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sábado, 9 de março de 2013

Sistema brasileiro de reciclagem de embalagens de agrotóxicos é exemplo para Moçambique



A cadeia tornou-se obrigatória há dez anos, envolvendo desde os fabricantes das embalagens até os comerciantes que têm de estocar o produto para o recolhimento e o agricultor que tem a obrigação de devolver a embalagem nos postos de venda do produto.| Foto: Renato Araújo/ABr

             Autoridades de Moçambique, na África, ligadas às áreas de defensivos agrícolas, meio ambiente, agricultura e alimentação, chegam hoje (3) ao Brasil para conhecer o sistema de logística reversa de embalagens vazias de agrotóxicos utilizados no campo. Os africanos querem entender como funciona a cadeia de gestão pós-consumo, desde a entrada das embalagens vazias nas unidades de recebimento até a destinação final, que prevê reciclagem ou incineração do material.




Em 2012, foram recolhidas mais de 37 mil toneladas de embalagens e a expectativa é que, este ano, o sistema recolha 40 mil toneladas. A cadeia tornou-se obrigatória há dez anos, envolvendo a responsabilidade de todos os agentes, desde os fabricantes das embalagens, responsáveis pela reciclagem ou destruição da embalagem, até os comerciantes que têm de estocar o produto para o recolhimento e o agricultor que tem a obrigação de devolver a embalagem nos postos de venda do produto.

A agenda da delegação de Moçambique, que prevê compromissos até o próximo dia 8, começa no Paraná, onde os africanos vão visitar a central de recebimento de embalagens vazias de Francisco Beltrão. No local, ocorre a devolução e o recebimento de embalagens lavadas e não lavadas, a inspeção, a classificação do material, a emissão de comprovante de devolução, a separação das embalagens por tipo, a compactação e a emissão de ordem de coleta.

Ao longo da semana, as autoridades moçambicanas também vão acompanhar o trabalho de outra central em Rondonópolis, Mato Grosso, e a fábrica de transformação de plástico do InPEV, instituto que representa a indústria fabricante de defensivos agrícolas, em Taubaté, São Paulo, onde é encerrado o ciclo de vida das embalagens de defensivos agrícolas pós-consumo.

A previsão é que a delegação seja integrada pelo coordenador nacional do Projeto de Eliminação de Pesticidas Obsoletos em Moçambique, Khalid Cassam, do diretor nacional dos Serviços Agrários do país, Mahomed Rafik Vala, do diretor de Meio Ambiente da Agência de Controle de Qualidade do Ministério Para Coordenação Da Ação Ambienta, Daude Mahomede, do representante da Indústria de Defensivos Agrícolas, Alexandre Pelembe e do técnico do Grupo de Pesticidas de Redução de Risco da Organização para a Alimentação e Agricultura das Nações Unidas, Richard Thompson. Carolina Gonçalves, da Agência Brasil

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César Torres

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