Os cientistas fizeram análises com base em dois cenários em que as
temperaturas variariam entre uma elevação de 2ºC a 5ºC. l Foto: CityShoes
Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) e da Fundação Estadual de
Meio Ambiente analisaram os impactos das mudanças climáticas em Minas Gerais.
Segundo o estudo, até 2050 o estado pode ter um prejuízo de até R$ 450
bilhões.
Os cientistas fizeram análises com base em dois cenários em que as
temperaturas variariam entre uma elevação de 2ºC a 5ºC. Os principais impactos
gerados por essa mudança seriam sentidos na agropecuária e indústria, em
consequência, o estado sofreria outros problemas causados pelo êxodo rural.
Para chegar a essas conclusões os pesquisadores utilizaram um sistema criado
em 2009 usado para o cálculo do impacto do aquecimento global na economia
brasileira e também foram consideradas as projeções do Painel Intergovernamental
sobre Mudança do Clima (IPCC).
No norte do estado o impacto maior seria sentido no setor agrícola devido às
mudanças nas precipitações. É possível que a região sofra com escassez de chuva,
reduzindo a produtividade e aumentando o êxodo rural.
O centro de MG, que inclui a capital Belo Horizonte, seria a área mais
impactada economicamente, com a perda estimada entre R$ 114,2 bilhões e R$
335,39 bilhões. Neste caso, o principal setor afetado seria a indústria,
obrigada a diminuir a produção por falta de energia. Com menos chuvas as
hidrelétricas teriam que operar com capacidade reduzida.
Outro impacto que pode ser sentido no estado é em relação ao desmatamento.
Para os especialistas, a falta de terras destinadas à agricultura se refletirá
em mais desmatamento da floresta nativa. A estimativa é de que a perda ambiental
aumente em 34,7%, o equivalente a 25.609 km2.
O estudo serve de alerta para que o governo local atente às mudanças
necessárias para reduzir as emissões de gases de efeito estufa e também às
tecnologias agrícolas que minimizem o impacto ambiental da produção. Com
informações do Globo Natureza.
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César Torres