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sábado, 28 de abril de 2012

2200 - NO LIMITE

Novo livro - Publicação prevista para maio
Lançamento no IV Congresso Regional e I Internacional de Educação de Inhapim

Ao longo de minha vida, tenho buscado na educação ambiental a forma mais eficaz na formação de pessoas ambientalmente conscientes e comprometidas. Venho publicando sistematicamente em meu Blog Ambiental  e colunas de Jornais da região as minhas opiniões e sugestões relacionadas ao meio ambiente.  Hoje sabemos que existem inúmeros meios de informações que disponibilizam conhecimento e mostram todos os principais aspectos das  ações degradantes do meio ambiente pelo homem. 

O Livro 2200 – NO LIMITE, tem em seu conteúdo a história de um planeta que chegou ao limite de exaustão. Tentar compreender a mente humana com suas infinitas vertentes que direcionam suas atitudes nos coloca diante de uma triste realidade de não encontramos como regra o desejo de contribuir na construção de uma sociedade mais humana e consciente de suas responsabilidades para com as futuras gerações. O planeta terra se encontra doente, isto é um fato. Refletir com profundidade nas causas e consequências dessa enfermidade crônica e progressiva, não dá ao cidadão um agradável e salutar retorno espiritual. Cria sim, uma batalha de consciência que o impede de viver o presente com tanta intensidade no conforto e deleite das luxúrias e benesses que a vida do consumo inconsequente nos oferece.

Criamos uma projeção que aparentemente nos leva a crer que se trata de um pensamento catastrófico ou um  louco por terrorismo mental. O que as pessoas não percebem é que estamos levando de fato o planeta terra para um caminho do caos  sem volta.

 Buscando na evolução social e na degradação ambiental, é possível prever o que se espera para as futuras gerações, dada a evolução rápida de degradação e os desequilíbrios ecológicos que se manifestam diariamente em todas as regiões do planeta. Os efeitos climáticos somente passam a ter importância para o homem quando ele sente  seus efeitos na carne, e não é assim que devemos ver a vida. Se for possível buscar um equilíbrio conhecendo  nossa realidade e participando das soluções, porque pagar um preço alto do descaso e ainda deixar para às futuras gerações uma conta impagável?

Acreditamos sim, que ainda existe uma forma de desacelerar esse processo com a participação efetiva de cada um, buscando no cotidiano contribuir com práticas ecologicamente correta  nas mais simples e elementares atividades.

 O livro 2200 – NO LIMITE, possui também um conteúdo para pesquisa e informações técnicas de como ser um cidadão consciente, mostrando como praticar e ter  um comportamento ecologicamente correto em nosso dia a dia.  O livro propõe também uma fonte de pesquisa para atender os alunos que buscam enriquecer o seu conhecimento e ajudá-los na elaboração de trabalhos escolares. Vamos salvar assim nosso planeta,  cumprindo o nosso papel maior, o de preservar o que nos foi oferecido de graça pelo nosso Criador.
 O BLOG - “(EA) Nosso Futuro Comum - http://cesaratorres.blogspot.com.br/”, possui todo conteúdo necessário para complementar as informações técnicas contidas na segunda parte deste livro.

César Torres

sexta-feira, 27 de abril de 2012

Economia Verde


Matéria Publicada 26/04/12

De acordo com a ONU, a Economia Verde pode ser definida como aquela que resulta em melhoria do bem-estar das pessoas devido a uma maior preocupação com a equidade social, com os riscos ambientais e com a escassez dos recursos naturais. Nesta reconciliação entre a economia e o meio ambiente, o desenvolvimento sustentável enfatiza uma abordagem holística, equitativa e à tomada de decisões em todos os níveis com eficiência e responsabilidade. O forte desempenho econômico vivido hoje no Brasil, e o desenvolvimento sustentável competem à integração e uma análise equilibrada dos objetivos sociais, econômicos e ambientais e os objetivos na tomada de decisão tanto pública quanto privada. Várias iniciativas importantes foram tomadas, mas ainda ostentamos o 5º lugar entre os países que mais emitem o gás de efeito estufa no planeta.

O tema Economia Verde toma força na próxima Conferência da ONU Rio+20, na busca do Desenvolvimento Sustentável. A União Europeia vai propor avançar na direção de uma economia de respeito ao meio ambiente, "Criar uma economia verde e integradora para a construção de um desenvolvimento sustentável", essa é a receita que a UE defenderá no Rio+20 para enfrentar os desafios impostos pela pobreza e a mudança climática. Conforme revelação em entrevista da ministra do Meio Ambiente dinamarquesa, Ida Auken.

Afinal, o que é Economia Verde?

“Economia verde é crescimento, erradicação da pobreza e justiça social”
Economia Verde é o conjunto, organizado e segmentado, dos integrantes da sociedade que já decidiram pela oferta e demanda de nova classe de produtos, serviços e atividades sociais - ambientalmente responsáveis e sustentáveis.
Economia Verde é o resultado da aplicação inequívoca do conceito do Desenvolvimento Sustentável, isto é; práticas socialmente justas, economicamente viáveis, e ambientalmente corretas.

Enquadrar a questão social na discussão é justamente a grande preocupação do Brasil em relação às implicações da economia verde. Uma das propostas brasileiras é a de acréscimo da expressão “inclusiva” ao termo no documento final da Rio+20. Em economia verde inclusiva, você teria os três pilares do desenvolvimento sustentável, que são o econômico, o ambiental e o social, afirma o embaixador André Corrêa do Lago o maior obstáculo para as políticas do desenvolvimento sustentável é dificuldade de enquadrar o aspecto econômico. "É raro ver uma pessoa da área econômica se referindo a desenvolvimento sustentável", afirma Corrêa do Lago.

Como qualquer atividade econômica, que movimenta lucros e interesses, a nova ordem social é criar novos modelos econômicos visando a redução do consumo.  Seria recriar a sociedade com novos conceitos de economia e novos paradigmas é o grande desafio. Uma utopia? Talvez! Recriar o jardim do éden? Seria o princípio de uma nova ordem social, onde o homem pudesse voltar à consciência primitiva, e utilizar a sua evolução tecnológica e social a favor dessa nova regressão, lembrando que apropriamos de algo que não nos pertence, que nos foi ofertado para a utilização e sua conservação, e fizemos o contrário, usamos os recursos naturais de forma inconsequente.

