O tráfico de animais silvestres ainda é um problema constante no Brasil. As estimativas são de que anualmente 38 milhões de animais sejam comercializados ilegalmente no país, conforme informações da Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres (Renctas).
Entre os animais estão espécies ameaçadas de extinção e até mesmo alguns exemplares já considerados extintos. Alguns exemplos são: arara azul e amarela da Amazônia, papagaios, macacos, tartarugas e até mesmo animais maiores e perigosos, como sucuris e onças-pardas.
O principal alvo dos traficantes são as aves, que segundo a organização representam 80% dos animais caçados e vendidos ilegalmente. Outro problema que torna a situação ainda pior é o fato de que 90% destes animais morrem no caminho, segundo Rauff Lima, porta-voz da instituição de proteção aos animais.
O controle sobre a atividade ilegal é muito difícil, tanto que o tráfico de animais é altamente rentável, movimentando aproximadamente dois bilhões de dólares, somente no Brasil. Apenas o tráfico de drogas e o tráfico de armas ficam à frente dos animais, como confirmado pela ONG em publicação da Agência AFP.
Os animais que, porventura, são resgatados pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais) ou são capturados durante as operações da Polícia Federal são encaminhados ao Centro de Triagem de Animais Silvestres do Ibama, o Cetas. No entanto, ainda existem problemas com a falta de espaço para abrigar adequadamente os animais e, nem mesmo, os zoológicos dão conta de receber as espécies, que em muitos casos precisam de cuidados especiais e não podem retornar à natureza.
Há mais de dez anos a Polícia Federal tem trabalhado para aumentar a fiscalização e impedir o crescimento dessas ações ilegais, no entanto o que se tem visto é um aumento contínuo no número de espécies ameaçadas de extinção. A estimativa do Ministério do Meio Ambiente é de que atualmente 627 tipos de animais estejam nesta lista, um número três vezes maior do que o registrado há 15 anos. Com informações da AFP. Redação CicloVivo
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César Torres