Matéria Publicada 26/04/12
De acordo
com a ONU, a Economia Verde pode ser definida como aquela que resulta em
melhoria do bem-estar das pessoas devido a uma maior preocupação com a equidade
social, com os riscos ambientais e com a escassez dos recursos naturais. Nesta
reconciliação entre a economia e o meio ambiente, o desenvolvimento sustentável enfatiza uma abordagem
holística, equitativa e à tomada de decisões em todos os níveis com eficiência
e responsabilidade. O forte desempenho econômico vivido hoje no Brasil, e o desenvolvimento
sustentável competem à integração e uma análise equilibrada dos objetivos
sociais, econômicos e ambientais e os objetivos na tomada de decisão tanto
pública quanto privada. Várias iniciativas importantes foram tomadas, mas ainda
ostentamos o 5º lugar entre os países que mais emitem o gás de efeito estufa no
planeta.
O tema Economia Verde toma força na próxima Conferência da ONU Rio+20, na busca do Desenvolvimento
Sustentável. A União Europeia vai
propor avançar na direção de uma economia de respeito ao meio ambiente,
"Criar uma economia verde e integradora para a construção de um
desenvolvimento sustentável", essa é a receita que a UE defenderá no
Rio+20 para enfrentar os desafios impostos pela pobreza e a mudança climática.
Conforme revelação em entrevista da ministra do Meio Ambiente dinamarquesa, Ida
Auken.
Afinal, o que é Economia Verde?
“Economia verde é
crescimento, erradicação da pobreza e justiça social”
Economia
Verde é o conjunto, organizado e segmentado, dos integrantes da sociedade que já decidiram pela oferta e demanda de nova classe de produtos,
serviços e atividades sociais - ambientalmente responsáveis e sustentáveis.
Economia
Verde é o resultado da aplicação inequívoca
do conceito do Desenvolvimento Sustentável, isto é; práticas socialmente
justas, economicamente viáveis, e ambientalmente corretas.
Enquadrar
a questão social na discussão é justamente a grande preocupação do Brasil em
relação às implicações da economia verde. Uma das propostas brasileiras é a de
acréscimo da expressão “inclusiva” ao termo no documento final da Rio+20. Em
economia verde inclusiva, você teria os três pilares do desenvolvimento
sustentável, que são o econômico, o ambiental e o social, afirma o embaixador
André Corrêa do Lago o maior obstáculo para as políticas do desenvolvimento
sustentável é dificuldade de enquadrar o aspecto econômico. "É raro ver
uma pessoa da área econômica se referindo a desenvolvimento sustentável", afirma
Corrêa do Lago.
Como
qualquer atividade econômica, que movimenta lucros e interesses, a nova ordem
social é criar novos modelos econômicos visando a redução do consumo. Seria recriar a sociedade com novos conceitos
de economia e novos paradigmas é o grande desafio. Uma utopia? Talvez! Recriar
o jardim do éden? Seria o princípio de uma nova ordem social, onde o homem
pudesse voltar à consciência primitiva, e utilizar a sua evolução tecnológica e
social a favor dessa nova regressão, lembrando que apropriamos de algo que não
nos pertence, que nos foi ofertado para a utilização e sua conservação, e
fizemos o contrário, usamos os recursos naturais de forma inconsequente.
É sempre bom lembrar para
muitos que sequer tiveram o interesse de ver nas Escrituras Sagradas o
verdadeiro objetivo da criação.
“...E disse Deus: Eis que vos tenho dado toda a erva
que dê semente, que está sobre a face de toda a terra; e toda a árvore, em que
há fruto que dê semente, ser-vos-á para mantimento. E a todo o animal da terra,
e a toda a ave dos céus, e a todo o réptil da terra, em que há alma vivente,
toda a erva verde será mantimento; e assim foi. E viu Deus tudo quanto tinha
feito, e eis que era muito bom; e foi a tarde e a manhã, o dia sexto... Havendo, pois, o SENHOR Deus formado
da terra todo o animal do campo, e toda a ave dos céus, os trouxe a Adão, para
este ver como lhes chamaria; e tudo o que Adão chamou a toda a alma vivente,
isso foi o seu nome....(GÊNESES:1 e 2)”
Estão sendo discutidas formas de fazer com
que, a partir da Rio+20, empresas, governos e entidades não governamentais
possam estimular uma guinada de 18º graus em relação ao sistema de exploração
dos recursos naturais de hoje. A economia, caminha desprezando a limitação dos
recursos naturais e hoje sofremos problemas
climáticos, desequilíbrios de abastecimento e elevação do risco de desastres
naturais.
Apesar de
certo desencanto pelos resultados previstos, vamos torcer para uma pitadinha de
lucidez nas decisões e nos acordos para elaboração do relatório final da
Rio+20, que contribua para diminuir a fúria da natureza sobre os reles mortais.
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César Torres