É sempre bom lembrar para muitos que sequer tiveram o interesse de ver nas Escrituras Sagradas o verdadeiro objetivo da criação.
“...E disse Deus: Eis que vos tenho dado toda a erva que dê semente, que está sobre a face de toda a terra; e toda a árvore, em que há fruto que dê semente, ser-vos-á para mantimento. E a todo o animal da terra, e a toda a ave dos céus, e a todo o réptil da terra, em que há alma vivente, toda a erva verde será mantimento; e assim foi. E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom; e foi a tarde e a manhã, o dia  sexto... Havendo, pois, o SENHOR Deus formado da terra todo o animal do campo, e toda a ave dos céus, os trouxe a Adão, para este ver como lhes chamaria; e tudo o que Adão chamou a toda a alma vivente, isso foi o seu nome....(GÊNESES:1 e 2)”

 Estão sendo discutidas formas de fazer com que, a partir da Rio+20, empresas, governos e entidades não governamentais possam estimular uma guinada de 18º graus em relação ao sistema de exploração dos recursos naturais de hoje. A economia, caminha desprezando a limitação dos recursos naturais e hoje sofremos  problemas climáticos, desequilíbrios de abastecimento e elevação do risco de desastres naturais.

Apesar de certo desencanto pelos resultados previstos, vamos torcer para uma pitadinha de lucidez nas decisões e nos acordos para elaboração do relatório final da Rio+20, que contribua para diminuir a fúria da natureza sobre os reles mortais.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Garoto de 13 anos incentiva crianças de todo o mundo a plantarem árvores


O pequeno alemão Felix Finkbeiner, de apenas 13 anos, se tornou um exemplo mundial. Há cinco anos o garoto planta árvores em diversos locais do mundo com o intuito de divulgar o movimento Plante para o Planeta, cujo líder é ele mesmo.

Aos nove anos, quando Felix estava fazendo uma pesquisa para um trabalho de escola, sobre as mudanças climáticas, ele conheceu a história da queniana Wangari Maathai, que ajudou a plantar 30 milhões de árvores em seu país. Inspirado no exemplo da africana o garoto percebeu que qualquer um pode colaborar para um planeta melhor e que nessa missão a idade não é um problema.

Com essa motivação Felix já conseguiu levar o seu movimento a 72 países plantando árvores por onde passa, conscientizando crianças, adultos e até mesmo autoridades mundiais. Foi essa ação que deu origem ao slogan “Pare de falar, comece a plantar”, uma crítica aos representantes internacionais que fazem muitos discursos, porém colocam poucas coisas em prática.

Para o garoto, as crianças de todos os países poderiam plantar um milhão de árvores para neutralizar suas emissões de carbono. A sua meta, no entanto, é ainda maior. Ele espera que através do seu movimento sejam plantadas 212 milhões de novas árvores em todo o planeta. Por enquanto o alemão tem em seu currículo o plantio de um milhão de mudas.

As atividades envolvem as crianças em idades escolares e contam com a ajuda de voluntários. Além disso, as espécies a serem plantadas estão sempre de acordo com a vegetação nativa da região, para que isso colabore para a preservação da biodiversidade local.

Felix esteve presente na Conferência Climática da ONU (COP16), realizada em Cancun, no México. Durante o evento, que reuniu representantes ambientais de 194 países, as crianças que fazem parte da campanha, juntamente com embaixadores, ministros e até presidentes que estavam na conferência, plantaram uma árvore para cada país participante.

Na mesma ocasião, o pequeno alemão posou para uma foto ao lado do presidente do Equador, em que está tapando a boca do líder equatoriano, como forma de representação da sua campanha. Fotos desse tipo já foram tiradas ao lado da modelo brasileira Gisele Bündchen, do príncipe Albert II de Mônaco e com o diretor executivo do Greenpeace Internacional, Kumi Naidoo, e servem para divulgar e apoiar mundialmente o movimento em prol do meio ambiente. Com informações do Estadão.

10 maneiras de reutilizar garrafas PET


As garrafas PET estão presentes no nosso dia a dia e são responsáveis por grande volume nos lixões e aterros sanitários, bem como a contaminação do solo. Encaminhar estes resíduos para reciclagem é de extrema importância.
Apesar disso, infelizmente a reciclagem não consegue dar conta de todo o material produzido pelas indústrias. Por isso, os trabalhos artesanais também são ótimas alternativas para diminuir a quantidade de plástico descartada e dar vida nova aos materiais.
O CicloVivo separou dez ideias de como você pode reutilizar as garrafas PET usando muita criatividade.

1. Vaso de “Cristal”

A dica é fazer um vaso de garrafa plástica, com um acabamento que lembra um vaso de cristal, mas com a vantagem de ser inquebrável, sem custo algum e que ainda pode ser reciclado posteriormente.
2. Luminária Oriental

Usando a criatividade é possível criar peças úteis e personalizadas. A luminária oriental pode ser facilmente produzida, mas com o toque criativo dos ideogramas ela fica muito mais bonita.

3. Quadro de Tampinhas


Apesar de grande parte das garrafas PET serem recicladas ou reutilizadas, muitas pessoas não sabem o que fazer com as suas tampinhas. Pensando nisso, ensinamos como fazer um quadro com estes objetos, o resultado é uma ótima peça de decoração, que pode ser feito por adultos e crianças.

4. Horta Vertical do “Lar Doce Lar”


O arquiteto Marcelo Rosenbaum, que comanda o quadro “Lar Doce Lar”, no programa Caldeirão do Huck, embarcou de vez na onda da sustentabilidade. Um de seus projetos incluiu a Horta Vertical feita com garrafas PET. A ideia foi tão apreciada pelos internautas que ele explicou passo a passo como fazer um modelo parecido.
 
  5. Jardineira

A jardineira de garrafa PET é muito simples e pode ser feita em poucos minutos. Além disso, sua praticidade estimula o plantio de hortas em casa.
 
