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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Mudanças climáticas causam ataques de ursos no Japão


Segundo a imprensa japonesa, pelo menos quatro pessoas morreram e 80 pessoas foram feridas por ursos no país no período entre Abril e Setembro.


Além disso, cerca de 400 ursos foram mortos por terem invadido áreas urbanas apenas na ilha de Hokkaido. Em Fukushima, no nordeste de Tóquio, 150 ursos foram mortos pelos mesmos motivos, todos encontrados em áreas residenciais.


Especialistas afirmam que as mudanças climáticas e o calor extremo que está fazendo no Japão foram os responsáveis por alterar o comportamento dos ursos, fazendo com que eles precisassem encontrar alimentos em áreas residenciais. A destruição dos habitats dos ursos também está fazendo com que eles não tenham escolha a não ser invadir as cidades.[Telegaph]

Conferência climática da ONU na China termina sem avanços

A conferência climática da Organização das Nações Unidas (ONU) na China terminou praticamente sem avanços. Além disso, a China e os EUA trocaram farpas durante as conferências.

A China culpou os EUA por não cumprir com suas responsabilidades de redução de emissões e por tentar derrubar os princípios da ONU. Já os EUA reclamaram da recusa da China a ter suas políticas de investimento em energia sejam verificadas internacionalmente.

A China se sente injustamente criticada pelos EUA. Um dos negociadores chineses acusou os EUA de se comportarem como um “porco vaidoso”, queixando-se de Pequim quando Washington também não fez muita coisa de fato.

O chefe da delegação dos EUA foi mais diplomático. Mas ele disse que não poderia haver a assinatura dos EUA em qualquer acordo vinculativo que não incluísse a China também, que é a maior rival econômica dos Estados Unidos.

Mas ainda há esperanças de que os encontros não sejam só pura discussão. Pode haver algum progresso na próxima rodada de discussões sobre o clima no México, em novembro.
Nessa reunião, os países podem acertar os detalhes de um fundo que transferirá 168,46 bilhões de reais por ano das nações ricas para as nações mais pobres, para ajudá-las a lidar com as consequências previstas das mudanças climáticas.

Apesar dessa essa soma substancial, os países em desenvolvimento a consideram insuficiente. Esse foi o maior impasse do encontro na China. Apesar da frustração geral, o fundo pode ser acordado em Cancun, o que vai provar que as negociações não estão encerradas.

Porém, se até essa parte das negociações não for decidida, os diplomatas alertam que o futuro das ações climáticas entre as nações estará seriamente ameaçado. [BBC]

Brasil quer adotar medidas econômicas mais ecológicas


Os governos do mundo estão levando em conta o valor econômico da natureza na formulação de políticas. Em especial, o Brasil e a Índia estão entre aqueles que desejam utilizar os resultados de uma análise apoiada pela ONU, o projeto “A economia dos ecossistemas e biodiversidades” (ECB).
A abordagem do ECB é útil para fazer os países compreenderem as implicações da perda da biodiversidade, e também o retorno do investimento em termos de conservação da biodiversidade.
Segundo os desenvolvedores do ECB, a primeira coisa que os governos devem fazer é realizar equivalentes nacionais do estudo ECB global, para analisar o valor real dos serviços do ecossistema para as suas economias.
Os especialistas dizem que as nações devem se concentrar em idéias de aplicação, ou seja, em como transformar as conclusões do estudo em políticas reais. Eles afirmaram que, até agora, 27 governos, da África, da América Latina e um da Ásia, se aproximaram da equipe pedindo ajuda para tornar as suas economias mais “ecológicas”.
Muitos destes querem trazer os resultados globais do ECB para seu contexto nacional, sendo que o Brasil e a Índia estão na vanguarda desses países. O Ministro do Ambiente e Florestas da Índia afirmou que seu país planeja uma avaliação da economia nacional ao longo das linhas do ECB.
O secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente do Brasil disse que o país também está interessado no ECB para uma mudança de direção. Segundo ele, a tradição de muitos países, inclusive o Brasil, tem sido a regulação através de instrumentos de comando e controle. O ECB é uma possibilidade de trabalhar mais com as medidas de incentivo e fazer com que diferentes setores acompanhem a economia ecológica.
A União Européia também apóia os princípios do ECB. Eles também desejam realizar estudos nessa linha. Segundo a secretaria de Meio Ambiente do Reino Unido, o governo vai financiar a implantação do relatório em todo o mundo para comunicar a mensagem central de que, economicamente, temos que tomar medidas para reduzir a perda de nosso ambiente natural antes do custo se tornar alto demais.
Enquanto um número de países, incluindo o Brasil e a Índia, possuem sistemas de conservação de florestas, a implantação da visão do ECB ajudaria a reformar profundamente o ramo de incentivos econômicos e fiscais.
Segundo os especialistas do projeto, as medidas de incentivo devem ser feitas rapidamente. Por exemplo, grandes subsídios são dados à produção de petróleo e gás, sobretudo em países mais ricos. Certamente, eles não precisam desse subsídio.
Ou seja, gradualmente, o ideal era reduzir e eliminar esses subsídios, porque se queremos que as empresas tenham uma consciência ecológica com custo menor para a sociedade, a primeira coisa que temos que fazer é deixar de privilegiar aqueles que não têm essa consciência.
Apesar de muitos países em desenvolvimento apoiarem o conceito ECB, facções políticas podem impedir a aprovação de tal visão em países mais desenvolvidos. Há um projeto que previa que os países concordassem em incorporar valores de biodiversidade nas suas contas nacionais até 2020, eliminando subsídios prejudiciais para a biodiversidade, mas por enquanto, nada foi acordado. [BBC]

