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domingo, 15 de janeiro de 2012

Perda global por conta do desarranjo climático soma US$ 750 bi em 5 anos

O desarranjo do clima tem elevado o número de acidentes naturais e, consequentemente, causado prejuízos incalculáveis ao planeta.

O desarranjo do clima tem elevado o número de acidentes naturais e, consequentemente, causado prejuízos incalculáveis ao planeta. Nos últimos cinco anos, eles somaram US$ 750 bilhões. O cálculo é do Grupo Independente de Investigação (IEG, na sigla em inglês), uma entidade ligada ao Banco Mundial (Bird). “As catástrofes naturais estão mais comuns e as perdas são cada vez maiores. Só em 2010, os prejuízos com cheias e desastres no mundo somaram US$ 110 bilhões, mais que o dobro do registrado no ano anterior”, diz o vice-presidente do IEG, Vinod Thomas.

Contabilizados os reflexos das perdas provocadas pelo tsunami que matou mais de 300 mil pessoas na Indonésia no fim de 2004, o ano de 2005 foi o primeiro a registrar um saldo surpreendente: US$ 250 bilhões de prejuízos. “Por isso, é fundamental que os governos estejam comprometidos em poluir menos e mais preparados contra os efeitos das mudanças climáticas”, avalia Thomas. Em 2011, somente os gastos decorrentes dos terremotos e do tsunami no Japão, em 11 de março, superaram os US$ 300 bilhões — um novo recorde. E nem sequer entraram na conta os danos com furacões nos Estados Unidos

A constatação é de que, nos dias de hoje, as atenções precisam ser redobradas diante do avanço dos desastres naturais. Nos anos 1980, lembra Thomas, as perdas eram bem menores e giravam em torno dos US$ 40 bilhões anuais. “Além das mudanças climáticas, o aumento da população em áreas de risco tem colaborado bastante para o maior volume de vítimas e de prejuízos materiais”, pondera o especialista. O aumento das enchentes, por exemplo, está diretamente ligado ao das emissões de gás carbônico (CO2).

Alimentos

“O dilema de investir para estimular a economia e aumentar o deficit do governo é a preocupação dos economistas. Mas se os países aplicassem US$ 40 bilhões anuais, esse valor seria suficiente para cumprir metas de cortes na emissão de carbono e ajudaria a minimizar o impacto das mudanças climáticas”, calcula Thomas, que foi diretor do Bird no Brasil de 2001 a 2005. Para o executivo, o importante é antecipar as intervenções para minimizar prejuízos. “Os governos precisam investir em ações mais efetivas. Existem desastres que vão voltar todos os anos e é preciso estar preparado”, alerta. Não há outra saída. “Tem que se reconstruir áreas devastadas para evitar futuras enchentes”, afirma.

A alta dos preços dos alimentos é outro efeito dos desastres climáticos. Levantamento recente do Bird sobre a forte alta dos preços das commodities (produtos básicos comercializados internacionalmente) e o impacto disso na vida das pessoas mostrou que os preços dos alimentos subiram 15% no último ano, jogando mais 44 milhões de indivíduos na pobreza. “De 2008 a 2009, existiam 100 milhões de pessoas vivendo de forma precária no planeta e o número atual é crescente”, assegura Thomas, autor do livro O Brasil visto por dentro – o desenvolvimento em uma terra de contrastes, de 2005.
Correio Braziliense Online

Rosana Hessel



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