6. Cofrinho

A norte-americana Martha Stewart ensinou uma técnica simples para transformar a garrafa PET em um cofrinho em formato de porco. O artesanato aplica a técnica de Upcycle e também serve para ensinar as crianças, como cuidar adequadamente das finanças.



 




Dia Mundial da Terra: “Plantar uma árvore, escrever um livro e ter um filho”


Existe um dito popular que diz que a vida de uma pessoa só é completa após fazer três coisas: plantar uma árvore, escrever um livro e ter um filho. Como “a ordem dos fatores não altera o produto”, não importa a sequência das ações, desde que elas sejam colocadas em prática.

 O Dia Mundial da Terra é um bom momento para refletir sobre esse assunto. Mesmo que esses não sejam os ideais de vida de muitas pessoas é preciso assumir que são três coisas que podem ser colocadas em prática por qualquer um que esteja preocupado com o futuro. Além disso, por mais que somente um deles esteja diretamente relacionado ao meio ambiente, todos podem estar ligados à natureza.

Plantar uma árvore é a mais fácil dessas tarefas, leva menos de vinte minutos e traz frutos por até centenas de anos. No entanto, essa também é a atividade menos colocada em prática pela maioria das pessoas. Normalmente ofuscado pela correria do dia a dia, o plantio de uma árvore fica em segundo, terceiro ou às vezes nem entra nos planos.

 Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU) a população mundial atual é de sete bilhões de pessoas, se cada uma delas embarcasse nesta onda “verde” ou cumprisse pelo menos este item da “trilogia da vida”, seriam mais sete bilhões de árvores plantadas, para reduzir, mesmo que parcialmente, o impacto que a humanidade causa no planeta.

Escrever um livro e ter um filho são as duas coisas que completam a lista e estão intimamente ligadas ao que nós deixaremos para o mundo. Não é somente a árvore que rende frutos no futuro, mas principalmente a educação e o exemplo de vida, que mostram na prática o que é buscar um futuro melhor.

Um filho é um dos maiores espetáculos que a natureza pode proporcionar, para retribuir essa dádiva da vida, não existe maneira melhor do que deixar bons filhos, ou bons frutos, para o futuro. Educação e conscientização ambiental e social são imprescindíveis para que esse objetivo seja alcançado.

O livro, talvez seja uma das tarefas mais difíceis para algumas pessoas, menos familiarizadas com as artes literárias, porém esse não precisa ser um problema no caminho. O dito popular não diz que é preciso plantar uma árvore, ter um filho e escrever um “Best Seller”. Assim, se o livro for a última prática do pacote, ele pode justamente narrar as experiências tidas com as duas tarefas anteriores, finalizando assim um ciclo perfeito de vida. - Por Thaís Teisen - Redação CicloVivo

quinta-feira, 19 de abril de 2012

5 ideias para transformar pallets velhos em móveis


A técnica de upcycle consiste em dar nova utilidade a coisas que parecem não ter mais serventia. Através dela, quase tudo pode ser reaproveitado. Os pallets, usados em transportes de carga, são bons exemplos disso.

É importante utilizar um pallet que já esteja sem uso, desta forma você coloca as madeiras jogadas fora, no mercado novamente e garante que o material seja reaproveitado.

Por ser uma técnica simples, qualquer pessoa com um pouco de prática no manuseio de madeira pode obter bons resultados e fazer os mais diversos tipos de móveis. As criações ainda podem ser comercializadas, gerando renda.

1. Suporte para bicicleta e estante


O suporte criado pelo designer norte-americano Chris Meierling é perfeito para decorar ambientes internos. Os pallets são dispostos verticalmente e neles foram colocados dois suportes simples. A mesma técnica foi utilizada para fazer estantes de livros que completam a decoração.

2. Cadeiras


A designer inglesa Nina Tolstrup resolveu dar um final feliz aos pallets, transformando-os em diferentes cadeira e poltronas. O design é simples, porém muito original.


3. Jardim Vertical


Existem muitos projetos decorativos que usam pallets, da mesma forma que existem diversas opções de jardins verticais. A ideia de misturar os dois é da paisagista Fern Richardson, o resultado é um jardim funcional. Você também pode fazer uma horta utilizando a mesma técnica.

4. Mesas


Uma ideia bem bacana é transformar os pallets em mesas. Eles podem servir tanto como tampo de mesas mais altas, como para mesinhas de centro. No caso das mesas de centro, é só acrescentar rodinhas e um tampo de vidro para dar um toque especial.

5. Cabeceira para cama


Uma maneira muito fácil de reutilizar este tipo de madeira é fazer uma cabeceira para cama. O método é simples: basta lixar bem a madeira e fixá-la à parede atrás de sua cama. A cabeceira pode ser personalizada, utilizando tinta ou verniz.

Mayra Rosa - Redação CicloVivo






Belo Monte: Revolta, incerteza e dor


Falar sobre Belo Monte desencadeia revolta. Falar sobre Belo Monte provoca incerteza. Falar sobre Belo Monte gera dor. Em um determinado momento, torna-se impossível falar sobre Belo Monte sem verter lágrimas. Com a voz embargada, Antonia Melo, coordenadora do Movimento Xingu Vivo para Sempre, é a personalização desse momento delicado em que vive a região de Altamira, situada no Pará, aonde está sendo erguida a terceira maior hidrelétrica do mundo, Belo Monte, atrás apenas da chinesa Três Gargantas, e Itaipu, que fica na divisa do Brasil e Paraguai.

Além de ser um dos expoentes desta luta que se arrasta por mais de 20 anos, a vida de Antonia será  diretamente afetada pela obra: ela faz parte da triste estimativa de que 30 mil a 40 mil pessoas terão de deixar seus lares porque serão alagados quando as barragens estiverem em pé.

Por mais de duas horas tivemos o privilégio de conversar com Antonia e Dom Erwin Kräutler, Bispo do Xingu e Presidente do Cimi (Conselho Indigenista Missionário). Estas duas proeminentes lideranças transformaram os protestos contra Belo Monte sua razão de vida, ou mais precisamente, de sobrevivência.
Ver lá do alto a magnitude dos três canteiros de obras de Belo Monte deixa evidente o rastro de destruição que ela já está provocando. Árvores e mais árvores no chão ou jogadas no rio Xingu, madeireiras espalhadas pela obra, enormes quantidades de terra sendo removidas, um canal sendo construído, o primeiro barramento, o frenezi de inúmeros caminhões, escavadeiras, tratores.

