Através de uma parceria feita com o governo norueguês, a Libéria se tornou o primeiro país africano a se comprometer em ter 30% das suas florestas sob leis de preservação até 2020. A Noruega irá pagar para manter a vegetação nativa em pé.
Apesar de não ter uma área florestada tão grande, a Libéria abriga espécies à beira da extinção, como chimpanzés, elefantes e leopardos. Para garantir a sobrevivência desses animais é imprescindível frear o desmatamento e criar reservas que garantam a proteção integral da fauna e flora.
Desde 2003, quando a guerra civil no país africano acabou, o corte ilegal cresceu abundantemente. Em 2012, a presidente Ellen Johnson Sirleaf aprovou medidas que permitiam a derrubada de 58% da floresta primária da Libéria. A decisão foi muito protestada e a líder acabou cancelando as autorizações.
O acordo entre Noruega e Libéria deve contribuir para a preservação ambiental, ao mesmo tempo em que reduz a emissão de poluentes, por manter a floresta em pé. “Financiamos projetos na Indonésia e no Brasil, mas eu acho que esta é a primeira vez que entramos em um acordo em nível de país”, esclareceu o conselheiro político do governo norueguês, Jens Frolich Holte, em entrevista à BBC.
O país africano não disponibilizará mais concessões para que novas madeireiras explorem as florestas até que, ao menos, 30% das reservas estejam protegidas e classificadas como áreas oficiais de preservação. Em troca, a Noruega se compromete em fornecer US$ 150 milhões. “Nós precisamos dar à Libéria uma esperança de longo prazo para o desenvolvimento, que é o que este dinheiro da floresta irá fornecer para eles, uma visão de longo prazo para um país, com a redução da pobreza e do desmatamento”, informou Holte. Redação CicloVivo
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César Torres