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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

FOGO - Crimes Ambientais



Mais de cem militares de várias unidades do Corpo de Bombeiros lutavam, neste sábado (24), contra oito grandes incêndios em Minas. O fogo devastou as reservas da Serra da Baleia, Região Leste de Belo Horizonte, debelado após queimar 50 mil metros da mata; da Serra do Cipó, no município de Morro do Pilar, Região Central de Minas;  da Serra do Rola Moça, na Região Metropolitana de BH; Serra do Cabral, próximo a Curvelo e Buenopólis; Morro de Santa Quitéria, em Santa Bárbara;  Jardim Canadá, na BR 040, próximo condomínio Retiro da Aldeia;  Serra do Papagaio;  São Sebastião das Águas Claras - Macaco, na mata do condomínio Parque do Engenho.

 Até o início da noite, o plantão central do Corpo de Bombeiros, em Belo Horizonte, não tinha informações sobre as extensões de vegetação e reservas destruídas pelas chamas. O fogo avançava com rapidez, alimentado pela baixa umidade do ar e pelos ventos.

 Na Serra do Rola Moça, na área localizada entre os municípios de Nova Lima e Brumadinho, na RMBH, as chamas avançavam pelas encostas íngremes, muitas vezes inacessíveis. O fogo assustou moradores dos condomínios Morro do Chapéu e Retiro das Pedras – onde os vidros de uma capela trincaram – e de Casa Branca. O combate na mata começou na última sexta-feira.

 Dezenas de militares do Corpo de Bombeiros e brigadistas também estavam empenhados no combate ao fogo que destruíam vários alqueires da Mata da Baleia, no Bairro Nossa Senhora de Fátima, na Região Leste da capital. O fogo ameaçava avançar na direção de um posto de saúde, de algumas casas e também da área do Hospital da Baleia. A maior dificuldade dos bombeiros e brigadistas era enfrentar o fogo em áreas de mata fechada.

Na Serra do Cipó, entre os municípios de Morro do Pilar e Conceição do Mato Dentro, várias frentes de incêndios destruíam a vegetação. O fogo começou na tarde da última sexta-feira e continuava hoje, dando trabalho para 38 militares do Corpo de Bombeiros e vários brigadistas da região.

As chamas destruíram tudo o que encontravam pela frente, nas margens da rodovia estadual MG-232. Este foi o incêndio que exigiu mais trabalho do Corpo de Bombeiros. Até o fim da tarde de deste sábado os incêndios não haviam sido controlados.

É de se lamentar episódios como este de grandes proporções ser um ato criminoso e ninguém ser punido. Nos últimos anos e agora em 2011 com possibilidade de um desfecho final, estamos assistindo o Congresso Nacional debater as mudanças no código florestal, com possibilidade de anistias para os crimes ambientais e a diminuição das responsabilidades para a sociedade através dos novos limites de APPs e outras facilidades, propiciando a avanço da destruição ambiental.
O planeta se encontra em exaustão, será possível que o homem não percebe que o planeta possui os recursos finitos? E que o crescimento demográfico e o consumismo já são fatores impactante e de grande preocupação para preservação ambiental? É preciso repensar as leis de crimes ambientais e suas aplicações, a impunidade ainda é o maior estímulo para os criminosos utilizarem o fogo criminoso como forma de desmatamento sem serem penalizados.

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César Torres

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