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domingo, 24 de março de 2013

Casa da Mulher Brasileira – Um benefício ou palanque político de Dilma?


Oito de março, a Presidente Dilma aproveitando desta data, que é para todos os brasileiros uma data muito especial,  lança inúmeras medidas visando uma maior proteção às mulheres. Lembrando que ao longo da existência das sociedades organizadas são vítimas de abuso, exploração e humilhação.
            O programa que contempla,  “A Casa da Mulher Brasileira”, a ser criada, segundo informou a ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Eleonora Menicucci,  e antecipado pela presidente Dilma Rousseff no dia 08 de março (Dia Internacional da Mulher), irá disponibilizar serviços como Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (DEAM), Juizados e Varas, Defensorias, Promotorias, equipe psicossocial (psicólogas, assistentes sociais, sociólogas e educadoras, para identificar perspectivas de vida da mulher e prestar acompanhamento permanente) e equipe para orientação ao emprego e renda. A prevenção é uma das prioridades do programa, que inclui em sua estrutura cinco campanhas educativas de conscientização.
            Todos os brasileiros concordam da importância em dar uma estrutura maior de proteção à mulher, considerando os números crescentes e alarmantes de violência contra as mesmas. Mas o que questionamos na atitude da Presidente Dilma, é que, a simples criação de um programa de proteção à mulher, não irá acabar com a criminalidade contra as mesmas. Acho bastante demagógico o programa, e com sintomas fortes de campanha eleitoral, considerando o número representativo de mulheres eleitoras, número que já superam os votos dos homens, podendo portanto decidir a eleição presidencial.
            Nós sabemos que a violência contra mulher está muito mais aliada a outros fatores muito mais importante do que um simples problema conjugal ou conflitos sentimentais e amorosos, etc. Está sim, vinculado ao reflexo da  fragilidade de nossas leis, da incapacidade do Estado em dar segurança pública ao cidadão e de coibir a criminalidade.
            Não adiante criar programas para  identificar e prender os criminosos, se na hora de fazer a verdadeira justiça, os criminosos são beneficiados pelas Leis, a exemplo de Bruno e Misael que cometeram crimes bárbaros e estarão livres antes mesmo da decomposição total dos corpos de suas vítimas. Impunidade é a palavra chave.
             O descaso do Governo e do Congresso Nacional em dotar o país de Leis mais duras e aumentar a capacidade prisional do estado é uma realidade. Sabemos que as atitudes isoladas como estas, não irão atacar o centro do furacão e impedir a violência contra a mulher. Pois, ela está inserida no contexto social onde vivem as crianças, os jovens, os velhos, trabalhadores e brasileiros de toda etnia e classe social, também os assaltantes, os traficantes, marginais de toda espécie e periculosidade.
            Todos se tornaram vítimas diariamente dos criminosos, dentro do ambiente de trabalho, no interior das residências, na rua, ou em qualquer ambiente no território nacional. Não existe mais segurança no Brasil. Estamos dominados pelo crime organizado que se encontra mais organizado do que o Estado. O sistema está falido!
            Senhora Presidente Dilma Rousseff, está na hora de levar mais a sério a vida do brasileiro, sabe-se que esta atitude na criação da Casa da Mulher é apenas uma gota de água no oceano da violência no Brasil. É como dar uma bala doce para acalentar uma criança faminta. O programa não irá satisfazer a fome de justiça que domina o sentimento do brasileiro.
            Precisamos sim, é de uma reforma profunda no Código penal. Ousar mais na construção de uma verdadeira política de proteção à vida. E não usar como palanque assuntos tão importantes, distribuindo as migalhas e utilizando holofotes tão potentes em rede nacional, visando dar uma falsa visibilidade ao projeto.
            Esta é mais uma maneira de tratar os brasileiros como anencefálicos, e mais uma vez, visualizar mais quatro anos de mandato para se deitar em berço esplêndido. Postura esta que atende apenas a um projeto político partidário e a conquista do poder pelo poder. 

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César Torres

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