Tratamento de resíduos sólidos é desafio para governantes e sociedade


Acabar com os grandes depósitos de lixo que existem no país, os chamados lixões, e promover o tratamento dos resíduos sólidos de forma adequada é o grande desafio do país e uma das prioridades da agenda ambiental. O problema – a destinação dos resíduos sólidos – voltou aos grandes debates nacionais com a aprovação, em agosto, da Política Nacional sobre Tratamento de Resíduos Sólidos, que estava em tramitação há 19 anos no Congresso Nacional.
O diretor do Departamento de Cidadania e Responsabilidade Socioambiental do Ministério do Meio Ambiente, Geraldo Abreu, deu destaque à importância da conscientização de gestores e da sociedade sobre o tema em palestra, na semana passada, no 1º Fórum sobre Resíduos Sólidos da Universidade de Brasília (UnB), na Faculdade de Educação.
O encontro marcou o início da implantação do sistema de coleta seletiva da instituição, que criou o Programa Recicla UnB. “O Brasil deve fazer a sua parte no sentido de garantir melhor qualidade de vida para as gerações futuras e dar a sua contribuição para a sobrevivência do planeta”, disse Abreu.
Ele recomenda, para que haja bons resultados numa política que trata da destinação do lixo, o compartilhamento de ações entre os gestores e a sociedade. Segundo Abreu, o governo federal vem abrindo linhas de financiamento e incentivando os estados e municípios a trabalharem de forma integrada na área da reciclagem de resíduos. Ele observou que, na construção civil, 80% das sobras podem ser recicladas, evitando que os aterros fiquem sobrecarregados recebendo apenas os rejeitos, ou seja, o que realmente for considerado inutilizável.
O diretor apontou a área de resíduos biológicos como uma das mais preocupantes, porque envolve necessidade de um tratamento mais delicado por causa do grau de toxicidade. “São resíduos perigosos, que podem contaminar lençóis freáticos e cursos d’água”.
Abreu enfatizou que, na política de resíduos sólidos, o objetivo não é “conter o consumo por parte da população, mas educar para consumir sem poluir o meio ambiente”. Segundo ele, o país passou “dezenas de anos tratando mal o meio ambiente”. O cenário mudou, na sua opinião, com a aprovação da legislação sobre a gestão de resíduos, em 2005, a aprovação da lei de saneamento, em 2007, e agora, com a lei que fixa regras para tratamento dos resíduos sólidos.
Reportagem de Lourenço Canuto:EcoDebate, 25/10/2010

Recuperação de áreas degradadas por desmatamentos


Os modelos de recuperação de áreas degradadas por desmatamentos ainda não são consensuais entre pesquisadores, autoridades de órgãos ambientais e proprietários. As dificuldades econômicas vividas pela agricultura fazem com que algumas recuperações de áreas degradadas sejam um arremedo, porque não faz sentido órgãos ambientais exigirem a recuperação quando produtores rurais não dispõe das mínimas condições para executarem os projetos.