A floresta chora. Com ela também chora seu povo, isolado, sozinho, ignorado. E Antonia enfatiza: “Estas pessoas, ao longo de todo este tempo, não receberam um benefício sequer, não tiveram um direito garantido. É o total abandono.”

O silêncio do governo Dilma Rousseff é contundente. Tem se omitido por não ter realizado as oitivas indígenas nas aldeias impactadas e ignora as críticas que tem sofrido de organismos internacionais. Brasília já foi interpelada pela OIT (Organização Internacional do Trabalho); pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos, que faz parte da OEA (Organização dos Estados Americanos), e também pelo MPF (Ministério Público Federal).

O CCBM (Consórcio Construtor Belo Monte) e os burocratas do setor elétrico da capital federal adotam uma postura típica da época nos anos de chumbo da ditadura militar, na avaliação de Dom Erwin e Antonia. Ou seja, não há diálogo com os movimentos sociais e com os atingidos.  “O que há é um monólogo. Os indígenas estão sendo esquecidos neste processo, assim como os ribeirinhos, os quilombolas, os extrativistas, os moradores das cidades do entorno˜, critica o bispo.

E o presidente do Cimi vai mais longe: a estratégia dos responsáveis pela construção da usina é deixar de informar o povo, criar uma certa expectativa de que as coisas serão feitas. Com isso, o objetivo é cortar a resistência. Matar pelo cansaço. Tal expediente tem dado resultado. O próprio Dom Erwin se viu obrigado a afastar-se de algumas pessoas pois foram cooptadas. Acabaram mudando de lado. Quase toda casa de Altamira tem alguém direta ou indiretamente ligado à construção de Belo Monte.

Delicada também é a situação das condicionantes ambientais e sociais que deveriam estar sendo cumpridas pelo construtor. Chegam a ser mais de 100, entre as licenças prévia, provisória e de instalação. De acordo com Antonia, “até o momento, nenhuma condicionante saiu do papel para o povo. O que tem saído são convênios entre prefeituras, como se fosse uma moeda de troca. Mas para o povo, nada.”

Enquanto a obra vai sendo erguida rapidamente, os impactos sociais já estão sendo sentidos. Prevê-se que em três anos a população passará dos atuais 109 mil habitantes para 200 mil. Altamira vive o boom da construção civil, e assim, a extração de areia no Xingu não para. Está caro e difícil encontrar um pedreiro.
Tal migração tem inflacionado os preços dos imóveis e até da comida. Está muito caro comer e morar em Altamira. A população sofre com a falta de hospitais e escolas. Saneamento básico é artigo de luxo e doenças como diarreias e verminoses se alastram.

O discurso dominante que foi montado para justificar Belo Monte é de que ela levaria desenvolvimento regional, que a Transamazônica seria asfaltada, que finalmente Altamira teria uma infraestrutura à altura das necessidades de seus habitantes. “Onde está esse desenvolvimento que eu não vejo?”, questiona Dom Erwin. “Na minha concepção, desenvolvimento é colocar o ser humano no centro da questão. E isto não está acontecendo aqui”, observa.

Paulatinamente, os conflitos vão se acirrando. Dom Erwin saia da Prelazia apenas com seus guarda-costas. Antonia, o jornalista Ruy Sposati – que tem sido ameaçado e perseguido – e mais outras duas pessoas do Movimento Xingu Vivo para Sempre estão proibidas de se aproximarem dos canteiros.

A ação de interdito proibitório concedida pela justiça do Pará ao CCBM estabelece que os quatro estão sujeitos a receber uma multa de 100 mil reais caso causem “qualquer moléstia à posse.” Esta reação aconteceu após uma greve de 7 mil funcionários da usina no fim de março. Na acusação dos advogados de Belo Monte, eles incitaram a paralisação.

Entretanto, o estado se faz presente somente por meio do emprego da força e da repressão. Os idealizadores da usina exigem que a Força Nacional de Segurança e a Polícia Militar garantam a proteção das obras e dos funcionários. “Nosso direito de ir e vir está sendo violado”, resume Dom Erwin.
Informe do Greenpeace Brasil, publicado pelo EcoDebate

Belo Monte e seu rastro de caos e destruição


Governo planeja construir 63 usinas hidrelétricas em diversas bacias hidrográficas da Amazônia. Altamira vive as consequências geradas pelo aumento populacional: faltam escolas, hospitais e saneamento básico
Primeiro barramento começa a ser erguido no Rio Xingu. Árvores caídas denotam a destruição da floresta amazônica provocada por Belo Monte (©Greenpeace/Marizilda Cruppe)

O Greenpeace sobrevoou a Usina Hidrelétrica de Belo Monte no dia 10 de abril e essa atividade fez parte das programações que envolvem o navio Rainbow Warrior, que na perna amazônica tem dado ênfase à campanha da Lei do Desmatamento Zero. Até o momento, mais de 93 mil pessoas assinaram a petição online que objetiva coletar no mínimo 1,4 milhão de assinaturas para esse projeto de lei de iniciativa popular.

O fato de o governo federal projetar a construção de 63 hidrelétricas nos rios Madeira, Teles Pires, Tapajós, Negro, Xingu, Trombetas e seus afluentes tem gerado perplexidade e deixado a Amazônia em estado de alerta máximo. E a se valer pelo que vem acontecendo na construção desta usina paraense, a preocupação tem razão de ser.

As consequências desta obra começam a ser sentidas em Altamira, uma das cidades mais afetadas pelo caos que se instalou devido à falta de infraestrutura. Crianças estão estudando dentro de contêineres, o sistema de saúde é deficiente, o tratamento de água é algo raro por lá e doenças como diarreias e verminoses se alastram. O preço da cesta básica disparou. No entanto, o Consórcio Norte Energia se comprometeu a fazer investimentos para que esses impactos fossem minimizados, mas até agora tudo não passou de promessa.

