Publicado edição dia 16/05/2012 - Pag: 11
César Torres
Nas últimas décadas o homem começou a tomar consciência do estrago que causou ao meio ambiente. As iniciativas foram muitas, os resultados nem tanto. Estamos diante de uma catástrofe anunciada e as atitudes ainda não são levadas a sério na medida certa.
Nas últimas décadas o homem começou a tomar consciência do estrago que causou ao meio ambiente. As iniciativas foram muitas, os resultados nem tanto. Estamos diante de uma catástrofe anunciada e as atitudes ainda não são levadas a sério na medida certa.
Quando os movimentos ambientalistas começaram a tomar forma e radicalmente promoverem ações para chamar atenção do mundo para uma nova realidade, a exemplo do Greenpeace,e a divulgação dos relatórios do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) sobre as mudanças climáticas e suas consequências, é que atitudes concretas passaram a existir.
Os sérios problemas ambientais que afetam o planeta passaram então ter a visibilidade necessária para uma tomada de decisão, foram a causa da convocação pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em 1968, da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, que veio a se realizar em junho de 1972 em Estocolmo.
A Conferência contou com representantes de 113 países, 250 organizações não governamentais e dos organismos da ONU. A Conferência produziu a Declaração sobre o Meio Ambiente Humano, uma declaração de princípios de comportamento e responsabilidade que deveriam governar as decisões concernentes a questões ambientais.
Em 1988 a ONU aprovou uma Resolução determinando à realização, até 1992 de uma Conferência sobre o meio ambiente e desenvolvimento que pudesse avaliar como os países haviam promovido a Proteção ambiental desde a Conferência de Estocolmo de 1972.
A conferência conhecida como Rio 92 ou "Cúpula da Terra", e realizou-se no Rio de Janeiro entre 3 e 14 de junho de 1992, contando com a presença de 172), representados por aproximadamente 10.000 participantes, incluindo 116 chefes de Estado. Além disso, receberam credenciais para acompanhar as reuniões cerca de 1.400 organizações-não-governamentais e 9.000 jornalistas.
Como produtos dessa Conferência foram assinados 05 documentos. São eles:
1. Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento
2. Agenda 21
3. Princípios para a Administração Sustentável das Florestas
4. Convenção da Biodiversidade
5. Convenção sobre Mudança do Clima
Os documentos assinados surtiram algum efeito positivo, a iniciativa privada, principalmente as grandes empresas, passaram a mudar todo o seu conceito de produção buscando a sustentabilidade como objetivo maior na oferta de produtos e serviços. A educação formal também iniciou um trabalho multidisciplinar abordando o tema.
Muitos outros eventos vêm sendo realizados em vários níveis pelo mundo, como forma de promover as mudanças de atitude em preservar o nosso planeta. Observando o movimento Governamental e de ONGs etc., em favor do meio ambiente, nos da a impressão que as coisas estão caminhando no rumo certo e que em breve o meio ambiente estará preservado, e o homem poderá voltar a respirar com tranquilidade, e as futuras geração estarão protegida da degradação preconizada.
A situação passa por vários momentos, a coragem política de se tomar atitude, o dilema em crescer sem consumir, consumir sem destruir, sabe-se que mudar a mentalidade de uma cultura capitalista não é uma tarefa fácil ou talvez nem aconteça.
A mídia se tornou uma aliada importantíssima em movimentos ambientalistas, e mesmo no trabalho de educação e conscientização social da importância da sustentabilidade, mas o antagonismo está presente em suas ações, a mídia não vive sem patrocinador e a função da mídia é estimular o consumo que é o objetivo do investidor, como administrar essa situação?
As mudanças necessárias são muito radicais. Importante é que o homem tome consciência e comece a mudar os seus conceitos, caso contrário estaremos sempre sendo embaídos como se as mudanças climáticas, o derretimento das geleiras, as secas, a desertificação, a destruição da camada de ozônio, a fome, nada disso estivesse acontecendo em velocidade alucinante. Agora as expectativas de mudanças e a esperança de uma conscientização global está na Rio+20.
Estamos vivendo como a história do Sapo, quando colocamos o sapo em uma panela de água quente, ele esperneia até saltar fora, mas quando o colocamos em uma panela de água fria e colocamos o fogo e ela esquenta aos poucos, ele fica quieto pensando ser possível suportar as mudanças até morrer cozido.
Um minuto de silencio para o planeta, é em memória das centenas de espécimes de animais e aves que foram extintas e continuam nos dias atuais, é em memória de milhares de arvores derrubada todos os dias, é em memória dos rios que a cada dia sofrem com a poluição, enfim é em memória de uma geração perdida, que busca um porto seguro e encontra no Congresso Nacional uma bancada ruralista tentando destruir o pouco de florestas existentes e protegidas pelo Código Florestal, inserindo mudança casuística, e aprovando um Código Florestal danoso ao meio ambiente, considerando nosso governo incompetente na gestão ambiental e que divulga como mérito, a diminuição do desmatamento e não o seu fim. Pedimos um minuto de silencia pela impunidade dos grandes poluidores e desmatadores. Espera-se, “VETA DILMA” o novo Código aprovado pelo Congresso Nacional.
Pergunto: Como você se encontra dentro desse contexto? O que tem feito de concreto para o meio ambiente? Ou pretende ficar como o sapo na panela de água fria sendo aquecida esperando a morte chegar? Pense nisso!
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César Torres