Os consumidores de São Paulo não receberão mais sacolas plásticas nas redes de supermercados do Estado. A partir de quarta-feira (4) passa a valer o acordo feito entre a Associação Paulista de Supermercados (Apas) e o governo estadual.
Em 25 de janeiro, a distribuição de sacolinhas foi suspensa. A medida causou
descontentamento em parte da população e, principalmente, nos setores que
comercializam os plásticos.
Por causa do burburinho gerado, o acordo foi suspenso temporariamente através de um Termo de
Ajustamento de Conduta (TAC), que foi assinado pela Apas, o Ministério Público e
o Procon (SP).
O presidente da comissão de direito e relações de consumo da OAB-SP, José
Eduardo Tavolieri de Oliveira, ressalta que o acordo não proíbe a distribuição
das sacolas. "Desde o ano passado, existe uma lei municipal dispondo sobre a
proibição de distribuição de sacolinhas, mas essa lei está suspensa pelo
Tribunal de Justiça de São Paulo", afirmou ao Estadão.
A liminar, que suspendeu a decisão em julho, atende à ação movida pelo
Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado de São Paulo
(Sindiplast).
A Apas afirma, no site da instituição, que irá propor ao governo do Estado o
fim da cobrança do ICMS dos sacos de lixo. O presidente da Plastivida (Instituto
Sócio Ambiental dos Plásticos), Miguel Bahiense, é totalmente contra este
pedido. Mais uma vez, a instituição aponta que a questão é de cunho econômico e
não ambiental.
"Perde o Estado, porque vai perder receita de ICMS se aceitar o pedido da
Apas; perde o consumidor, que vai continuar pagando no preço final do produto
por uma sacola que não vai receber mais; perde a indústria do plástico, que vai
ter de demitir (...). Só quem ganha são os supermercados", argumentou.
Já o presidente da Aspas, João Galassi, afirma que o ICMS será “o bode
expiatório dos defensores dos plásticos” e que não importa o que façam, tudo
será criticado.
A TAC deu um prazo de 60 dias para adaptação. Segundo o acordo, os
supermercados agora passam a vender sacolas reutilizáveis a preço de custo (R$
0,59) por seis meses. Uma coletiva de imprensa foi marcada para esta terça-feira
(3) pela Apas. Com informações do Estadão.
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César Torres