A cooperativa rural Coopedota de San José, Costa Rica, recebeu uma certificação carbono neutro pela produção de café, pois reduzem as emissões desde a plantação até o transporte. O produto “limpo” também usa o mínimo possível de produtos químicos.
São 800 produtores trabalhando para levar ao mercado um produto que não prejudica o meio ambiente. Em troca, ganharam a certificação da organização Carbon Clear e da British Standards Institution. O produto está no mercado e chega aos consumidores dos Estados Unidos, Europa e Ásia.
A cooperativa não tinha inicialmente esta preocupação, mas há 15 anos resolveu modificar seu processo de produção. Com a alteração, a empresa teve que adaptar suas tecnologias, métodos de cultivo e redobrar o cuidado com as plantas. "A parte mais contaminante do processo de produção do café é a semeadura e a manutenção dos cafezais, especialmente pelas más práticas agrícolas herdadas do passado", afirma o gerente-geral de cooperativa, Roberto Mata, ao Globo Rural.
De acordo com o gerente, os produtores tiveram que reduzir o uso de diversos agroquímicos nas plantas, em especial os herbicidas, que têm um efeito rápido no combate às ervas daninhas, mas que por outro lado contaminam o solo e é prejudicial à saúde humana.
No cafezal tudo é aproveitado, as árvores dão sombra às plantas de café, as folhas e galhos servem de abono natural para a terra, assim como os resíduos da tostagem do grão. No controle de fungos, insetos e doenças do café são utilizados microorganismos como outros tipos de fungo, bactérias e algas.
Já para processar o café substituem a lenha pela casca e outros subprodutos do próprio grão como combustível de seus fornos de secagem. Com isso, há uma economia de até oito mil metros cúbicos de madeira ao ano. A água também é reaproveitada para a irrigação dos campos. Para reduzir o consumo de eletricidade, a empresa utiliza a seiva do café como base para obter etanol que serve de fonte de energia.
A cooperativa consegue minimizar em 30% as emissões de CO2. Na Costa Rica, o café Dota carbono neutro tem um custo de US$ 30 o quilo. Com informações do Globo Rural.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pelos comentários.
César Torres