A qualidade da água
consumida e o saneamento básico não interferem apenas na saúde da população.
Segundo pesquisa feita por Christopher Eppig, da Universidade do Novo México,
nos Estados Unidos, elas também têm interferência direta na capacidade de raciocínio,
na velocidade do aprendizado e na maneira como as pessoas encaram e resolvem
problemas.
Segundo o cientista, há
uma relação direta entre doenças infecciosas e o quociente de inteligência
(QI). Eppig constatou que a falta de cuidado com a qualidade da água e a falta
de saneamento básico provocam doenças infecciosas que podem atrapalhar o
desenvolvimento intelectual de uma pessoa, principalmente na fase inicial da
vida. Isso porque a energia que deveria ir para o cérebro acaba sendo gasta
pelo organismo para combater as infecções. A consequência é que o cérebro não
se desenvolve plenamente e fica com um déficit em seu funcionamento.
É nos primeiros meses de
vida que o cérebro mais precisa de energia. Segundo o pesquisador, um
recém-nascido consome 87% da energia produzida. Com um ano e meio, o percentual
cai para 53%. Já aos 5 anos, o cérebro usa 44% das calorias.
Infelizmente, o saneamento
básico ainda é um desafio no Brasil. Segundo a pesquisa "Saneamento Básico
– Regulação 2013", 52% da população brasileira vive sem serviço de coleta
de esgoto e 19% não tem água encanada. Falamos mais a respeito no artigo As prefeituras estão prontas para investir em
tratamento de resíduos?
A falta de saneamento
básico e de coleta de esgoto resultam em doenças como a diarreia, que é o tipo
mais comum de doença infecciosa em todo o mundo e o que mais mata crianças
abaixo de 5 anos.
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César Torres