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sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Distribuição do consumo energético

 
A questão energética, talvez mais do que todos os demais itens desnuda e expõe com grande clareza a consagrada expressão mudança de paradigmas.
 
O que se busca expressar quando se utiliza estes termos são mudanças profundas, não materiais, mas filosóficas na forma de pensar a vida, nos fatores e condicionantes da felicidade humana.
Ninguém condena a melhoria da qualidade de vida das populações. Ao contrário, todos nós desejamos que o desenvolvimento traga melhoria de condições de conforto e qualidade de vida para todos.
 
Mas existem limitações ambientais que devem ser consideradas, e a questão energética nos demonstra esta realidade com clareza.
 
A população do planeta terra superou os 7,0 bilhões de habitantes. A população dos Estados Unidos da América oscila em torno de 300 milhões de habitantes.
 
Dividindo 7,0 bilhões por 300 milhões encontramos o número 22. Ou seja, a população do planeta terra é aproximadamente 24 vezes maior do que a população americana.
 
Logo não é possível que aproximadamente 4,5% da população mundial, situada nos Estados Unidos, seja responsável por mais de 70% dos gastos energéticos do planeta.
 
Ou que o consumo de energia dos Estados Unidos, com aparelhos de ar condicionado seja maior do que o consumo de energia para todas as finalidades de aproximadamente 1,3 bilhões de habitantes da China.
 
Este paradoxo poderia ser facilmente equacionado. Poderia se dizer que o crescimento econômico e o desenvolvimento futuro equalizariam o consumo energético.
 
Pois bem, esta é a questão. O planeta não suportaria, nem teria recursos para ampliar em 22 vezes a produção de energia, por mais alternativas e renováveis que fosse as fontes energéticas por melhor que fossem os programas de otimização, racionalização e eficiência no uso de energia por instituições, empresas e consumidores individuais.
 
Obviamente a questão da eficiência energética tem importância singular. É preciso tornar a utilização da energia racional e eficiente ao máximo possível, por parte de todos. E para isto existem tecnologias e empresas capacitadas e dedicadas ao desenvolvimento de metodologias apropriadas para a melhoria da eficiência energética.
 
A eficiência energética pode ser resumida pelo parâmetro conhecido como Razão de Energia Líquida (REL) que relaciona a energia obtida por um processo em função do gasto energético considerado do mesmo processo.
 
Mas a questão fundamental é a mudança de padrões. A mudança de paradigma, de uma ou outra forma, talvez precise passar pela mudança do conceito de bem estar e felicidade.
 
Partindo de uma sociedade extremamente consumista, da qual ninguém questiona a qualidade de vida e o conforto material, para padrões mais compatíveis com as quantidades de recursos disponíveis e com critérios mais justos de distribuição das riquezas.
 
Definitivamente, o planeta Terra não suportaria o aumento de 22 vezes na produção de energia.
O mesmo raciocínio talvez possa ser estendido para o consumo de várias matérias-primas naturais que servem se base para transformações industriais importantes.
Dr. Roberto Naime, colunista do Ecodebate.
 

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César Torres

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