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sábado, 13 de outubro de 2012

Matriz de posicionamento ambiental

No atual contexto os aspectos relacionados com o meio ambiente, sustentabilidade e seus clientes, passam a ser tão importantes para as empresas quanto o próprio fato de produzir.

As novas políticas na busca do desenvolvimento sustentável e atendimento ao meio ambiente provocaram mudanças ou muitas vezes adaptações nas áreas de processo, gestão ambiental, produção, segurança ou recursos humanos, suprimento e atendimento ao cliente.

Várias referências discutem propostas e validações para matrizes dePosicionamento Estratégico Ambiental que resulta de um modelo que se configura como uma alternativa inovadora, inspirados em trabalhos como a de Kraljic (HAVE, 2003) para administração de materiais e a de Abreu (ABREU et al., 2004) para análise de conduta ambiental das organizações principalmente industriais no cenário em que estão inseridas.

A maioria dos estudos sobre gestão ambiental está relacionada com as práticas ou meios de atender os requisitos legais e ou normas reguladoras. Essa pesquisa esta relacionada com a elaboração de uma matriz onde de uma forma sistemática vai mostrar como as empresas estão em relação aos seus processos ambientais e ver se tem alinhamento estratégico com área de ambiental.

Muitos trabalhos procuram mostrar os indicadores e formas de gestão ambiental, porém analisada em forma de estratégia e com objetivo de mostrar as interfaces das várias situações de cada empresa em uma matriz ambiental é o que o presente estudo tentará identificar.

A Figura 1 mostra a formulação de matriz de posicionamento ambiental, conforme encontrado em vários trabalhos.
Grau de impacto ambientalBaixoISO 14000
Desenvolvimento sustentável
AltoLegislação AmbientalIntegração das Normas ISO 14000, OHSAS 18000, AS 8000 e ISO 9000
BaixoAlto
Desenvolvimento Sustentável
Figura 1 – Matriz de Posicionamento Estratégico Ambiental.

A fundamentação da elaboração da Matriz de Posicionamento Estratégico Ambiental (MPEA) tem como base a Matriz de Correlação entre a Pressão da Estrutura da Indústria e a Conduta ambiental de Abreu (2001, 2004 e 2008) e a Matriz de Kraljic (1983).

Abreu (2001) trabalhou com a Matriz de Correlação entre a Pressão da Estrutura da Indústria e a Conduta Ambiental, mostrando e caracterizando o posicionamento estratégico das empresas, conforme mostrado na Tabela 1.

Tabela 1 – Pressões Ambientais da estrutura da Indústria
Características da Estrutura da IndústriaPressão
AltaBaixa
Impacto ambiental inerente ao processo produtivo e variável com a escala de produção e tecnologia adotadaAlta impacto ambiental das atividade, produtos ou serviçosBaixo impacto ambiental das atividades, produtos ou serviços
Legislação ambientalRegulamentação rígida e fiscalização atuanteRegulamentação e fiscalização incipientes
Exigências ambientais dos StakeholdersExigências reaisExigências potenciais

Da mesma forma uma definição de conduta ambiental e o entendimento das pressões da estrutura das indústrias permite construir uma matriz de correlação.
A Tabela 2 mostra a Matriz de correlação entre a pressão da estrutura da indústria e a conduta ambiental, conforme fundamentação teórica compilada das referências citadas.
Tabela 2 – Matriz de correlação entre a pressão da estrutura da indústria e a conduta ambiental

Pressão da Estrutura da IndústriaAltaDerrotadaSofrívelResponsável
BaixaIndiferenteOportunistaPioneira
FracaIntermediáriaPioneira
Conduta Ambiental

Fonte: ABREU, M.C.S. Tese de Doutorado, 2001.
O segundo pilar de sustentação da Matriz de Posicionamento Estratégico Ambiental é a Matriz de Kraljic (1983). Esta matriz é apresentada na tabela 3 a seguir, sendo utilizada na área de materiais das organizações com o objetivo de obter vantagem competitiva em custo, qualidade, entrega e produtividade.

Tabela 3: Modelo do portfólio de compras
Impactos em custosAltoProdutos de alavancagemProdutos estratégicos
BaixoProdutos de rotinaProdutos Gargalos
BaixoAlto
Riscos de Fornecimento
Fonte: Kraljic, 1983
As empresas cada vez mais testam e usam suas próprias matrizes de posicionamento ambiental. Mas o certo é que não ocorrem mais negligências absolutas no que se refere às questões ambientais ou ao menos este não é mais um discurso social e politicamente aceitável.
ABREU, M.C.S., RAMOS, J.V. FIGUEIREDO, J.H.S. Estratégia – As pressões ambientais da estrutura da indústria, RAE eletrônica, vol.3 n.2, dez., 2004.
ABREU, M.C.S., Modelo de Avaliação da Estratégia ambiental: uma ferramenta para a tomada de decisão, tese de doutorado, 2001, Florianópolis.
ABREU, M.C.S., How to define an environment policy to improve corporate sustainability inDeveloping countries, Business Strategy and the Environmement, Wiley Inter Science 2008
KRALJIC, P. Purchasing must become supply management. Harvard Business Review, v.61 n.5, page. 109-117, 1983.
Dr. Roberto Naime, Colunista do Portal EcoDebate

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