“Nosso tijolo tem a mesma durabilidade do convencional", diz Willians da Rocha, criador do material de construção sustentável. | Foto: Marcos Santos/ USP Imagens
Os estudantes Willians Francisco da Rocha e Anna Rebeca Fonseca, ambos de 17 anos, criaram um tijolo feito de bagaço de cana de açúcar e argila vermelha. O material ecológico desenvolvido na cidade de Camaragibe possui as mesmas propriedades da versão convencional, com a vantagem de ser mais barato e sustentável.
O objetivo dos criadores não só era desenvolver um novo material de construção ecológico, mas também arrumar um destino para o excesso de lixo que os vendedores de cana-de-açúcar deixavam nas ruas da cidade pernambucana. Assim, a equipe coletou os resíduos e conseguiu fazer um tijolo apenas com bagaço e argila, matéria-prima abundante na região em que vivem.
Willians falou sobre a composição do tijolo e explicou porque o material não agride o meio ambiente. “Nosso tijolo tem a mesma durabilidade do convencional. A grande diferença é que não utilizamos terra preta, cuja extração polui os rios, e aproveitamos o bagaço da cana, que é muito descartado em Camaragibe”, revelou o estudante ao G1.
Vale lembrar que as construções com tijolos ecológicos estão liberadas no país, uma vez que o material é normatizado e possui certificação pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). O tijolo de cana, criado pelos jovens estudantes, têm o custo de produção mais barato que os convencionais, mas ainda não há informações sobre quando a inovação chega ao mercado.
O material foi apresentado durante a 11ª edição da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (FEBRACE), que terminou nesta quinta-feira (14), no campus da Escola Politécnica da USP. O evento apresenta as principais inovações desenvolvidas por alunos das escolas públicas de todo o Brasil, com soluções voltadas para sustentabilidade, saúde e inclusão social.
Dentre as invenções expostas na feira, destacam-se um copo biodegradável comestível e um tênis que conta com um mecanismo capaz de gerar eletricidade. Com informações do G1 e da Agência USP.
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César Torres