César Torres
Mais
uma vez a sociedade brasileira assiste indignada a ação da justiça no Brasil. Goleiro
Bruno é condenado a 22 anos e 3 meses de prisão. Um crime que chocou a
população brasileira dado o requinte de crueldade em que foi praticado. Além de
matar e esquartejar o corpo, usou dos restos mortais para tratar dos cães como
forma de desaparecer com os indícios
A defesa do goleiro espera que Bruno
possa estar nas ruas em 2017. Por ter cumprido dois anos e nove meses da pena.
E, por ter trabalhado na lavanderia da penitenciária Nelson Hungria durante o
tempo em que está preso. Considerando “o
código de proteção ao criminoso”, o jogador ainda tem direito a mais uma
parcela de redução na punição. Segundo previsão do advogado de defesa Lúcio Adolfo,
Bruno poderá progredir para o regime semiaberto em três anos e seis meses. Se
continuar a trabalhar na prisão, a expectativa é que esse prazo caia para dois
anos e oito meses.
A expectativa de todos os brasileiros seria uma pena
mínima de 30 anos para Bruno. Motivo de tanta indignação da sociedade com a
pena de 22 anos. Imaginamos que a sentença dada pela juíza Marixa Fabiane Lopes
Rodrigues teve também influência de um temor da magistrada em receber alguma
retaliação por parte dos criminosos para aceitar argumentos tão fracos para
redução da pena como, o de que o Réu confessou o crime.
O Brasil se encontra literalmente nas mãos da
criminalidade, onde o cidadão de bem foi desarmado e os bandidos dominantes
aumentaram o seu arsenal com armas de todo calibre. A justiça se
encontra amordaçada e impotente diante de tantos benefícios contidos no código
penal. Não seria o momento de voltar a conceder a todo cidadão o porte de arma?
Assim os criminosos teriam um pouco mais de receio de invadirem as residências
e fazer os famosos arrastões nos prédios nos restaurantes e comércios, por não
saberem o nível de resistência que encontrariam.
A ousadia dos criminosos chegou ao
limite da racionalidade, existindo uma inversão de valores perigosa e fatal.
Hoje a polícia tem medo dos bandidos, principalmente nos grandes centros
urbanos, vivem acuados e se escondendo, pois, não podem mais serem
identificados como policiais fora do horário de trabalho. Quem contraria os
interesses do crime organizado assina sua sentença de morte, e a execução é
consumada sem o menor receio dos criminosos de serem pegos. Recentemente temos
o exemplo do Repórter Policial Rodrigo Neto, executado na Cidade de Ipatinga
por acompanhar as ações dos policiais e divulgar a criminalidade. E até agora
sem indício dos culpados, e em breve cai no esquecimento e ninguém é punido.
Estão
tentando amordaçar também a imprensa, como fizeram com a polícia e a justiça.
Estamos vivendo sim, um pesadelo e um desequilíbrio social sem precedente.
Quando surgem grupos de extermínio, a justiça começa a buscar imediatamente os
responsáveis para evitar que se promova a justiça pelas próprias mãos. Mas os
grupos só surgem pela incompetência da justiça e a existência de leis frágeis
dando ao marginal a certeza da impunidade. Será
que as autoridades não estão ouvindo o clamor social por mudanças na legislação
por leis mais duras e uma maior investimento na segurança pública? Quantos mais
terão que morrer para uma atitude mais efetiva de nossas autoridades? A
imprensa de todo pais, por unanimidade vem cobrando atitude dos governantes,
mas parecem todos surdos, não sentimos o menor esboço de uma vontade política
por mudanças.
Mas temos a certeza de uma atitude
em 2014, teremos eleições e os candidatos utilizarão a criminalidade como proposta
eleitoreira, assim se completará mais um ciclo da vergonhosa e inoperante
política brasileira. Enquanto isso, se cuide, ou poderá ser a próxima vítima.
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César Torres