Os avanços tecnológicos permitiram que os seres humanos explorassem os mares mais profundamente do que nunca, revelando a vasta biodiversidade do maior ecossistema da Terra, mas a tecnologia também resultou na maior degradação dos oceanos.
Uma nova pesquisa apontou os impactos humanos que estão provocando mais efeitos negativos no oceano e descobriu que os habitats das zonas mais profundas são as mais vulneráveis a esses efeitos.
O mar profundo se estende desde o final da plataforma continental, uma profundidade de 200 a 250 metros até a grande profundeza abissal, com 3 a 6 mil metros de profundidade, podendo chegar a até 11 mil metros em áreas como a Fossa das Marianas.
O mar profundo cobre 73% dos oceanos, e os cientistas continuam descobrindo novos habitats e espécies de animais e plantas. Mas os impactos negativos da atividade humana parecem ser muito mais rápidos do que essas pesquisas.
Os impactos humanos são divididos em três categorias: lixo e resíduos, exploração oceânica e mudanças climáticas. Despejar lixo nos oceanos é uma prática proibida desde 1972, mas o lixo do passado continua trazendo consequências negativas nos dias atuais, além do contínuo despejo de lixo ilegal por navios.
O lixo acumulado se espalha por oceanos de todo mundo. Também pode alcançar as áreas costeiras e os rios. Há evidências crescentes de acumulação de poluentes químicos como mercúrio, chumbo e orgânicos resistentes (como dioxinas) em sedimentos e organismos das águas profundas.
Atualmente, os maiores impactos negativos diretos vêm da exploração de recursos do mar profundo, especialmente pela pesca. No futuro, no entanto, os impactos mais penetrantes podem vir da acidificação do oceano e das mudanças climáticas. Alguns dos efeitos da acidificação e das mudanças climáticas incluem o aumento da temperatura da água, o acúmulo de nutrientes (que pode levar à proliferação de algas) e mudanças na circulação oceânica.
Os habitats mais vulneráveis aos impactos humanos são os bentônicos, os corais de água fria e as comunidades do mar profundo em cânions. Num futuro próximo, a extração mineral em fontes hidrotermais e, possivelmente, em planícies abissais também podem colocar esses habitats em risco. [LiveScience]
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César Torres