Na luta para encontrar uma boa fonte de energia renovável, a energia solar e a energia eólica são bons candidatos. Ao invés de escolher entre os dois, cientistas da Universidade Estadual de Washington resolveram combiná-los.
A equipe pretende usar um satélite com mil metros de cabo de cobre e uma vela de 8.400 quilômetros de largura, colocados na exata mesma órbita, para colher o poder do vento solar, gerando um bilhão de bilhões de gigawatts de energia – isso tudo se eles conseguirem fazer com que a energia solar volte a Terra. Essa energia é aproximadamente 100 vezes o que a Terra gasta atualmente.
O vento solar não age como o vento sobre a Terra, e o satélite não gera eletricidade como um moinho de vento.
Então, em vez de girar fisicamente ligado a uma lâmina de uma turbina, o satélite usaria um fio de cobre para capturar elétrons que estão se afastando do Sol em várias centenas de quilômetros por segundo.
Segundo os cálculos da equipe, 300 metros de fio de cobre, ligados a um receptor de dois metros de largura e uma vela de 10 metros, geraria energia suficiente para 1000 casas.
Os pesquisadores disseram que, em princípio, o sistema deve funcionar muito bem, mas há algumas questões práticas que precisam ser resolvidas.
Por exemplo, toda essa potência colhida tem que ser capaz de chegar a Terra. Uma parte da energia gerada pelo satélite seria bombeada de volta para o fio de cobre para criar um campo magnético que capturasse elétrons. O restante da energia iria para um feixe de laser infravermelho, que contribuiria para o abastecimento da energia necessária em todo o planeta dia e noite, independentemente das condições ambientais.
O problema é que ao longo dos milhões de quilômetros entre o satélite e a Terra, mesmo os feixes de laser mais apertados se espalhariam e perderiam muito de sua energia original.
Os pesquisadores disseram que a maioria da tecnologia para criar tal satélite já existe, mas um laser mais focado ainda é necessário. Ainda assim, gerar quantidades úteis de energia de vento solar exigiria um satélite muito grande, e as limitações práticas são uma questão importante.
Segundo os pesquisadores, esses problemas ainda têm que ser resolvidos antes de qualquer satélite do tipo poder ser implantado. [MSN]
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César Torres