É lamentável, ver em
pleno século XX com toda sorte de informações possíveis a capacidade de alguns políticos
conseguirem manobrar a sociedade com tanta facilidade. A passeata no Rio contra nova divisão dos royalties no dia 26 de
novembro é um exemplo.
Apesar
da chuva fina que caia o número de manifestantes na Avenida Rio Branco, no
centro da cidade, que participavam da passeata contra a proposta aprovada pela
Câmara, que retira do Estado parte das receitas dos royalties de petróleo. A
avenida foi fechada ao trânsito e a Polícia Militar mobilizou 4.775 policiais
para trabalhar na segurança da manifestação organizada pelo Governo do Estado.
Segundo estima a Polícia Militar, 200 mil pessoas participaram da ação.
Analisando o comportamento social concluímos que estamos
caminhando na contramão da preservação ambiental e que as mudanças necessárias
terá um custo social muito elevado. Na ação, provavelmente 80% das pessoas
presentes não sabem de fato porque participaram da passeata. Quando olhamos os
interesses socioambientais, e a necessidade de uma distribuição equânime dos
recursos como uma base sólida da solução
para diminuir a pobreza e levar desenvolvimento a todo país. Tendo assim a
possibilitando de um maior equilíbrio nos benefícios como: uma educação de
qualidade, um atendimento de saúde mais digno, como ocorre nos estados mais
ricos e assim refletir na diminuição da degradação e poluição ambiental.
Outro fator que nos deixa indignado é perceber que nenhum
político tem a iniciativa de mobilizar a sociedade para exigir ações efetivas
em favor do meio ambiente, como: a construção de mais usinas de energia limpa,
a exemplo de eólicas, energia solar etc. A ampliação dos programas de
biocombustível, fabricação de carros elétricos, substituindo e reduzindo a
exploração de combustíveis fósseis.
Sempre lembramos que a conscientização das pessoas é o
caminho mais rápido para mudarmos essa triste realidade. Como será importante o
dia que todos entenderem a importância que cada um tem nesse processo de
proteção ambiental, e conseguirmos um movimento de tamanha magnitude exigindo
mudanças sérias nas políticas públicas. Diante desse quadro o IBOPE realizou
pesquisa que mostra com clareza a importância que o brasileiro demonstra ter
com as questões ambientais. O quadro é
desolador.
Veja
parte da pesquisa nos dois parágrafos abaixo.
As questões sociais preocupam bem mais
o brasileiro do que as questões ambientais, aponta pesquisa do Programa Água
Brasil, apresentada dia 28/11 durante a Reviravolta ExpoCatadores 2012, na
capital paulista. Temas como aquecimento global, acúmulo e descarte
inapropriado de resíduos e contaminação de rio e mananciais são apontados como
principais problemas por apenas 7% dos entrevistados. O estudo sobre o nível de
consciência da população sobre práticas sustentáveis foi encomendado ao Ibope.
Quando questionados sobre os três
principais problemas que afetam o país atualmente, os temas mais recorrentes
aos entrevistados foram saúde (70%), desemprego (53%), fome (50%), corrupção
(42%) e educação pública (39%). Temas relacionados ao meio ambiente ficaram em
penúltimo lugar, perdendo apenas para o item economia global, que foi citado
por 2% dos entrevistados. Participaram do estudo 2.002 pessoas em todas as
capitais e mais 73 municípios, em novembro do ano passado. Matéria completa
sobre a pesquisa.
(http://cesaratorres.blogspot.com.br/2012/11/brasileiros-preocupam-se-mais-com.html)
Tenho
certeza que falta vontade política para se tomar atitudes mais eficazes. As
administrações públicas no Brasil possuem na legislação algumas normas e
diretrizes que impõem restrições e limites para aplicação dos recursos. Na
educação os municípios são obrigados a gastar da receita corrente 25%, na saúde
15%, sob pena de responderem juridicamente por ato de improbidade
administrativa. Fica aqui registrado nossa sugestão para ações efetivas na
proteção ambiental - Considerando hoje que a questão ambiental se tornou uma
prioridade do planeta, não seria também um caminho para que o poder público investisse
mais no meio ambiente estabelecendo um coeficiente obrigatório a exemplo da
Educação e Saúde? Um percentual de 10% da receita já atenderia inicialmente a
grande demanda.
No que seria aplicado os recursos? Na educação ambiental
com abrangência de 100% da população, na recuperação de áreas degradadas, no reflorestamento
de topos de morro e matas ciliares, proteção de nascentes, despoluição de
mananciais, reciclagem e compostagem do lixo. Como forma de uma educação e
maior vigilância das ações humanas, a estruturação das Secretarias de Meio
Ambiente, tendo um programa de ações permanentes com “Agentes Municipais Ambientais” com abrangência de 100% do
município, a exemplo dos Agentes Municipais
de Saúde.
Sabemos que infelizmente estas ações só ocorrem no limite
das necessidades, mas se continuarmos usando todos os meios e conquistando mais
adesões, nossa voz terá eco e as mudanças acorrerão com maior velocidade.
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César Torres