Poucas pessoas pensam nisso, mas toda a agricultura humana que existe hoje é baseada no clima que temos atualmente. Assumindo que a teoria de mudanças climáticas no futuro esteja correta, como as plantações poderão sobreviver ao aumento da temperatura na Terra? A resposta, de acordo com cientistas finlandeses, está na genética.
Os estudos foram conduzidos por pesquisadores da Universidade de Oulu (Finlândia), que se perguntaram se poderemos manter uma dieta equilibrada com os gêneros alimentícios disponíveis daqui a várias décadas.
Você certamente já ouviu falar na drosófila, ou mosca-de-fruta, um inseto que quase sempre é usado em estudos de genética. Trata-se de um “organismo modelo” para estudos do DNA. No reino vegetal, um organismo modelo recorrente nesses estudos é a Arabidopsis thaliana, espécie na qual os cientistas finlandeses focaram. O que eles pretendem, de maneira geral, é codificar o gene desse vegetal, para identificar que pontos do DNA podem ajudar a planta a se adaptar a um novo clima.
Em uma pesquisa semelhante, da Universidade Brown (em Providence, Rhode Island, nos EUA), os cientistas descobriram que em cada clima, no continente europeu, existe uma parte diferente do gene que controla a adaptabilidade. A famosa “seleção natural”, portanto, nada mais é do que uma predisposição genética.
Os cientistas esperam que isso possa ser usado como base, no futuro, para montar uma planta perfeitamente adaptável. Coletando uma parte específica de cada gene, o resultado final poderia ser um vegetal que cresce bem em qualquer temperatura. Mas isso ainda é algo no campo da suposição. [MSN]
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César Torres