Seria mais coerente uma análise integral da situação ambiental e situação econômica antes de exigir a recuperação. O mais sensato no caso de não existirem condições financeiras é protelar a recuperação, para que seja bem implantada quando possível.

Os custos de implantação e manutenção ainda são elevados e os métodos controversos (KAGEYAMA, P. Y. & GANDARA, F. B. Dinâmica de população de espécies arbóreas: implicações para o manejo e a conservação. 1994. In: III Simpósio de Ecossistemas da Costa Brasileira. Anais… vol. 2, p.1-9). É necessário pesquisa científica no desenvolvimento de tecnologias mais acessíveis.

Em geral, os maiores projetos são custeados por concessionárias de água, energia ou rodovias, obrigadas pela legislação ambiental a reparar os danos decorrentes de sua atividade.

Existem vários métodos desde a hidrossemeadura, até a dispersão de sementes por aviação agrícola e uma grande quantidade de variações. A SABESP implantou um modelo de módulos bi-específicos, com plantios em sulcos, procurando alias os conceitos de sucessão secundária com a disponibilidade de mudas e incremento contínuo da biodiversidade nos reflorestamentos.

Esta metodologia procura facilitar a implantação de recuperações florestais em campo, com redução de custos e aplicabilidade em diferentes sítios e situações sócio-econômicas (CATHARINO, E. L. M.; RIBEIRO, W.; MENNELLA, M.A. & ALVES, M.A. Avaliação e implementação dos trabalhos de recuperação vegetal de áreas de empréstimo dos reservatórios Jacareí, Jaguari e Cachoeira e da Reserva Florestal do Morro Grande. SABESP. Relatório Técnico, SMA/Instituto de Botânica de São Paulo (Fundepag – Stemag 80-00). São Paulo – SP. 2001. 62p). É um modelo de fácil implementação e que minimiza a eventual falta de mudas, simulando a distribuição das espécies arbóreas como acontece naturalmente.

Para implantação de projetos de recuperação de áreas degradadas, é necessária a avaliação e recuperação da estrutura e da fertilidade dos solos, que podem estar comprometidas devido a lixiviação ou outras restrições químicas e hidrológicas. Este tema poucas vezes é tratado com a atenção necessária e compromete os resultados.

É necessário estabelecer parâmetros de avaliação e monitoramento, capazes de verificar a qualidade dos reflorestamentos heterogêneos, bem como indicar a capacidade de resiliência em áreas implantadas (BARBOSA, L. M. Considerações gerais e modelos de recuperação de formações ciliares. In: Rodrigues, R. R.; Leitão Filho, H. F. (eds.). Matas Ciliares: Conservação e Recuperação. São Paulo, EDUSP: FAPESP, 2000. p. 289-312.

A resiliência significa mensurar se a capacidade de recuperação natural do ecossistema não foi ultrapassada. Se for ultrapassada se tornam necessárias medidas adicionais.

Após o estabelecimento adequado das espécies que serão utilizadas em plantios de recuperação, a garantia de sucesso depende da capacidade da vegetação implantada de se auto-regenerar. Isto justifica os estudos sobre a produção de serrapilheira, chuva de sementes, banco de sementes e características ecológicas e genéticas das populações implantadas (SIQUEIRA, L.P. Monitoramento de áreas restauradas no interior do Estado de São Paulo, Brasil. 2002. 116f. Dissertação (Mestrado) – Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Piracicaba. 2002; SORREANO, M.C.M. Avaliação de aspectos da dinâmica de florestas restauradas, com diferentes idades. 2002. 145f. Dissertação (Mestrado) – Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Piracicaba, 2002).
Roberto Naime, Professor no Programa de pós-graduação em Qualidade Ambiental, Universidade FEEVALE, Novo Hamburgo – RS, é colunista do EcoDebate.
EcoDebate, 25/10/2010

ARTE COM PNEUS

Colaboração: Rosângela Martins










domingo, 24 de outubro de 2010

Casa Garrafas PET

Vejam que interessante!!!!
Programa Minha Garrafa, Minha Casa, Minha Vida - São de mais projetos como esse, que o mundo está precisando!!!Muito boa a idéia, o meio ambiente agradece!

Colaboração: Rosangela M.Siqueira








































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