Um dos argumentos favoráveis à Belo Monte que mais se ouve em Altamira é de que as barragens levarão desenvolvimento para a região. Mas Dom Erwin Kräutler, bispo do Xingu e presidente do Cimi (Conselho Indigenista Missionário) tem outra concepção a respeito: “Ao meu ver, desenvolvimento é quando o ser humano é colocado no centro da questão. E não é o que tem acontecido aqui. Não há leitos novos no hospital, os barrageiros ganham no máximo R$ 1 mil, vivemos na capital da dengue e da malária. Desenvolvimento ocorre quando se melhora a qualidade de vida da população.”

Há a previsão de que Belo Monte venha desalojar entre 30 mil e 40 mil pessoas. Os futuros afetados são moradores dos municípios do entorno, ribeirinhos, extrativistas, indígenas e quilombolas. Isto acontecerá porque  a obra pode alagar uma área de 516 km2. Em contrapartida, devido à forte migração, a população atual, que está em torno de 109 mil pessoas, pode chegar a 200 mil habitantes já em 2013.

“No caso desta hidrelétrica, os estudos de impactos sociais e ambientais apresentados até o momento estão claramente subdimensionados. As condicionantes são desrespeitadas e não cumpridas. Os povos afetados reclamam que estão sendo ignorados. O desrespeito é generalizado, mas mesmo assim o ritmo de construção da usina está cada dia mais acelerado. Para eles, o meio ambiente e as pessoas são o que menos importam”, pontua Marcio Astrini, da Campanha da Amazônia do Greenpeace.

Desmatamento
Outra abordagem que pode ser observada é que as construções dessas usinas também poderão contribuir para o aumento do desmatamento na região. O Greenpeace fez uma análise dos dados de desmatamento divulgados pelo Prodes do INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) relativos à Belo Monte.

Segundo o Laboratório de Geoprocessamento da organização, como a área de influência indireta foi definida de forma conservadora no EIA-Rima (Estudo de Impacto Ambiental- Relatório de Impacto ao Meio Ambiente), ao se observar os dados de satélite dos últimos três anos, houve aumento significativo do desmatamento fora dessa região pré-estabelecida. Ou seja, ao se estender um raio de 50 km, constatou-se que o desmate foi cinco vezes maior.

No entanto, não é nenhuma novidade afirmar que obras de infraestrutura são grandes catalisadores de novas clareiras.  De acordo com Astrini, “o governo federal e os responsáveis pela obra sabem disso, mas não há nada que esteja sendo feito para barrar esta tendência. E desta forma, o que vai acontecer é o de sempre: enquanto os responsáveis pela hidrelétrica dão suas desculpas, a floresta paga com a vida.”

Energias renováveis e eficiência energética

Diante deste cenário, vale destacar que o Brasil dispõe de um enorme potencial em outras fontes renováveis, como eólica, solar, biomassa e mesmo energia oceânica. A eólica poderia atender ao triplo da demanda atual por eletricidade e já apresenta o segundo custo mais baixo de geração entre todas as fontes, com preços relativamente próximos às hidrelétricas. A energia solar é a que mais cresce no mundo e os preços vêm caindo consistentemente.

O potencial de eólicas atualizado é de 300 mil MW (megawatts), suficiente para atender ao triplo da demanda elétrica atual do país. Já a solar poderia abastecer cerca de 10 vezes a  necessidade energética nacional. Apenas a cogeração a bagaço de cana poderia gerar uma quantidade de energia superior a duas usinas de Itaipu, que produz 14 mil MW.

Por outro lado, as projeções de demanda do insumo do governo federal são superestimadas, mesmo considerando os índices de crescimento da economia, e é nisso que o governo Dilma Rousseff se apoia ao defender a exploração do potencial hidrelétrico dos rios amazônicos.

“Há uma folga de demanda contratada e se investíssemos em medidas mais agressivas de eficiência energética poderíamos abrir mão de uma série de usinas impactantes para o meio ambiente e para a sociedade”, avalia Ricardo Baitelo, da Campanha de Clima e Energia do Greenpeace.

Ainda há a parte dos custos de Belo Monte, que chegam a impressionantes 30 bilhões,  sem incluir externalidades de impactos socioambientais. Especula-se que 80% desse montante virá de financiamentos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

“O mesmo investimento para construir essa usina geraria praticamente a mesma energia em parques eólicos e até dez vezes mais de economia se fossem adotadas medidas de eficiência energética”, observa Baitelo.
Outro aspecto positivo das energias renováveis é que as indústrias eólica e solar geram mais empregos que a hidrelétrica para instalar a mesma potência. Essas cadeias empregam mais pessoas de forma permanente, em atividades de instalação, manutenção e vendas.
Informe do Greenpeace Brasil, publicada pelo EcoDebate

Ambientalistas se unem para pedir que governo brasileiro evite retrocesso na Rio+20


Um grupo de acadêmicos, ambientalistas, parlamentares e ex-ocupantes de cargos públicos defendeu ontem (18), em São Paulo, que o governo adote uma ação mais atuante na definição de políticas públicas a serem apresentadas na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, em junho próximo.

Em documento apresentado na Faculdade de Economia da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), os 17 integrantes do grupo alertaram que “há um elevado risco de que a Rio+20 seja não apenas irrelevante, mas configure um retrocesso”.

Entre as propostas, está a de que o país deve adotar um conjunto coordenado de políticas públicas, na agenda de transição para a chamada economia verde ou de baixo carbono. Para isso, o grupo sugere a adoção de um sistema de vantagens competitivas associadas a esse processo, ao mesmo tempo em que sejam desencorajadas iniciativas que caminhem em direção oposta.

“A prioridade à transição para uma economia de baixo carbono deve se traduzir em medidas de políticas industriais, de transportes, energética, agropecuárias, comerciais e de inovação e em instrumentos de política que favoreçam investimentos sustentáveis”, assinala o grupo no documento sob o título Rio Mais ou Menos 20?.

À frente desse movimento, Rubens Ricupero, ex-ministro da Fazenda e do Meio Ambiente e ex-secretário geral da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad), observou que “o Brasil foi o autor do primeiro grande projeto de economia verde, o etanol, mas ficou só nisso”. Para ele, há falhas no Código Florestal em discussão no Congresso Nacional como, por exemplo, a ausência de medidas de estímulo ao plantio de florestas.

