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quarta-feira, 11 de abril de 2012

A difícil missão da Educação Ambiental.

Publicado no Diário das Gerais - 10/04/2012
Nos dias atuais não faltam informações sobre as questões ambientais, desde os problemas de degradação, seus efeitos e consequências futuras. São incontáveis os movimentos ecológicos promovidos por educandários de todo o mundo, uma busca contínua de metodologia de ensino para inserir a educação ambiental de forma plural e multidisciplinar nas escolas. ONGs trabalhando incansavelmente para conscientização da sociedade. Dados científicos dos efeitos climáticos pelas ações dos homens são estudados e divulgados com riqueza de detalhes. A legislação discutida amplamente no congresso. Conferências internacionais com a participação da maioria dos países do planeta. Um trabalho árduo com resultados não muito animadores.
Ninguém hoje pode alegar desconhecimento da crise ambiental planetária. O que mais me incomoda é o ser humano ser tão insensível e inconsequente  à nossa realidade e tratar as questões ambientais com tanto descaso. Será que nossa educação ambiental não está sendo realizada com eficiência? Ou as pessoas perderam o senso de responsabilidade? Faz-nos refletir um pouco mais sobre a eficiência de nossa educação, bem como a influência do poder do capitalismo sobre as nossas vidas, que deixam as pessoas com uma cegueira mortal.
Esse meu desabafo é por ver fatos isolados e tão pequenos, serem  tão questionado e refutado por tantos.  Atitudes que representam um ganho imenso para mudar o comportamento e a consciência do homem, caminhando assim para um basta nas agressões ao planeta. Os fatos que referimos é  a repercussão que os noticiários  deram em todas as redes de comunicação do país, mostrando a importância da iniciativa de São Paulo em abolir as sacolinhas plásticas no comércio, a exemplo do Rio de Janeiro e Belo Horizonte.
 A indignação é ver manifestações de cidadãos, aparentemente “cultos”,  contrárias às iniciativas com justificativas esdrúxulas, sem fundamentação alguma, somente pelo bel prazer de protestar. As Iniciativas desses cidadãos são no mínimo infantis, para não dizer “burra”, contra algo que deveriam primeiramente, conhecer de fato a sua importância, depois buscar compreender que eles também vivem no planeta terra e dependem de sua preservação para ter no futuro qualidade de vida, e garantir para os seus descendentes a mesma oportunidade.
As redes sociais foram também alvo de manifestações contrárias com justificativas como: por que proibir somente sacolinhas plásticas se todos os produtos na sua maioria utilizam plástico? Porque não proibir  veículos automotores que poluem mais? Etc. Claro que essas pessoas em nenhum momento raciocinaram para dizer tamanha besteira. Se essa conquista a duras penas foi colocada em prática, não quer dizer que teremos  solução imediata para todos os problemas ao mesmo tempo. As outras embalagens já estão sofrendo um processo de mudanças, certamente serão gradativamente substituídas. Esse tem que ser um processo contínuo. Vale lembrar que foram muitas as conquistas, mas sendo necessário para isso, muito trabalho e muita persistência.
Hoje são inúmeros países que proibiram a sacolinha e também buscaram alternativas ecologicamente correta para outros seguimentos da economia, a exemplo da energia limpa, investimentos na produção de carros elétricos, energia eólica, reciclagem do lixo, reutilização de outros produtos de descarte etc. O Brasil possui inúmeras inciativas exitosas demonstrando buscar o caminho certo na preservação. Possuímos hoje a melhor legislação ambiental do planeta, apesar de não sabermos o seu resultado após as mudanças propostas pelo Congresso Nacional.  
O que gostaríamos de ver na verdade é a população demostrar um pouco mais de sensibilidade no lugar de protestar, apoiando e cobrando mais ações dos governantes. Gastaríamos incontáveis laudas para falar das ações que buscam minimizar o acelerado processo de degradação em benefício do meio ambiente.
 Entristece-nos, no entanto, é ver que existem pessoas que passam pela vida sem fazer qualquer diferença. Esses, possivelmente estão inseridos neste grupo, que protestam sem ao menos saberem o porquê. A mídia não deveria dar tanta visibilidade para esses, evitando influenciarem aqueles que não possuem personalidade definida e em cadeia não atingirem os desenformados. Deixo no ar mais uma pergunta. O  nosso modelo de Educação Ambiental  dará  resultados eficazes, ou é apenas mais uma utopia?

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César Torres

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