Importante ferramenta de suporte à fiscalização na Amazônia, o sistema DETER – Detecção do Desmatamento em Tempo Real, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), indica que no último mês de maio 268 km² da floresta sofreram corte raso ou degradação progressiva. Na tabela abaixo, a distribuição por Estado do desmatamento verificado por satélites em maio.
Acre | 0,4 km² |
Amazonas | 29,7 km² |
Maranhão | 6,5 km² |
Mato Grosso | 93,7 km² |
Pará | 65,5 km² |
Rondônia | 67,9 km² |
Tocantins | 4,3 km² |
TOTAL | 268 km² |
Mapa de alertas de maio
Relatórios completos sobre o desmatamento verificado maio, bem como nos meses anteriores, estão disponíveis na página: www.obt.inpe.br/deter
Relatórios completos sobre o desmatamento verificado maio, bem como nos meses anteriores, estão disponíveis na página: www.obt.inpe.br/deter
Alerta
Em operação desde 2004, o DETER é um sistema de alerta para suporte à fiscalização e controle de desmatamento. Embora os dados sejam divulgados em relatórios mensais ou bimestrais, os resultados do DETER são enviados quase que diariamente ao Ibama, responsável por fiscalizar as áreas de alerta.
O DETER utiliza imagens do sensor Modis do satélite Terra, com resolução espacial de 250 metros, que possibilitam detectar polígonos de desmatamento com área maior que 25 hectares. Nem todos os desmatamentos são identificados devido à eventual cobertura de nuvens.
A menor resolução dos sensores usados pelo DETER é compensada pela capacidade de observação diária, que torna o sistema uma ferramenta ideal para informar rapidamente aos órgãos de fiscalização sobre novos desmatamentos.
Este sistema registra tanto áreas de corte raso, quando os satélites detectam a completa retirada da floresta nativa, quanto áreas classificadas como degradação progressiva, que revelam o processo de desmatamento na região.
Os números apontados pelo DETER são importantes indicadores para os órgãos de controle e fiscalização. No entanto, para computar a taxa anual do desmatamento por corte raso na Amazônia, o INPE utiliza o PRODES (www.obt.inpe.br/prodes), que trabalha com imagens de melhor resolução espacial capazes de mostrar também os pequenos desmatamentos.
Em função da cobertura de nuvens variável de um mês para outro e, também, da resolução dos satélites, o INPE não recomenda a comparação entre dados de diferentes meses e anos obtidos pelo
DETER.
A cada divulgação sobre o sistema de alerta DETER, o INPE apresenta também um relatório de avaliação amostral dos dados. Os relatórios, assim como todos os dados relativos ao DETER, são públicos e podem ser consultados em www.obt.inpe.br/deter
Fonte: INPE - Ecodebate.
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César Torres