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domingo, 13 de fevereiro de 2011

Dieta saudável pode ajudar a reduzir o consumo de energia e de alimentos nos EUA


Estudo constata que uma dieta saudável e um regresso à agricultura tradicional podem ajudar a reduzir o consumo de energia e de alimentos nos EUA.

Estima-se que 19 por cento do total da energia utilizada nos EUA é consumida na produção e distribuição de alimentos. A energia norte-americana é, majoritariamente, de origem fóssil, cada vez mais cara e escassa, além de ser a principal fonte de emissão de carbono nos Estados Unidos.

No estudo “Reducing energy inputs in the US food system“, publicado na revista Human Ecology, David Pimentel e seus colegas da Universidade de Cornell, em Nova York, apresentam uma série de estratégias que poderiam cortar o consumo de energia fóssil utilização na produção e distribuição de alimentos em 50 por cento .

O primeiro argumento é que as pessoas comam menos, especialmente considerando que o americano médio consome um número estimado de 3747 calorias por dia, contra um consumo recomendado de 1200-1500 calorias. A alimentação do americano médio, é, tradicionalmente, baseada em dietas com quantidades elevadas de produtos de origem animal e de alimentos processados, que, pela sua natureza, utilizam mais energia do que a necessária para a produção de alimentos, como a batata, arroz, frutas e legumes.

Só pela redução de consumo de produtos de origem animal já teria um enorme impacto sobre o consumo de combustível, bem resultaria na melhora da sua saúde.

Outras economias são possíveis na produção de alimentos. Os autores sugerem que se produzam no sentido mais tradicional, a agricultura biológica ou agroecológica, métodos mais convencionais, que demandam menos energia. A seleção de culturas mais eficientes também reduziria a utilização de adubos e pesticidas, aumentando da utilização de estrume e observando as rotações de cultura, para a melhoria da eficiência energética.

Por último, as alterações dos métodos de processamento de alimentos, embalagem e distribuição também poderão ajudar a reduzir o consumo de combustível. Um produto processado, do campo ao consumo, percorre uma média de 2400 km antes de ser consumido.

Este estudo defende veementemente que o consumidor está na posição central para uma redução da utilização de energia. Como indivíduos, ao abraçar um estilo de vida “ecológico” , com a tomada de consciência das suas escolhas alimentares, podemos influenciar os recursos energéticos. Para isto basta comprar produtos locais e evitar alimentos processados, embalados e de qualidade nutricional inferior. Isto levaria a um ambiente mais limpo e a uma saúde melhor.
1. Pimentel D, Williamson S, Alexander C E, Gonzelez-Pagan O, Kontak C and Mulkey SE (2008). Reducing energy inputs in the US food system. Human Ecology: DOI 10.1007/s10745-008-9184-3.
Human Ecology
An Interdisciplinary Journal
ISSN: 1572-9915 (electronic version)
Springer US
http://www.springerlink.com/content/408544313722w442/fulltext.pdf
Por Henrique Cortez, do EcoDebate, 30/09/2009

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César Torres

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