Por onde passam, as feiras livres sempre deixam um odor característico, assim como os restos de alimentos. Para dar um fim adequado a esses resíduos, a Prefeitura de São Paulo está testando um projeto que transforma as sobras de verduras e frutas em adubo.
A intenção é que o projeto chegue às 900 feiras que ocorrem na capital paulista toda semana, e faz parte dos planos do prefeito Fernando Haddad, que espera retirar cerca de 62 mil toneladas de lixo por ano dos aterros – locais em que o processo de decomposição provoca 20 vezes mais efeito estufa.
O projeto teve início numa feira de São Mateus, bairro da zona leste da cidade. "Hoje, 53% do lixo coletado na cidade é orgânico, e nós não fazemos nada para aproveitá-lo. Nas feiras, quase tudo que é descartado pode virar composto e dar vida ao solo, em vez de ir para o aterro e produzir gás metano", afirmou ao Estadão a agrônoma Lúcia Salles França Pinto, coordenadora do projeto.
Planeja-se criar quatro centrais de compostagem até 2016, sendo que cada uma deverá custar 500 mil reais por mês – mesmo valor que a Prefeitura hoje gasta para enterrar o lixo nos aterros.
Em São Mateus, o projeto já tem o apoio de feirantes, que descartam os restos dos alimentos em caixas que vão direto para compostagem. A medida também ajuda a deixar o região mais limpa e evitar o entupimento de bueiros em períodos de chuva.
No bairro, o processo de compostagem é feito em um terreno localizado ao lado da subprefeitura. O espaço, que comporta até seis das 38 feiras da região, estava abandonado. Com o projeto, outras subprefeituras já entraram em contato interessadas em realizar a compostagem. Com informações doEstadão.
Redação CicloVivo
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César Torres