ONG afirma que vai lançar campanha mundial pela internet pedindo que a presidenta Dilma Rousseff vete a aprovação do Código
O Fundo Mundial para a Natureza (WWF, na sigla em inglês) afirmou nesta segunda-feira (5) que, se o Senado aprovar o novo Código Florestal, dará um enorme passo para trás na proteção das florestas e representará um "golpe mortal" para a região amazônica.
Em comunicado, o WWF explicou que a aprovação da nova legislação permitirá que se reduzam drasticamente as áreas de proteção nessa região e fará com que as zonas desflorestadas de maneira ilegal não sejam restauradas.
A organização ambientalista também ressaltou que essa lei abrirá as portas para a agricultura e pecuária em grande escala, principal causa, em sua opinião, da destruição de florestas tropicais no Brasil.
A proposta de lei foi aprovada pela Câmara dos Deputados e será votada amanhã pelo Senado.
A WWF explicou que, mesmo com a lei, 79 milhões de hectares (equivalente às superfícies de Alemanha, Áustria e Itália juntas), poderiam ser desflorestados, o que significaria a emissão adicional de 29 gigatoneladas de CO2 à atmosfera.
Além disso, salientou que o Código impediria o cumprimento do compromisso de redução de emissões firmado pelo Brasil na última cúpula de Copenhague e teria um impacto nas atuais negociações de Durban (COP-17).
Para o WWF, esta nova lei seria um retrocesso depois que nos últimos anos o Brasil conseguiu frear a taxa de desmatamento no Amazonas de quase 30 mil hectares em 1995 para 6.500 em 2010.
"Esta lei ameaçaria a estabilidade da região amazônica e o clima mundial", ressaltou o secretário-geral da WWF na Espanha, Juan Carlos del Olmo, para quem, no entanto, ainda há tempo para atuar.
"Se passar pelo Senado, a lei voltaria à Câmara para ser ratificada, por isso durante esse tempo a comunidade internacional deve se mobilizar para impedir que a região amazônica volte a cair nas mãos daqueles que já provocaram o maior desmatamento da história", concluiu Del Olmo.
A rede mundial da WWF deve lançar em breve uma campanha pela internet para exigir que a presidente Dilma Rousseff vete a aprovação do Código ou que elimine do novo texto aquelas emendas que possam representar uma ameaça para o Amazonas.
Devemos considerar que a Educação Ambiental para uma sustentabilidade efetiva, necessita de um processo contínuo de aprendizagem, baseado no respeito de todas as formas de vida, afirmando valores e muitas ações que contribuam para a formação social do homem e a preservação do meio ambiente. Cat
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César Torres