Segundo Ricupero, o grupo vai buscar adeptos e interessados em propor sugestões a serem adotadas pelo governo na conferência, por meio da internet. Cópias do documento também estão sendo encaminhadas às autoridades públicas.

Na avaliação da ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, essa é uma oportunidade de o Brasil dar o exemplo de condutas para permitir o crescimento econômico sem comprometer o ecossistema. Para ela, como anfitrião, o país deveria liderar um movimento de criação de um organismo no âmbito das Nações Unidas (ONU) especialmente voltado para as questões ambientais, à semelhança das organizações mundiais na área de comércio e saúde.

A ex-senadora Marina Silva, que assina o documento, o Brasil “não pode sair dessa conferência menor do que [saiu] na Rio 92”, disse, ressaltando alguns avanços que resultaram daquela conferência, realizada também no Rio de Janeiro, há 20 anos, tais como o das metas estabelecidas para a redução das emissões de gás carbônico e o de medidas que levaram a uma redução de 80% no desmatamento.

Já o físico José Goldemberg, ex-ministro da Educação e ex-secretário de Meio Ambiente e de Ciência e Tecnologia do governo federal, criticou o encaminhamento das discussões em torno da Rio+ 20, dizendo que elas estão deixando de lado as mudanças climáticas.

Para ele, ao ignorar os efeitos de uma economia fundamentada na depredação dos recursos naturais, a sociedade está contribuindo para aumentar os riscos da vida na terra. Segundo o físico, nos últimos 30 anos, subiu de 400 para 600, por ano, o número de eventos associados ao “pouco caso com o meio ambiente”, entre eles os deslizamentos de terra de Teresópolis, no Rio de Janeiro, a seca e as inundações em países asiáticos.
Reportagem de Marli Moreira, da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate 

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Rio+20 – A Grande Conferência da ONU caminha para um fracasso.

Publicado Diário das Gerais 18/04/2012




Para que possamos salvar o planeta é importante reconhecermos a nossa dependência à natureza e aos seus recursos naturais. A expectativa da Conferência Ri0+20 em junho não é das melhores. De acordo com analistas, um dos fatores para a fraca expectativa está relacionado com a recente reunião em Copenhague e Durban. A reunião tratava de um “acordo global” para redução das emissões de carbono beneficiando todo o planeta no longo prazo, tema para ser tratado na Conferência Rio+20. Os reflexos da obrigatoriedade de redução do carbono na atmosfera, no entendimento dos países desenvolvidos, terão um abalo em suas economias, e para os países em desenvolvimento serão obrigados a reduzir suas metas de crescimento. Percebemos que o capital ainda fala mais alto mesmo diante da mais séria crise ambiental do planeta.
Apesar de ser considerada a mais importante Conferência entre as já realizadas sobre o tema, os países estão arredios temendo os compromissos que terão que assumir. Como mudar o comportamento dos nossos líderes mundiais? Temos é que mudar a visão do planeta, diminuindo a ênfase no crescimento econômico insustentável, tendo uma visão voltada para o bem estar da sociedade reconhecendo a nossa dependência da natureza e seu estado de exaustão.
A evolução social nos últimos anos foi acelerada, com ela o consumo e a pressão sobre os recursos naturais. A prosperidade tem que ser repensada e reduzida significativamente os riscos ambientais e a escassez ecológica. Temos que buscar uma economia que respeite os limites do planeta buscando uma forma de equacionar todo processo, proporcionar um crescimento com mais justiça social diminuindo assim as diferenças. Essa transição de uma economia de fartura para uma economia de escassez, já é uma realidade. Nós não temos escolhas, ou assumimos nossa realidade ou aceleramos o fim da sociedade, condenando as futuras gerações ao caos social.
A Rio+20 deveria ser um momento de reflexão, se observarmos os últimos anos só ouvimos falar em crises. Crise econômica em cascata atingindo a maioria dos países mais ricos do planeta, crise de segurança pública, crise de saúde, crise de corrupção etc. são crises e crises. Quando será que a sociedade e os poderosos terão coragem de reconhecer a mais complexa e comprometedora das crises? A “Crise Ambiental”, que não isenta nenhum dos países e atinge igualmente a todos.
O que precisamos na  Rio+20 é a sensibilidade de todos para sair dessa proposta de crescimento econômico sem limites para o início de uma caminhada com uma visão mais sustentável, socialmente justa, onde o bem estar não esteja limitado à uma minoria privilegiada, é o que todos nós queremos. Hoje todo brasileiro conhece o Código Florestal e o seu rigor, como esperar resultados que reflitam na redução e recuperação ambiental global penalizando  somente os menores. 
A Rio+20 poderá caminhar para um resultado mais positivo ou se tornar mais uma decepção para quem ainda não perdeu as esperanças. A esperança ainda é um combustível poderoso, mas é bom não alimentar de grandes expectativas para resultados concretos da Conferência.

Arquiteto francês projeta conjunto residencial feito de bambu


O arquiteto francês Laurent Saint Val foi inspirado pela tradicional arte de fazer cestas em forma de casulo, compostas de tecelagem de fibras de plantas naturais disponíveis localmente, para criar um projeto habitacional para Port-au-Prince, Haiti.

As unidades residenciais são concebidas ao longo de um alinhamento vertical, de modo que não têm quaisquer efeitos adversos sobre a densidade estrutural global da área. Além disso, os elementos naturais disponíveis localmente são usados ​​como materiais de construção. A opção é sustentável e também vantajosa para o esforço de reconstrução em curso no Haiti.
O bambu, um dos itens prinicpais do projeto, é uma planta multiuso que tem a particularidade de funcionar como a madeira e pode produzir uma riqueza incrível de conhecimento para criar e construir. Em todo o mundo, o bambu é usado em uma infinidade de ferramentas, objetos, móveis entre outros.
O projeto habitacional de bambu poderia ser comparado a um objeto de arte tradicional ou à escultura de um totem. A arte da cestaria ou tecelagem com fibras de plantas poderia ser aplicada a este habitat, que adota essa forma de casulo. A abordagem pró-ativa para tratar esses habitats como totens refere-se a um aspecto sagrado. É uma arquitetura que segmenta espaço e que traduz bem o caráter transitório desses habitats.



