Nos
dias atuais não faltam informações sobre as questões ambientais, desde os
problemas de degradação, seus efeitos e consequências futuras. São incontáveis
os movimentos ecológicos promovidos por educandários de todo o mundo, uma busca
contínua de metodologia de ensino para inserir a educação ambiental de forma
plural e multidisciplinar nas escolas. ONGs trabalhando incansavelmente para
conscientização da sociedade. Dados científicos dos efeitos climáticos pelas
ações dos homens são estudados e divulgados com riqueza de detalhes. A
legislação discutida amplamente no congresso. Conferências internacionais com a
participação da maioria dos países do planeta. Um trabalho árduo com resultados
não muito animadores.
Ninguém
hoje pode alegar desconhecimento da crise ambiental planetária. O que mais me
incomoda é o ser humano ser tão insensível e inconsequente à nossa realidade e tratar as questões ambientais
com tanto descaso. Será que nossa educação ambiental não está sendo realizada
com eficiência? Ou as pessoas perderam o senso de responsabilidade? Faz-nos
refletir um pouco mais sobre a eficiência de nossa educação, bem como a
influência do poder do capitalismo sobre as nossas vidas, que deixam as pessoas
com uma cegueira mortal.
Esse
meu desabafo é por ver fatos isolados e tão pequenos, serem tão questionado e refutado por tantos. Atitudes que representam um ganho imenso para
mudar o comportamento e a consciência do homem, caminhando assim para um basta
nas agressões ao planeta. Os fatos que referimos é a repercussão que os noticiários deram em todas as redes de comunicação do país,
mostrando a importância da iniciativa de São Paulo em abolir as sacolinhas
plásticas no comércio, a exemplo do Rio de Janeiro e Belo Horizonte.
A indignação é ver manifestações de cidadãos,
aparentemente “cultos”, contrárias às
iniciativas com justificativas esdrúxulas, sem fundamentação alguma, somente
pelo bel prazer de protestar. As Iniciativas desses cidadãos são no mínimo
infantis, para não dizer “burra”, contra algo que deveriam primeiramente,
conhecer de fato a sua importância, depois buscar compreender que eles também
vivem no planeta terra e dependem de sua preservação para ter no futuro
qualidade de vida, e garantir para os seus descendentes a mesma oportunidade.
As
redes sociais foram também alvo de manifestações contrárias com justificativas
como: por que proibir somente sacolinhas plásticas se todos os produtos na sua
maioria utilizam plástico? Porque não proibir veículos automotores que poluem mais? Etc. Claro
que essas pessoas em nenhum momento raciocinaram para dizer tamanha besteira. Se
essa conquista a duras penas foi colocada em prática, não quer dizer que
teremos solução imediata para todos os
problemas ao mesmo tempo. As outras embalagens já estão sofrendo um processo de
mudanças, certamente serão gradativamente substituídas. Esse tem que ser um
processo contínuo. Vale lembrar que foram muitas as conquistas, mas sendo
necessário para isso, muito trabalho e muita persistência.
Hoje
são inúmeros países que proibiram a sacolinha e também buscaram alternativas
ecologicamente correta para outros seguimentos da economia, a exemplo da energia
limpa, investimentos na produção de carros elétricos, energia eólica,
reciclagem do lixo, reutilização de outros produtos de descarte etc. O Brasil
possui inúmeras inciativas exitosas demonstrando buscar o caminho certo na
preservação. Possuímos hoje a melhor legislação ambiental do planeta, apesar de
não sabermos o seu resultado após as mudanças propostas pelo Congresso Nacional.
O
que gostaríamos de ver na verdade é a população demostrar um pouco mais de
sensibilidade no lugar de protestar, apoiando e cobrando mais ações dos
governantes. Gastaríamos incontáveis laudas para falar das ações que buscam
minimizar o acelerado processo de degradação em benefício do meio ambiente.
Entristece-nos, no entanto, é ver que existem
pessoas que passam pela vida sem fazer qualquer diferença. Esses, possivelmente
estão inseridos neste grupo, que protestam sem ao menos saberem o porquê. A
mídia não deveria dar tanta visibilidade para esses, evitando influenciarem
aqueles que não possuem personalidade definida e em cadeia não atingirem os
desenformados. Deixo no ar mais uma pergunta. O
nosso modelo de Educação Ambiental dará
resultados eficazes, ou é apenas mais uma utopia?
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César Torres