode ser animal ou vegetal, qualquer ser vivo que possa indicar as melhores ou piores condições do meio em que vive. Além dos peixes ou ictiofauna, os insetos também tem sido considerados bons indicadores ecológicos da recuperação ambiental, principalmente as formigas, os cupins, as vespas, as abelhas e os besouros.
 
Em nível de solo, nas áreas em processos de recuperação de degradação, há uma sucessão de organismos da meso e macrofauna que estão presentes em cada etapa da recuperação destas áreas, sugerindo que possam ser encontrados bioindicadores para cada uma destas etapas.
 
Outros animais considerados bons bioindicadores por sua relação com o habitat florestal são as aves, pois a redução do número de espécies está associada com a redução da área em que habita. As espécies consideradas indicadores de ambiente preservado são aquelas que ocorrem exclusivamente no habitat original, apenas eventualmente em áreas adjacentes.
 
Os pássaros são grandes bioindicadores das condições florestais. As espécies que comem frutos das árvores com grandes copas são denominadas frugívoras e dependem de árvores com grandes copas e troncos ocos onde possam nidificar (fazer ninhos para reprodução). Existem ainda as espécies insetívoras corticícolas que dependem do uso de forrageiras e se reproduzem em troncos grossos; as espécies insetívoras grandes, que indicam drásticas alterações na fauna dos solos e nas condições originais dos bosques e as espécies insetívoras de brenhas, que são especializadas em forragear em vegetação extremamente adensada.
 
Estudos específicos ou até generalistas com relação à fauna em geral e à avifauna em particular são bastante apreciáveis como evidências de indicadores para uma avaliação integrada de impactos ambientais.
 
Estes estudos feitos especificamente em cada área, poderão fornecer subsídios para um monitoramento (que nada mais é senão um controle sistêmico e permanente de alguma coisa), no caso durante e depois da obra impactante. Isto permitirá definições muito mais precisas, eficientes e eficazes sobre medidas necessárias para mitigação, atenuação ou compensação dos impactos ambientais de uma intervenção antrópica.
 
As vezes a gente passa por uma indústria com tratamento de efluentes e observa capivaras em um lago que geralmente também tem peixes e tartarugas.
 
Normalmente, esta empresa tem uma estação de tratamento de efluentes industriais e/ou esgotos, e antes das águas retornarem aos cursos de água superficiais da rede de drenagem, passam por uma lagoa, onde os animais são usados como bioindicadores da qualidade ambiental do tratamento.
 
Se o tratamento não estiver bom ou eficiente podem os animais usados como bioindicadores sofrerem problemas ou até morrerem. Dá muita pena na gente, mas o conceito de meio ambiente é antropocêntrico. Que ocorra nos animais para garantir a qualidade de vida dos seres humanos. Senão a gente nem poderia consumir proteínas animais adquiridas em supermercados, é a mesma coisa.
 
Dr. Roberto Naime, colunista do Ecodebate, é Doutor em Geologia Ambiental. Integrante do corpo Docente do Mestrado e Doutorado em Qualidade Ambiental da Universidade Feevale.
EcoDebate

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