Este local é concebido e projetado para acomodar três famílias, as salas comuns são colocadas na parte de baixo e os dois espaços acima são destinados à habitação, no entanto, a estrutura é ajustável sendo capaz de responder, a uma diminuição ou aumento das unidades familiares.
Uma espécie de trama é construída sobre uma base de concreto. A edificação é um conjunto de seções de bambu, ligadas entre si por juntas de soquetes metálicos (clipes, links). Estas treliças seguram uma progressão geométrica da abertura das janelas e porta de entrada. No lado exposto ao sol, aberturas em ripas de madeira deixam entrar a luz, mas mantém o ambiente interno protegido. A fachada menos exposta pode introduzir mais aberturas de vidro. O local é caracterizado por uma tela impermeável no lado Norte, que achata ao longo da treliça.

As unidades familiares são servidas por uma escada, uma espécie de espinha dorsal de metal e madeira, que tem a função de distribuir verticalmente o habitat e alimentar cada célula com eletricidade e calor através das grades. Uma calderia, localizada no piso superior do prédio, fornece o calor necessário.

MIT cria carro elétrico ideal para grandes cidades


O Hiriko é um protótipo de carro elétrico feito pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), em parceria com sete pequenas empresas da região basca da Espanha. O modelo foi pensado para o uso nas cidades, pois seu tamanho facilita o encontro de vagas para estacionar e, acima de tudo, não emite poluentes.



O nome do carro já exemplifica todo o ideal em que foi baseado. Ele provém de duas palavras bascas: Hiri, que significa urbana, e Ko, que em português é carro. O automóvel segue o modelo dos compactos e a primeira versão, com lugar para duas pessoas, deve estar nas ruas da Espanha já no próximo ano.

O Hiriko é tão pequeno que três deles podem ser estacionados no espaço que normalmente seria ocupado por somente um sedan padrão. Além disso, as rodas são montadas no canto do chassi, permitindo que o carro se mova lateralmente para entrar mais facilmente na vaga.

Kent Larson, líder do projeto, explica que o automóvel é ideal para a locomoção em grandes cidades, onde o tráfego intenso não permite que a velocidade seja muito alta. O Hiriko não foi feito para o uso em estradas, pois não atinge altas velocidades, segundo Larson o ideal é que o carro trafegue a pouco mais de 30 km/h.

A baixa velocidade confirma o perfil idealizado por seus criadores, de que as pessoas que utilizam carro nas grandes cidades fazem essa opção pela privacidade e flexibilidade que não são oferecidos pelos transportes públicos. Outro ponto positivo é a autonomia do carro, que pode chegar a 160 quilômetros em uma mesma carga. O design também chama a atenção. Sem portas laterais, a única saída do automóvel é pela frente.
A projeção é de que o Hiriko seja comercializado a 12.500 euros, o equivalente a 28.500 reais. Com informações da ABC.

Empresários alemães criam carro elétrico de baixo custo



 Uma parceria entre a montadora alemã Opel e a agência de design Kiska permitirá a construção de carros elétricos com baixo custo de produção. O automóvel ecologicamente correto é denominado Rak E.
O modelo tem emissões zero de poluentes foi divulgado na última semana. Ele possui apenas dois lugares e mesmo que ainda seja um conceito, o carro já possui visual ousado e vanguardista.

O projeto adotou uma abordagem radicalmente nova. Por exemplo, tanto o interior quanto o exterior foram concebidos em um único processo, aplicando-se muitos anos de especialização da Kiska em design automotivo e de motos, engenharia e uso de materiais leves. O resultado foi uma abordagem interessante que quebra as barreiras entre o design de um carro e de uma motocicleta.

O formato e função do carro oferecem conforto e segurança além de garantir a agilidade em trânsito, semelhante a uma moto. O motor de 48 cavalos de potência é totalmente elétrico, e para completar a carga da bateria, basta carregá-lo por três horas. O veículo não deixa a desejar na potência e é capaz de atingir a velocidade máxima de 120 km/hora em menos de 13 segundos.

A ideia é construir de maneira responsável utilizando materiais sintéticos e reciclados sob uma estrutura de aço. O peso do veículo deverá ser 1/3 do peso de um carro comum com autonomia de bateria de 98 km.
A cobertura, que combina as funções de teto e para-brisa, oferece uma vista de 270 graus, sem pontos cegos. Para fácil entrada e saída, o volante automaticamente muda de posição quando a cobertura é aberta. Para os jovens condutores, o RAK pode ser configurado para operar em modo de baixa potência, com velocidade limitada a 45 km/h.

Na área onde o motorista e o co-piloto ficam acomodados foi instalado um cockpit. O visual do veículo também foi inspirado em aviões. O projeto mede 1,3 metros de largura, três de comprimento, 1,19 cm de altura e sua configuração garante melhor desempenho aerodinâmico e eficiência energética.

As rodas proeminentes do veículo possuem acesso facilitado, bem como a região do motor e suspensão. O projeto Rak E pretende dar informações ao motorista através de uma tela localizada no painel. Para dirigir, o piloto ainda fará o uso de volantes, ao contrário do que tem sido projetado em veículos deste gênero, que atualmente é desenvolvido para ser pilotado por joysticks. O carro elétrico futurista ainda não tem previsão de lançamento. Com informações do Car Design Community.

Carro elétrico japonês tem autonomia de 351 km


A fabricante japonesa SIM-Drive anunciou na última semana o veículo elétrico com a maior autonomia já registrada. Chamado de SIM-WIL, o carro tem capacidade para rodar até 351 quilômetros em uma mesma carga.

O modelo é fruto de um trabalho em conjunto feito entre a montadora japonesa e a francesa PSA Peugeot Citroën e foi apresentado na última quarta-feira (28) em Tóquio, no Japão. Esta é a segunda edição de um veículo elétrico lançado pela empresa.

O design do automóvel é bastante contemporâneo e em seu formato geral chega a lembrar o Leaf, modelo elétrico da Nissan. O SIM-WIL possui 4,25 metros de comprimento, 1,71 metros de largura e 1,55 metros de altura e capacidade para carregar até cinco pessoas.

O fato de ser um carro elétrico não limita a potência do modelo japonês, que possui velocidade máxima de 180 km/h, consumindo 99,7 Wh/km. Além disso, são necessários apenas 5,4 segundos para que ele acelere de zero a 100 km/h, tornando-o equivalente aos modelos a combustão.

A bateria incorporada no SIM-WIL é a Panasonic 18650, com capacidade total de 35,1 kWh, levando somente três horas para atingir a carga total no modo rápido. Quando plugada a uma tomada tradicional, de 220v, a recarga leva até 12h.

A autonomia de um carro elétrico é o principal empecilho para a sua popularização. Por isso, este é o grande destaque do carro japonês e também deve ser este o diferencial do modelo frente a outros concorrentes, como o Nissan Leaf, que percorre apenas 160 km a cada recarga, e o Volt, da Chevrolet, que tem autonomia de 64 km. Com informações do Terra e do InfoJornal.

Garrafa purifica água em 60 segundos


A garrafa possui um sistema que consiste em uma garrafa de plástico de 750 ml, uma tampa equipada com luz UV-C e um cabo USB. Foto: Divulgação


Já está disponível no mercado uma garrafinha de água que possui um dispositivo de purificação. A empresa responsável pelo desenvolvimento da tecnologia é a CamelBak, especializada na setor de garrafas de água.
De todos os produtos feitos pela companhia, provavelmente, nenhum foi tão revolucionário como a CamelBak All Clear. Ela possui um sistema que consiste em uma garrafa de plástico de 750 ml, uma tampa equipada com luz UV-C e um cabo USB. Esta combinação transforma a garrafa com água de origem duvidosa em água potável. Basta agitá-la por 60 segundos.

“A luz UV-C destrói o DNA de micróbios de todos os tamanhos, incluindo, bactérias, protozoários e vírus que são transmitidos pela água. A destruição do DNA de um micróbio impede a reprodução dos mesmos, e sem a capacidade de reprodução, eles são neutralizados e tornam-se inofensivos”, afirma a empresa.
Na tampa UV há duas baterias recarregáveis de íon-lítio capazes de executar, em uma garrafa cheia, mais de 80 ciclos de purificação com uma carga completa. Desta forma, é possível recarregar três garrafas por dia durante 26 dias seguidos com uma única carga.

Além das garrafas, a CamelBak trabalha com outros equipamentos para hidratação pessoal esportiva. O produto é vendido por 99 dólares, mas está disponível apenas nos Estados Unidos. Com informações do Planeta Água. Redação CicloVivo 

Carros elétricos custam R$ 2200 a menos para rodar anualmente, diz estudo


Fazendo um comparativo com os custos da eletricidade, a economia varia de US$ 750 a US$ 1.200 l Foto: Divulgação/Nissan Leaf
Uma pesquisa feita no mercado norte-americano aponta que os veículos elétricos geram economia de US$ 1.200 anuais, em comparação aos modelos movidos a gasolina. Para chegar a esta conclusão foram avaliadas apenas as questões ligadas às fontes energéticas.

O grupo de estudos responsável pela publicação pertence ao Union of Concernet Scientists e foi liderado pelo pesquisador Don Anair. A base de combustível fóssil utilizada foi a gasolina, com preço médio de US$ 3,50 o galão. Fazendo um comparativo com os custos da eletricidade, a economia varia de US$ 750 a US$ 1.200.
Os modelos elétricos utilizados no estudo são o Chevrolet Volt e o Nissan Leaf. Mas, os pesquisadores fazem questão de deixar claro que o estudo não comparou os custos totais da propriedade e também não determinou o tempo necessário para que a economia permita o retorno do investimento.

Os dados do relatório podem auxiliar os consumidores em suas decisões futuras quando à troca dos automóveis. “É importante para os consumidores entenderem quais são as potenciais economias em termos de custo de combustível, isso pode ajudá-los a tomar uma decisão na hora da compra de um veículo”, explicou Don Anair.

Mesmo no mercado norte-americano, que os carros elétricos ou híbridos já são um pouco mais populares que no Brasil, ainda existe diferença de valor em comparação aos modelos à combustão. O Focus Elétrico, por exemplo, chega a custas US$ 5.500 a mais que a versão tradicional.

Além da economia financeira, os veículos elétricos também reduzem as emissões de gases de efeito estufa. Segundo os cientistas, o cenário é favorável aos “plug-ins” mesmo quando a fonte é o carvão ou outros modelos não tão limpos. Mesmo assim, os pesquisadores alertam para a variação na eficiência que é diferente em cada uma das regiões do país. Com informações da Bloomberg.

Chinesa desenvolve bateria de celular movida a açúcar


O conceito é usar a bateria biológica para substituir a bateria tradicional e criar um ambiente livre de poluição. (Imagem:Daizi Zheng)

A designer chinesa Daizi Zheng criou um telefone celular conceitual para a marca finlandesa Nokia, que pode ser alimentado por bebidas açucaradas. Como uma alternativa para a variedade de baterias de telefone celular, a bio bateria soa como uma solução plausível.


Zheng propõe que o telefone funcione com uma bateria que se alimenta de carboidratos (açúcar) e utiliza as enzimas como catalisador para gerar eletricidade. A bio bateria promete durar de três a quatro vezes mais em uma única carga, comparada às baterias de lítio convencionais, e pode ser totalmente biodegradável.



Este é um projeto para desenvolver um telefone ecologicamente correto para a Nokia. Através de pesquisas, Zheng descobriu que a bateria do telefone, como uma fonte de energia, é cara, e consome recursos valiosos na fabricação, apresentando um problema de descarte e sendo prejudicial ao ambiente.

O conceito é usar a bateria biológica para substituir a bateria tradicional e criar um ambiente livre de poluição. Para usar a bio bateria como fonte de energia do telefone, só precisa ter uma bebida açucarada que gera  como resíduo água e oxigênio, quando a bateria acaba.

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